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sábado, 29 de julho de 2017

sexta-feira, 7 de julho de 2017

As Camadas da Terra


A Terra possui a sua estrutura interna dividida em três camadas:

- Litosfera ou Crosta Terrestre: Camada externa e sólida que circunda a Terra. É constituída por rochas e solo de níveis variados e composta por grande quantidade de minerais. 
A litosfera possui espessura de aproximadamente 72 km abaixo dos continentes, que recebe o nome de crosta continental, e espessura de aproximadamente 8 km abaixo dos oceanos, que recebe o nome de crosta oceânica.
As rochas que constituem a litosfera podem ser:


  • Rochas magmáticas ou rochas ígneas: São formadas pelo magma localizado abaixo das rochas que se solidificam.
  • Rochas sedimentares: Formadas pela falta de detritos provocados por ações erosivas.
  • Rochas metamórficas: Formadas por rochas magmáticas e sedimentares que sofreram alterações.

- Manto: camada localizada logo abaixo da Crosta Terrestre e estende-se até quase a metade do raio da Terra. É formada por vários tipos de rochas que, devido às altas temperaturas, encontram-se no estado pastoso e recebem o nome de magma.

- Núcleo: é a camada mais interna do planeta e representa cerca de 1/3 de toda a massa da Terra. Possui temperaturas altíssimas e acredita-se que seja formado por metais como ferro e níquel, entre outros elementos.


sogeografia.com.br

sábado, 22 de abril de 2017

TERRA PLANA?


