A primeira coisa a destacar na teologia de Waggoner é que os seres humanos não podem fazer nada para ganhar a salvação. “Nossa salvação”, escreveu ele, “se deve totalmente à infinita misericórdia de Deus por meio dos méritos de Cristo”. Deus “não espera que os pecadores desejem o perdão, antes disso faz um esforço para salvá-los”. Essa é uma verdadeira boa-nova, mas se trata de um evangelho bem distante da visão de Uriah Smith, de que a obediência leva os seres humanos a Deus. Pelo contrário, de acordo com Waggoner, o Deus da graça vai em busca dos perdidos indignos. O Senhor toma a iniciativa da salvação.
O segundo pilar da teologia de Waggoner é que ninguém consegue se tornar bom por meio da obediência à lei, porque “a lei não tem nem uma partícula de justiça sequer para conceder ao ser humano”. Ele afirmava que “a pessoa só é capaz de fazer coisas boas depois que ela se torna boa. Portanto, os atos realizados por um pecador não têm efeito nenhum para justificá-lo. Pelo contrário, provindos de coração mau, tais atos são maus e só acrescentam à soma de seus pecados”. Todavia, observou, “os fariseus não estão extintos; existem muitos em nossos dias que têm a esperança de alcançar a justificação por meio das próprias boas obras”.
De acordo com Waggoner, Deus nunca apresentara a lei como um caminho para chegar ao Céu. Tanto Waggoner quanto Jones criam que a função da lei era não só “tornar conhecido o pecado”, como também “levar as pessoas a Cristo, a fim de serem justificadas pela fé”.
Ele assegurava: “Uma vez que os melhores esforços de um ser humano pecador não têm o menor efeito em produzir justificação, é óbvio que a única maneira de consegui-la é por meio de um presente.” Nossas tentativas de alcançar a justiça são como procurar cobrir o próprio corpo nu com “trapos imundos”. Mas “descobrimos que, quando Cristo nos cobre com o manto de Sua justiça, Ele não fornece uma roupa para encobrir o pecado; em vez disso, leva o pecado embora”. Na verdade, quando aceitamos a justiça de Cristo, nossos “pecados são anulados”.
Senhor, muito obrigado pelo manto de Cristo. Depois de tentar inutilmente por anos, finalmente estamos prontos para nos entregar e aceitar Teu dom sem restrições. Amém.

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