Abraão, que era tão humano e falível quanto nós, não havia aprendido a lição de seu erro no Egito. Ele repete agora a mesma decepção com Abimeleque, rei dos filisteus.
Observe como Deus trabalhou com um rei pagão para poupá-lo de inadvertidamente violar um dos Seus mandamentos. Note também como Abimeleque é mais justo (v. 4) e tem mais integridade (vv 5-6) do que o profeta (v. 7) e amigo de Deus (Tg 2:23), o modelo de retidão (Gl 3:6-9,29), nesse momento. Ele pede a Deus: “Senhor, destruirias um povo inocente? … O que fiz foi de coração puro e de mãos limpas.” (Gn 20:4-5). Eram os filisteus uma nação justa? Nesse ponto, eles realmente parecem ser mais justos do que Abraão, o amigo de Deus, o profeta, o modelo de justiça. O que está acontecendo aqui? Quantas vezes nós representamos mal a Deus, quando deveríamos ser seus representantes perante o mundo?
Deus poupou Abimeleque de pecar involuntariamente ao aparecer a ele em um sonho (v. 6), mas Deus não havia rejeitado Seu amigo Abraão. Deus instruiu Abimeleque que o profeta errante iria rezar por ele e ele viveria (vv. 7,17-18). Quando confrontado pelo rei pagão a respeito de sua desonestidade, Abraão confessou que pensara (erradamente) que as pessoas daquele lugar não temiam a Deus (vv. 9-11). Na verdade, ele tentou racionalizar sua mentira (vv. 12-13). Será que estamos, às vezes, nos sujeitando à vergonha quando aqueles que consideramos incrédulos acabam por ser mais justos do que nós?
- Deus está também trabalhando nas vidas dos “pagãos”, para salvá-los. Devemos ter cuidado para não julgá-los, pois eles também são preciosos aos olhos de Deus, e eles podem ter mais integridade do que nós, ao menos por algumas vezes.
Edwin Reynolds
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