Deu no portal UOL: “Nós sabemos: 2016 mal começou, mas já podemos ter a ‘teoria de conspiração do ano’. Não se sabe bem a razão, mas argumentos de que a Terra é plana – fato não só contestado por imagens tiradas do espaço, mas também por investigações matemáticas que datam desde a Grécia antiga – têm ganhado manchetes pelo mundo todo recentemente. [...] Quem são os crentes da Terra plana? [...] Eles acreditam basicamente, que há uma conspiração mundial envolvendo cientistas e agências espaciais para que todos acreditem que a Terra é esférica. É dito que estamos em um disco circular, não em um globo, com o Polo Norte no meio e a Antártida em toda a borda. [...] Em matéria do jornal inglês The Guardian, é citado que os seguidores dessa teoria são ‘quase como uma religião’. Não se sabe qual é realmente o tamanho do grupo. Mas, como em qualquer assunto, fanáticos fazem barulho. Principalmente na internet. Em grupos de Facebook, posts no Twitter, vídeos no YouTube, fóruns... [...] Inúmeros fatos são apontados pelos membros dos grupos. As alegações para isso vão desde ‘desaparecimento de navios’ a ‘horizonte reto’ (mas não citam que barcos ficam só parcialmente visíveis no horizonte por causa da curvatura terráquea).”
O livro Inventando a Terra Plana (São Paulo: Editora Unisa, 1999), de Jeffrey Burton Russel, historiador e pesquisador da Universidade da Califórnia, mostra convincentemente que a ideia da Terra plana foi uma elaboração mais ou menos recente. Embora hoje se saiba que os europeus renascentistas tenham supervalorizado a ideia de que houve um período de mil anos de trevas intelectuais entre o mundo clássico e o moderno, Russel acredita que o erro da Terra plana não havia sido incorporado à ortodoxia moderna antes do século 19. “[Russel] descobriu o fio da meada nos escritos do americano Washington Irving e do francês Antoine-Jean Letronne [responsáveis pela posterior propagação do mito da Terra plana]. Mas sua disseminação no pensamento convencional ocorreu entre 1870 e 1920, como consequência da ‘guerra entre a ciência e a religião”, quando para muitos intelectuais na Europa e nos Estados Unidos toda religião tornou-se sinônimo de superstição e a ciência tornou-se a única fonte legítima da verdade. Foi durante os últimos anos do século 19 e os primeiros anos do século 20 que a viagem de Colombo se tornou então um símbolo amplamente divulgado da futilidade da imaginação religiosa e do poder libertador do empirismo científico. [...] os pensadores medievais, da mesma forma que os clássicos que os antecederam, criam na redondeza da Terra” (p. 10).
Irving (1783-1859) retocou a história para parecer que a oposição à viagem de Colombo se deveu ao pensamento de que a Terra fosse plana. Isso foi provado falso. A oposição se deveu, na verdade, à preocupação com a distância que os navegadores teriam que percorrer. A esfericidade da Terra não foi tema de discussão naquela ocasião.
O fato é que nem Cristóvão Colombo, nem seus contemporâneos pensavam que a Terra fosse plana. Não há uma referência sequer nos diários do navegador (e de outros exploradores) que levante a questão da redondeza da Terra, o que indica que não havia contestação alguma a esse respeito, na época. Assim, segundo Russel, é comum a regra de Edward Grant de que no século 15 não havia pessoas cultas que negassem a redondeza da Terra. No entanto, esse mito permanece até hoje, firmemente estabelecido com a ajuda dos meios de comunicação e dos livros didáticos. Com que interesse?
Para Russel, o mito da Terra plana pode ser rastreado até o século 19, especialmente a partir de 1870, à medida que autores de livros-textos se envolveram na controvérsia em torno do darwinismo. “No início do século [20] a força dominante subjacente ao erro [da Terra plana] foi o anticlericalismo do Iluminismo no seio da classe média na Europa, e o anticatolicismo nos Estados Unidos” (p. 35).
Antes disso, na Divina Comédia, o poeta Dante Alighieri (1265-1321) já apresentava o conceito de uma Terra redonda. Os filósofos escolásticos, incluindo o maior deles, Tomás de Aquino (1225-1275), conhecedores de Aristóteles, igualmente afirmavam a esfericidade da Terra.
No entanto, como os escolásticos e filósofos medievais se baseavam em Aristóteles e este defendia a esfericidade da Terra, os iluministas tiveram que arranjar outros referenciais para dizer que o mito se baseava neles. E os encontraram em Lactâncio (245-325 d.C.) e Cosme Indicopleustes, autor de Topografia Cristã (escrito entre 547 e 549 d.C.). Só que, segundo Russel, Lactâncio tinha ideias muito estranhas sobre Deus e não foi levado em consideração na Idade Média (na verdade, foi considerado herege) – até que os humanistas da Renascença o “ressuscitassem”, apregoando sua suposta influência. Indicopleustes, partindo de escritos de filósofos pagãos e interpretando erroneamente textos bíblicos poéticos, defendeu a ideia da Terra plana. Era ignorado, ao invés de seguido.
Detalhe: a primeira tradução de Cosme para o latim não foi feita senão em 1706. Portanto, como poderia ele ter tido influência sobre o pensamento ocidental medieval?
Russel arremata: “[Lactâncio e Cosme] foram símbolos convenientes a serem usados como armas contra os antidarwinistas. Em torno de 1870, o relacionamento entre a ciência e a teologia estava começando a ser descrito através de metáforas bélicas. Os filósofos (propagandistas do Iluminismo), particularmente [David] Hume, haviam plantado uma semente ao implicar que estavam em conflito os pontos de vista científicos e cristãos. Augusto Comte (1798-1857) havia argumentado que a humanidade estava laboriosamente lutando para ascender em direção ao reinado da ciência; seus seguidores lançaram o corolário de que era retrógrado tudo o que impedisse o advento do reino da ciência. Seu sistema de valores percebia o movimento em direção à ciência como ‘bom’, de tal forma que o que atrapalhasse esse movimento era ‘mau’. [...] O erro [da Terra plana] foi, desta forma, incluído no contexto de uma controvérsia muito maior – a alegada guerra entre ciência e religião” (p. 67, 77).
O próprio Copérnico, no prefácio de seu clássico trabalho De Revolutionibus, usou Lactâncio para ilustrar como a ignorância dos opositores à ideia da Terra esférica era comparável à dos que insistiam no geocentrismo. Curiosamente, Copérnico não diz que Lactâncio era típico do pensamento medieval. Esse prefácio foi enviado para o papa a fim de obter aprovação eclesiástica. Copérnico não atacaria Lactâncio e sua ideia da Terra plana, se a igreja estivesse de acordo com esse pensamento. O problema, como já vimos, teve que ver com o geocentrismo aristotélico versus heliocentrismo, e não com o formato da Terra.
Com essa polêmica levantada pelos novos defensores da Terra plana, já há quem tente, pela milionésima vez, mostrar que a Bíblia sustenta essa ideia absurda. Nada mais falso, também. Na Bíblia não há qualquer sugestão de que a Terra poderia ser plana. Conforme explicam os teólogos Gerhard e Michael Hasel, “algumas passagens poéticas descrevem os ‘alicerces’ da Terra como descansando sobre ‘colunas’ (1Sm 2:8; Jó 9:6). No entanto, essas palavras são usadas apenas em poesia e são mais bem entendidas como metáforas. Elas não podem ser interpretadas como colunas literais. Até hoje, falamos metaforicamente das ‘colunas da igreja’, referindo-nos aos membros de confiança da comunidade de crentes. Então, as colunas da terra são metáforas que descrevem Deus como aquele que pode apoiar ou mover os fundamentos internos que mantêm a Terra no lugar e unida, porque ele é o Criador” (He Spoken and It Was, em preparo para publicação em português pela Casa Publicadora Brasileira).
Isso também ocorre com expressões como “os quatro ventos [ou cantos] da Terra”, o que não desmerece a Bíblia, uma vez que até mesmo cientistas ainda hoje usam expressões como “pôr do sol”, embora todos saibamos que não é o Sol que se põe.
Infelizmente, defensores de teorias conspiratórias como a da Terra plana prestam um desserviço à história da ciência e até mesmo à religião. Mais confundem do que ajudam, e tudo o que conseguem é cair no ridículo.

