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segunda-feira, 27 de abril de 2015
A controvérsia sobre o Homem de Java - O que é real nas primeiras evidências acerca do homem primitivo?
Em 1890, o jovem e eminente professor Eugène Dubois, renunciou à sua privilegiada posição como conferencista de anatomia da prestigiada Universidade de Amsterdã, viajando imediatamente à ilha de Java, para se dedicar à pesquisa e procura dos restos daquilo que ele considerava o homem primitivo. Um ano após sua chegada, perto da região de Trinil, Java, desenterrou vários ossos de animais e, entre esses, um dente de aspecto estranho que, como inicialmente pensou, seria de um macaco. Mais tarde, à distância de um metro, encontrou um crânio pequeno. Explorações posteriores permitiram encontrar outro dente molar e, a quinze metros de distância, um osso fêmur (DUBOIS, 1935, p. 578–580). Dubois reuniu os ossos encontrados e considerou que todos esses vestígios pertenciam a um mesmo indivíduo. Ao analisar aquele pequeno número de ossos, concluiu que suas características não eram as de um ser humano comum, mas sim de um símio em evolução. Entusiasmado com seus achados e suas primeiras conclusões, fez uma cuidadosa descrição das características desses ossos, e até classificou o espécime dando-lhe o nome científico de Pithecanthropus erectus, ou “homem macaco ereto”.
Com uma bagagem plena de realizações, obtida nas suas pesquisas, não sem despender muito esforço, Dubois voltou para Europa a fim de fazer conhecer seus resultados. Cheio de entusiasmo e certo das suas conclusões, apresentou o relatório do seu achado no 3° Congresso Internacional de Zoologia, realizado em 1895, na cidade de Leiden, diante de uma platéia de cientistas que previamente duvidavam da autenticidade e do que representavam esses vestígios (DAVIDHEISER, 1982, p. 334). Apesar do empenho manifestado por Dubois na apresentação da sua descoberta, a maioria dos cientistas considerou que os ossos pertenciam a uma classe de macacos, talvez um gibão (DAVIDHEISER, 1982, p. 335). Diante dessas opiniões antagônicas e da rejeição generalizada às suas conclusões, Dubois manifestou-se contrariado, não conseguindo esconder a profunda frustração que sentia. Essa sensação de derrota foi de tal magnitude na consciência de Dubois, que decidiu isolar-se do mundo científico, escondendo os presumíveis ossos do homem primitivo durante 28 anos.
No decorrer do tempo, no entanto, alguns cientistas, analisando o relatório que fora apresentado por Dubois, mudaram de opinião e começaram a sustentar a ideia de que os vestígios encontrados em Java eram de fato do homem primitivo. Bateram às portas da residência do pesquisador, desejando observar esses ossos mais de perto, para reafirmar o seu parecer. Mas, de forma insólita, Dubois respondeu que ele próprio já não podia sustentar a opinião original e, finalmente, admitiu que o Pithecanthropus erectus podia ser um gibão gigante e não um ancestral do ser humano (KLOTZ, 1970, p. 343).
Anos mais tarde, o paleontólogo alemão Gustav von Koenigswald, em 1937, definiu que os restos do Pithecanthropus erectus pertenciam originalmente a uma raça de seres humanos que, por causas fisiológicas ou genéticas, sofreram degeneração, o que explicaria a deformação óssea presente nesses vestígios (MARSH, 1967, p. 207). Mais recentemente, o Dr. Kraus, ao definir sua posição sobre o homem de Java, baseado nos vestígios encontrados, emitiu uma comparação ao respeito, asseverando que, se o filho de um Pithecanthropus nascesse e crescesse no mundo moderno, “ele não agiria melhor ou pior do que uma criança Homo sapiens” (KLOTZ, 1970, p. 344).
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