MUDAMOS O MUNDO COM UMA
ATITUDE
REAL DE
CARINHO E
AMOR
Acreditamos no Pai, Filho e Espírito Santo. Acreditamos na Palavra de Deus como regra de fé.
Acreditamos na salvação unicamente pela fé. Acreditamos que devemos guardar os mandamentos.
Acreditamos que devemos cuidar da saúde. Acreditamos que devemos cuidar da natureza.
Acreditamos que Jesus voltará.
Pesquisar este blog
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Piltdown e as evidências de uma fraude - O que é real nas primeiras evidências acerca do homem primitivo?
Em 1911, durante trabalhos realizados num poço localizado junto à estrada de Barkham Manor, no condado de Sussex, Inglaterra, o advogado Charles Dawson e Sir Arthur Smith Woodward, do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Britânico, encontraram vários fragmentos de ossos petrificados de formatos curiosos. Pelas primeiras observações, os autores dessa descoberta acreditaram que os ossos pertenceriam a um tipo de homem pré-histórico. Durante os meses seguintes, graças ao estudo mais dedicado e avaliação cuidadosa, chegaram a resultados que os conduziu à confirmação das opiniões anteriores. Com essas conclusões, prepararam um relatório das suas descobertas, o qual foi apresentado diante de um auditório de notáveis cientistas, em dezembro de 1912, na sala da Sociedade de Geologia da Inglaterra (DAVIDHEISER, 1982, p. 340).
Os autores expuseram os vestígios afirmando pertencer ao “Homem de Piltdown”. Os fragmentos incluíam o lado esquerdo do osso frontal, quase todo o lado esquerdo do osso parietal, 2/3 de partes do parietal direito, a parte inferior do occipital, a metade direita do maxilar inferior com alguns dentes, sobressaindo um proeminente canino (KLOTZ, 1970, p. 351).
Inicialmente, muitos cientistas duvidaram de que o maxilar fizesse parte do crânio. Dentre eles, doutores Waterston, Boule, Miller e Ramstron desconfiaram da autenticidade do material apresentado e levantaram a suspeita de tratar-se de uma fraude (STRAUS,1954, p. 265–269; WYSONG, 1981, p. 296). Mas a argumentação favorável foi convincente e o relatório aprovado. A partir desse momento, a descrição dos vestígios do “Homem de Piltdown” foi considerada suficiente e prova clássica da evolução humana. Assim, esse conceito foi exposto sem reservas nas revistas populares e nos textos de ensino de todos os níveis, fazendo parte dos conteúdos curriculares durante os 40 anos seguintes.
O dia 21 de novembro de 1953 registrou no campo da ciência, principalmente no círculo do evolucionismo, um evento com os efeitos de um cataclismo. Nesse dia foi anunciada ao mundo a grande fraude cometida em relação à veracidade sobre o Homem de Piltdown. Muitas análises permitiram chegar a essa conclusão. As provas eram numerosas e não deixavam lugar para dúvidas. O dente canino havia sido colocado artificialmente por meio do uso de substâncias abrasivas, de maneira tal que aparentasse ser um dente humano. Além disso, foi notório o descuido cometido na colocação dos outros dentes; as pontas eram aplanadas, mas dispostas em ângulos diferentes (DAVIDHEISER, 1982, p. 342). Utilizando a técnica do Fluorine chegou-se à conclusão de que o crânio era um osso fossilizado, enquanto que o maxilar e o dente claramente mostravam que não haviam sofrido tal processo. Verificou-se também que essas duas estruturas haviam sido artificialmente coloridas, supostamente com a finalidade de assemelhá-las ao crânio (STRAUS, 1954, p. 268) e, dessa maneira, torná-las compatíveis.
As observações que levaram os estudiosos a concluir que os vestígios do suposto “homem de Piltdown” eram na realidade objetos de uma fraude não pararam por aí. Os cientistas Weiner, Oakley e Clark chegaram à conclusão de que o maxilar e o dente eram de um símio moderno, alterados deliberadamente com a finalidade de parecerem fósseis (STRAUS, 1954, p. 266). Um exame dessas estruturas com raios X mostrou que não havia depósitos da dentina secundária, como se esperava que isso acontecesse se o dente fosse gasto naturalmente antes da morte do indivíduo (STRAUS, 1954, p. 269). Clark constatou que fibras colágenas, como as que se observam na superfície de um osso atual, foram achadas em vários segmentos do maxilar do crânio do falso homem de Piltdown, e que o osso que divide a cavidade nasal não é compatível com essa estrutura, pertencendo a algum animal moderno (KLOTZ, 1970, p. 353).
Cabe nestas circunstâncias fazer menção do espírito de franqueza e honestidade que estimulou aqueles especialistas, no momento oportuno, para não hesitar ao proferir suas avaliações, chamando a atenção do mundo científico e do público em geral para o reconhecimento dessa fraude.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente! Sua opinião é muito importante para nós!