1. Horizonte sempre perfeitamente reto na horizontal 360 graus ao redor do observador independentemente da altitude. Todas as imagens amadoras de balões, drones, aviões e foguetes mostram isso até mais de 200 milhas de altura.

Falso: as câmeras normalmente usadas nesses dispositivos amadores geralmente possuem um efeito “olho de peixe”, que distorce a imagem de tal maneira que não é possível saber se a superfície da Terra é côncava, plana ou convexa. Faça você mesmo o seguinte teste na próxima vez que andar de avião. Segure uma cordinha, um fio de linha ou algo semelhante contra a janela. Deixe o fio bem esticado e alinhe as extremidades ao horizonte, em ambos os extremos da janela. Observe o que você vê no centro: o horizonte um pouquinho acima do fio. Isso mostra que a superfície da Terra é convexa, não plana. Como a Terra é muito grande, a altitude do avião é pequena e a janela é também pequena, esse efeito é igualmente pequeno, porém observável.

2. Você nunca tem que olhar para baixo para ver o horizonte. Está sempre ao nível dos olhos do observador.

Falso: mesmo se a Terra fosse plana, isso não seria verdade, a menos que se tratasse de um plano infinito. Se a Terra tivesse uma superfície plana, mas finita, a uma altitude suficiente notaríamos que o horizonte está mais abaixo. Em altitudes relativamente baixas (poucos km) em relação ao tamanho da Terra, seria praticamente impossível notar isso sem instrumentos precisos.

3. A física natural da água mantém o nível de sua superfície. Se a Terra fosse uma bola girando, inclinando-se e cambaleando no espaço vazio, então superfícies de água realmente planas ao longo de grandes extensões não existiriam. Como a Terra é plana [sic], então as superfícies planas de água fazem sentido.

Falso: esse argumento não leva em conta os efeitos inerciais, nem o formato do campo gravitacional, nem a velocidade dos movimentos comparada com o tempo de resposta da água. A força gravitacional que atua sobre qualquer objeto aponta no sentido em que uma grandeza chamada de potencial gravitacional é menor (levando-se em conta o sinal, inclusive). O princípio por trás desse nivelamento da água é que, para que o líquido esteja em equilíbrio, todos os pontos da superfície precisam estar com um mesmo potencial gravitacional. Quando não há esse equilíbrio, a água escoa.

Se a Terra fosse um disco plano, o formato do potencial gravitacional faria com que o oceano parecesse uma grande bolha. Nesse caso também não teríamos superfícies planas de água. Note-se que, em extensões pequenas comparadas ao tamanho da Terra, essas superfícies parecem planas, mas a rigor são todas curvas, tanto na hipótese da Terra plana quanto no cenário da Terra esférica. Outro ponto importante é que a Terra se move por inércia, o que não causa os efeitos de aceleração que o senso comum esperaria. Em outras palavras, o movimento da Terra afeta o movimento da água de forma bem mais discreta, via efeitos de maré e similares, criando correntes marítimas, por exemplo. E existe algum movimento da água em função da posição da combinação das posições do Sol e da Lua em relação à Terra de tal maneira que tais movimentos da água não fariam sentido se a Terra fosse plana e estática.

4. Rios correm para o mar encontrando o caminho mais fácil. Se a Terra fosse redonda, o Mississipi, por exemplo, precisaria subir umas 11 milhas antes de descer até o oceano.

