São mesmo? Essa foi a posição de Waggoner diante da ênfase de Smith e seus amigos na justificação pelas obras. Ele escreveu: “A justiça humana não vale nem um pouco mais depois que o homem é justificado do que antes.” O cristão justificado “viverá pela fé”. Portanto, “aquele que tem mais fé viverá de forma mais justa”. Isso é verdade porque Cristo é “o Senhor, justiça nossa”. Para Waggoner, a fé era tudo, e a equação fé + obras = justificação encontrava raízes no “espírito do anticristo”.
Jones se posicionou firmemente ao lado de Waggoner. Em maio de 1889, por exemplo, ele disse a seus ouvintes que a lei não era o lugar para buscar justiça. Todos “os nossos atos de justiça são como trapo imundo”.
Smith se opôs a tais comentários. Um mês depois, ele disparou a artilharia em Jones em um artigo da Review chamado “Nossa justiça”. Comentou que alguns dos assinantes da Review estavam caindo nas mãos daqueles que queriam invalidar a lei, fazendo comentários sobre nossa justiça ser como “trapos imundos”. O editor continuou dizendo que “a perfeita obediência à [lei] desenvolve justiça perfeita e só há uma forma de obter a justificação”. Declarou: “Não devemos ficar assentados, sem fazer nada, como uma massa inerte nas mãos do Redentor. […] ‘Nossa justiça’ […] provém da harmonia com a lei de Deus. […] E ‘nossa justiça’ não pode, neste caso, ser um trapo imundo.” Existe, concluiu ele, uma justificação “a ser garantida por meio da prática e do ensino dos mandamentos”.
Quando esse artigo foi publicado, Ellen White estava pregando que a fé deve preceder as obras. Em uma reunião campal em Rome, Nova York, quando as pessoas não conseguiram conciliar o discurso dela com o artigo de Smith, sua resposta foi que o irmão Smith “não sabe do que está falando; ele vê árvores como se fossem homens andando”. Ela destacou que somente pelo fato de Jesus e Sua justiça serem centrais à salvação, isso não significa que descartamos a lei de Deus (Man. 5, 1889). Para Smith, a irmã White escreveu que ele estava em um caminho que o levaria a um precipício, e que estava “caminhando como um cego” (Ct 55, 1889).
Como está sua visão espiritual? Temos clareza sobre a relação existente entre fé e obras, lei e graça? Talvez não, mas essa foi a ênfase de 1888. As respostas vêm à medida que seguimos a orientação de Deus neste pedaço da história adventista.

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