Falso: expressões como “subir” ou “descer” só possuem sentido em relação ao potencial gravitacional. Subir significa ir para um lugar com maior potencial gravitacional. Descer é o oposto. A água percorre seu caminho buscando pontos em que o potencial gravitacional é menor, pois é para lá que a força da gravidade a impulsiona. No caso da Terra esférica, o campo gravitacional é esférico também, de maneira que não existe esse suposto fenômeno de a água subir em relação ao campo gravitacional ao longo do leito de um rio. Por outro lado, se a Terra fosse plana, o formato do campo gravitacional seria bem diferente, de forma que o solo só pareceria plano no centro. À medida que nos afastássemos do centro, sentiríamos como se estivéssemos subindo uma cadeia de montanhas que cercam um vale. Todo o resto da Terra pareceria inclinado. Cada ponto da Terra teria declividade tanto maior quanto mais longe do centro estivesse. Todos os rios iriam para esse centro. A rigor, a Terra não é perfeitamente esférica nem o é seu campo gravitacional, mas para uma discussão geral, essa é uma boa aproximação.

5. Um trecho do Nilo flui por 1.000 mi com uma descida de apenas uns 30 cm. Se a Terra fosse esférica, partes desse trecho seriam de subida e parte seriam de descida.

Falso: é uma repetição do argumento anterior e sofre do mesmo problema.

6. Curvatura da água: 8 polegadas por milha vezes o quadrado da distância. Um canal parado de 6 milhas deveria ter uma diferença de altura de 6 pés em cada ponto em relação ao centro. Nenhum dos testes feitos indicou curvatura alguma.

Esse argumento não é válido enquanto não forem especificados os detalhes dos testes feitos para detectar a curvatura. A fórmula mencionada está errada, embora exista uma verdadeira para esse fim. Existe uma infinidade de testes inválidos que podem ser feitos. Por exemplo, os testes não podem ser feitos com medidas de altitude, pois estas funcionam em relação ao potencial gravitacional, que acompanha aproximadamente a curvatura da Terra, se a Terra é esférica, e por isso nada indicariam.

Existe ainda o problema de que a distribuição de material nas vizinhanças geológicas do local observado tem alguma influência no formato local do campo gravitacional. Esse efeito tende a ser pequeno, mas pode ser importante, dependendo do tamanho do lago, canal, etc., e da geologia da região. Quando esse efeito é pequeno o suficiente para ser desconsiderado, medidas cuidadosas com laser podem resolver o problema. Precisaríamos de mais dados sobre o local e especialmente sobre detalhes técnicos dos testes que supostamente teriam indicado que a superfície do canal é plana.

7. Engenheiros não precisam levar em conta a curvatura da Terra em seus projetos de pontes, túneis e trilhos de trem.

Argumento falso baseado em verdade distorcida: pontes e trilhos são feitos em partes. Não é necessário levar em conta a curvatura da Terra na ponte como um todo ou ao longo de todo o trajeto de trilhos de trem. Túneis também são escavados aos poucos, mantendo a altitude em relação aos pontos anteriores. Isso nivela o túnel em relação ao potencial gravitacional, aproximadamente esférico. Um exemplo é Mt McDonald Tunnel, com 14.723 m de comprimento e 7,87 m de altura. Se os defensores da Terra plana estivessem certos, esse túnel realmente seria uma linha reta e seria possível ver uma extremidade a partir da outra. Porém, posicionando-se em uma entrada do túnel não é possível ver a outra extremidade. Quando um trem se aproxima, a certa altura ele parece subir saindo do solo, apesar de o túnel ser todo horizontal em relação ao campo gravitacional. Isso mostra na prática a curvatura da Terra.

8. Canal de Suez, com 160 km, foi cavado horizontalmente sem levar em conta a curvatura da Terra, e consegue conectar oceanos sendo plano.

Argumento falso: é o mesmo caso dos itens 4 e 7. Não é preciso levar em conta a curvatura da Terra ao cavar canais, construir pontes, túneis e trilhos. Basta manter a horizontal. O resultado final acompanhará naturalmente a curvatura da Terra em função do formato do potencial gravitacional.

9. O engenheiro W. Winkler afirma que jamais precisou levar em conta a curvatura da Terra.

Caso particular do item 7. Como vimos, não é um argumento válido contra a esfericidade da Terra.

10. London and Northwestern Railway forma uma linha reta de 180 milhas entre Londres e Liverpool. O ponto mais alto dessa linha fica a 240 pés de altura. Se a Terra não fosse plana, o trilho chegaria a 5.400 pés de altura acima de Londres e Liverpool.

Falso: trata-se do mesmo problema do item 7. A altura é medida por instrumentos em relação à superfície equipotencial do campo gravitacional ao nível do mar. As pessoas que usam os instrumentos não precisam saber disso - e geralmente não sabem. Em termos mais fáceis de entender, é como se existisse uma superfície esférica que toca a superfície do mar e todas as alturas são medidas em relação a ela, pois é a gravidade que diz que lado é “para baixo” ou “para cima” e em que regiões diferentes objetos possuem o mesmo potencial, isto é, a mesma altura. Ao viajarmos mantendo sempre a mesma altitude, estamos acompanhando a curvatura do campo gravitacional, que é a mesma da Terra.

Para concluir: o mito da Terra plana, infelizmente, depõe contra o cristianismo, embora os cristãos que o defendem pensem estar defendendo a Bíblia. É o tipo de ideia que lança opróbrio sobre a causa criacionista, pois passa a falsa impressão de que os criacionistas seriam defensores de coisas absurdas como o terraplanismo. Se for para ser criticados, que sejamos pelos motivos certos: por crer em Deus, na Bíblia Sagrada, na criação de Adão e Eva e na semana literal de seis dias seguidos do dia de descanso, no dilúvio de Gênesis, na morte e ressurreição de Jesus e na volta dEle. A diferença entre essas coisas e a Terra plana é que para as primeiras há muitos argumentos lógicos e convincentes, ao passo que, para a segunda, só invencionices de quem ou não entende de ciência ou está muito perturbado, à cata de distrações para perder seu precioso tempo em uma época em que nosso foco deve ser outro. Note que Johnson menciona, além da aurora boreal, a austral. Isso mesmo, aurora “boreal” no Polo Sul, uma ideia que entra no pacote de argumentos contra o terraplanismo. Cristãos defenderem esse disparate já é um absurdo, mas o que dizer de alguns adventistas que têm feito o mesmo? Se são mesmo adventistas do sétimo dia, devem crer que Deus inspirou Ellen White a escrever suas obras, e ela foi muito clara a respeito da esfericidade do nosso planeta.

Michelson Borges

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Novo continente é descoberto por cientistas


Um novo continente, quase completamente submerso, foi identificado por cientistas no sudoeste do oceano Pacífico e batizado como Zelândia.
As montanhas mais altas dessa nova região, no entanto, já eram nossas conhecidas e despontam na Nova Zelândia, segundo os geólogos.
Agora, os cientistas estão empenhados em uma campanha para que o continente seja reconhecido.
Um artigo publicado a publicação científica Geological Society of America's Journal afirma que a Zelândia tem 5 milhões de quilômetros quadrados - quase dois terços do tamanho da vizinha Austrália, que tem 7,6 milhões de quilômetros quadrados.

Critérios:

Cerca de 94% desta área estão submersos - há apenas poucas ilhas e três grandes massas de terra visíveis na sua superfície: as ilhas do Norte e do Sul da Nova Zelândia e a Nova Caledônia.

É comum pensar que é preciso que uma região esteja na superfície para ser considerada um continente. Mas os especialistas levaram em conta outros quatro critérios: elevação maior em relação ao entorno, geologia distinta, área bem definida e crosta mais espessa do que a do fundo do oceano.
Mas sendo assim, quantos continentes temos atualmente, afinal?

A resposta é que, como vários critérios podem ser adotados, falta consenso entre os especialistas sobre esse número.


Oitavo continente?

Embora ainda seja ensinada na escola, a divisão em cinco continentes - América, África, Europa, Ásia e Oceania - é considerada deficiente entre os estudiosos porque não leva em conta critérios geológicos.
Uma outra divisão mescla critérios geológicos e socioculturais, separando, por exemplo, as Américas do Norte (que inclui a Central) e do Sul.

Europa e Ásia - que às vezes aparecem como um único continente, a Eurásia - tornam-se dois blocos distintos, respeitando as diferenças culturais entre seus povos.

Somando África, Oceania e Antártida, teríamos assim sete continentes - a Zelândia viria a ser o oitavo.
O principal autor do artigo, o geólogo neozelandês Nick Mortimer, disse que os cientistas vêm se debruçando sobre as informações há mais de duas décadas para provar que a Zelândia é um novo continente.

"O valor científico de classificar a Zelândia como um continente vai muito além de apenas ter mais um nome em uma lista", explicaram os pesquisadores.

"O fato de um continente poder estar tão submerso e ainda não fragmentado" é interessante para a "exploração da coesão e do rompimento da crosta continental".

Mas como a Zelândia vai entrar na lista de continentes? Os autores de livros didáticos devem ficar tensos novamente?

Em 2005, Plutão foi rebaixado à categoria de planeta anão pelos astrônomos e saiu da lista de planetas, alterando o que as escolas ensinaram durante 80 anos.
No entanto, não existe uma organização científica que reconheça formalmente os continentes.
Então, a mudança só vai ocorrer com o tempo - se as futuras pesquisas realmente adotarem a Zelândia como o oitavo deles.

Fonte: G1

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Adventistas e a Criação do Universo e da Terra


“No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Génesis 1:1); a que “princípio” se refere este versículo? O próprio verso nos dá a resposta logo de seguida: “criou Deus os céus e a terra”. Ou seja, “princípio” refere-se a uma época onde se inclui o momento em que a terra e os céus foram criados por Deus.

Porém, este termo surge por diversas vezes na Bíblia, em diferentes contextos. Há, no entanto, alguns textos bíblicos com o mesmo sentido e contexto específico do que é aqui mencionado, os quais nos poderão ajudar a confirmar definitivamente qual a época em causa:

1) “Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra das Tuas mãos” (Hebreus 1:10). Mais uma vez é nos dito que a fundação da terra e dos céus foram um dos acontecimentos desta época designada “princípio”.

2) “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai: ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8:44). Podemos entender aqui que “princípio” diz respeito ao período que decorria quando o mal surgiu em Lúcifer, pois antes desse facto não existia o mal nem homicidas. Nessa altura o diabo era um anjo celestial sem mácula. Tudo isto aconteceu antes da fundação do mundo, nos céus.

3) “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (João 1:1-3).

Sabemos que o “Verbo” aqui mencionado é Cristo:

.1) “E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus” (Apocalipse 19:13);

.2) “Pai, aqueles que Me deste, quero que, onde Eu estiver, também eles estejam Comigo, para que vejam a Minha glória que Me deste; porque Tu Me hás amado antes da fundação do mundo” (João 17:21);

.3) “E, agora, glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha Contigo, antes que o mundo existisse” (João 17:5).

Constatamos que aqui “princípio” se refere à época anterior à fundação do mundo.

4) “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (I João 3:8); refere-se à época durante a qual surgiu o mal, e por consequência o pecado. Sabemos que este acontecimento sucedeu nos céus, antes da criação do mundo.

Concluímos assim que este “princípio” foi um período, de duração desconhecida, que antecedeu a criação do mundo. Acontecimentos deste período (não podem ser datados, por isso não há aqui ordem cronológica, mas sim uma ordem da sucessão dos fatos):

- os céus foram criados;
- surge o mal, em Lúcifer;
- rebelião de Satanás contra Deus;
- batalha de Jesus e Satanás no céu;
- criação da terra “sem forma e vazia”; este acontecimento teria de ser obrigatoriamente anterior à expulsão de Satanás;
- Satanás e os seus anjos foram expulsos para a terra.

Outra questão que se levanta é: a que céus se refere Génesis 1:1?

Mais uma vez, a Palavra de Deus não nos deixa desamparados e esclarece-nos, se analisarmos alguns textos:

1) “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca” (Salmos 33:6). 

Que exércitos são estes? São os exércitos dos céus,tal como o próprio verso indica . Mas por quem é constituído esse exército dos céus? Sabemos que a Bíblia chama de exército aos anjos de Deus, que O servem, conforme podemos observar nestes versículos:

2) “E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo...” (Lucas 2:13);

3) “Mas Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, por quarenta anos, ó casa de Israel?” (Atos 7:42);

4) “E como antes disse Isaías: se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, teríamos sido feitos como Sodoma, e seríamos semelhantes a Gomorra” (Romanos 9:29); 

5) “E seguiam-no os exércitos no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro” (Apocalipse 19:14);

6) “Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos” (Tiago 5:4);

7) “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados” (Génesis 2:1). 

A expressão “Senhor dos exércitos”, repetida inúmeras vezes em toda a Bíblia, é clara, trata-se dos exércitos do Senhor, os anjos celestiais. 

No entanto, Génesis 2:1 acaba com esta dúvida de vez, indicando-nos precisamente o mesmo contexto de Salmos 33:6 “os céus, e a terra, e todo o seu exército”, ou seja, o exército dos céus e o exército da terra, isto é, tudo o que os céus contém, e tudo o que a terra contém. Podemos assim concluir que este exército é constituído não apenas pelos anjos celestiais, mas também por todo o universo e seus planetas, bem como pelos seres não caídos.

1) “Quando vejo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste...” (Salmos 8:3); trata-se dos céus que contém a lua e as estrelas.

2) “Ele fez a terra com o Seu poder, e ordenou o mundo com a Sua sabedoria, e estendeu os céus com o Seu entendimento” (Jeremias 51.15).

3) “Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos: Ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar” (Isaías 40:22); se Deus está assentado sobre o globo da terra estes “céus” apenas se podem referir ao espaço sideral, isto é, todo o espaço para além da atmosfera terrestre, onde estão localizadas as estrelas e todos os outros planetas.

4) “Ele fez a terra pelo Seu poder; Ele estabeleceu o mundo por Sua sabedoria, e com a Sua inteligência estendeu os céus” (Jeremias 10:12).

Se isto ainda não bastasse, há ainda um aspeto que nos permite afirmar, com certeza, o fato de que estes “céus” correspondem ao espaço sideral.

A própria Bíblia (pelo menos na tradução da edição revista e corrigida João Ferreira de Almeida) faz a distinção entre “céus” (espaço sideral) de Génesis 1:1 e “Céus” (atmosfera terrestre) de Génesis 1:8.

De destacar que esta distinção surge única e exclusivamente nestes versículos, ao longo de toda a Bíblia. E mesmo assim a distinção apenas está presente desde o versículo 1 até ao versículo 8, pois no versículo 9, e a partir daí, no resto da Bíblia, quando se fala da atmosfera terrestre o termo utilizado é “céus”, como podemos observar nos versos 14, 17, 20 e em diante (nestes, porém, a distinção continua mesmo assim a ser efetuada, quando se está a falar da atmosfera terrestre, não pelas letras minúsculas ou maiúsculas, mas através do termo “expansão dos céus”. Mas, a partir daí desaparece totalmente).

Esta diferenciação, feita pela própria maneira como os termos estão escritos, é natural se tivermos em conta que no versículo 8 se trata de um nome próprio, que aliás, estava a ser utilizado pela primeira vez para designar algo, neste caso a atmosfera terrestre. Para além disso, o termo “céus” de Génesis 1:1 nunca poderia ser no sentido de atmosfera terrestre, pois esta só foi criada posteriormente, no versículo 8.

Ainda em Génesis 1:1, outra questão se coloca: a que “terra” se refere este verso?

a) A uma “terra” sem forma e vazia, sem qualquer tipo de luz, coberta de água. “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Génesis 1:2); “observei a terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz” (Jeremias 4.23). Apesar do contexto aqui ser diferente e de ter passado muito tempo depois de Génesis 1:1, 2, Jeremias, como que tendo uma visão, faz uma descrição do estado desta “terra”, descrição essa que até mesmo nos termos é praticamente igual à de Génesis 1:2.

b) Esta “terra” representa o estado primordial do planeta, antes de Deus iniciar o seu processo de ordenamento e renovação, processo esse iniciado apenas a partir do verso 3, pois no verso 2 Deus estava presente mas ainda não tinha comçado a agir: “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Trata-se de uma terra que existiria provavelmente sob a forma de matéria, talvez um “planeta morto”; “envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra” (Salmos 104:30).

c) De fato, esta “terra” de Génesis 1:1 apenas se poderia referir a este “esboço” do planeta, pois a Terra (continente) propriamente dita só foi criada posteriormente, nos versículos 9 e 10: “... e apareça a porção seca. E assim foi. E chamou Deus à porção seca Terra...”

E mais uma vez, à semelhança do que aconteceu com a questão dos “céus”, a distinção entre “terra” (“esboço”) de Génesis 1:1 e “Terra” (continente) de Génesis 1:10 é feita também pela própria maneira dos termos estarem escritos, sendo que no verso 10 surge com maiúscula (na tradução João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida) pois é um nome próprio, uma designação que estava a ser dada a algo novo e que estava a surgir pela primeira vez. Esta distinção, tal como aconteceu com a questão dos “céus”, surge unicamente entre Génesis 1:1 e Génesis 1:10 (logo de seguida, no versículo 11 e em diante, já aparece “terra”, com minúscula e não maiuscúla) não estando presente em mais lado nenhum em toda a Bíblia. 

Levantam-se assim algumas questões pertinentes: qual o motivo de surgir esta distinção na forma como os termos, “céus” e “terra”, foram escritos? Por que razão não surge esta diferenciação em lado algum na Bíblia, e apenas nestes versículos? Por três razões possíveis, algumas delas já enunciadas:

a) Os termos com maiúsculas são nomes próprios, dados a algo novo que surgia pela primeira vez;

b) Esta distinção surge apenas neste capítulo e nestes versos específicos provavelmente porque era justamente aqui que era necessário ela ser feita;

c) Depois dos termos “Céus” e “Terra” aparecerem não voltam a surgir, pois depois de atribuídos pela primeira vez seria desnecessário estar sempre a repetir e a própria distinção também seria desnecessária.

Conclusões

a) Foi para o “esboço” do planeta terra que Satanás foi precipitado, juntamente com os anjos que aderiram à sua causa (isso aconteceu no período designado “princípio”, de Génesis 1:1), pois a criação da Terra (continente) e do ser humano foram posteriores (Génesis 1:9, 10). A ação de criação e renovação deste “esboço” só foi iniciada no versículo 3.

b) A Terra propriamente dita, que consistia num único continente (a chamada “Pangea”, que ficou dividida posteriormente com o Dilúvio) só foi criada já no terceiro dia: “...e chamou Deus à porção seca Terra... E foi a tarde e a manhã o dia terceiro” (Génesis 1:10, 13); "eles voluntariamente ignoram isto: que, pela palavra de Deus, já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste" (II Pedro 3:5).

c) O planeta irá, de certa forma, regressar ao seu estado inicial (o “esboço”), depois da segunda vinda de Cristo, quando Satanás ficar cá sozinho durante o milénio, enquanto os filhos de Deus estarão no céu com Cristo. Podemos constatar isso pela descrição que é feita na Bíblia do estado em que o planeta ficará e estabelecendo os paralelismos:

.1) “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (II Pedro 3:10);

.2) “Eis que o dia do Senhor vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e destruir os pecadores dela. Porque as estrelas dos céus e os astros não deixarão brilhar a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz... Pelo que, farei estremecer os céus, e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira” (Isaías 13:9, 10, 13);

.3) “Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! para que quereis vós este dia do Senhor? trevas será, e não luz... Não será, pois, o dia do Senhor trevas e não luz? Não será completa escuridade, sem nenhum resplandor?” (Amós 5.18, 20);

.4) “Tocai a buzina em Sião, e clamai em alta voz, no monte da Minha santidade: perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto: Dia de trevas e de tristeza; dia de nuvens e de trevas espessas, como a alva espalhada sobre os montes, povo grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração. Diante dele, um fogo consome; e atrás dele, uma chama abrasa: a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele, um desolado deserto; sim, nada lhe escapará...Como o estrondo de carros sobre os cumes dos montes, irão eles saltando; como o ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo poderoso, ordenado para o combate... Diante dele, tremerá a terra” (Joel 2:1, 2, 3, 5, 10);

.5) “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor: amargamente clamará, ali, o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas...” (Sofonias 1:14, 15);

.6) “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas, e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas” (Lucas 21:25);

.7) “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra” (Apocalipse 6:12);

.8) “E, naquela mesma hora, houve um grande terramoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terramoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu” (Apoca. 11.13);

.9) “E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terramoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terramoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilónia se lembrou Deus, para lhe dar o cálix do vinho da indignação da sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam” (Apocalipse 16:18, 19, 20). 

Pormenores que se destacam: a terra ficará em trevas, desolada, vazia, como um deserto (Jeremias 4:23-28); as águas invadirão a terra (se bem que não permanecerão “e vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1); um tremor de terra gigantesco altera a geografia e topografia dos continentes, ficando a forma da terra alterada por consequência. O paralelismo com o “esboço” da terra de Génesis 1:1 é flagrante, as características são as mesmas (com a exceção de que o planeta não ficará totalmente coberto com águas).

Destaque também para Apocalipse 20:1-3: “e vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão... Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos; E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois, importa que seja solto por um pouco de tempo.E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois, importa que seja solto por um pouco de tempo.”

O lugar onde Satanás é lançado é descrito como um “abismo”, que é precisamente o mesmo termo utilizado em Génesis 1:2 para descrever o “esboço” da terra. O Pr. Mark Finley confirma este fato; no livro “Examinai Tudo”, pág.70, a respeito deste aspecto diz também “Apocalipse 20:1,2 acrescenta que Satanás está amarrado por uma cadeia de circunstâncias nesse “poço sem fundo”, ou abismo. A palavra grega “abussos” é a mesma palavra usada na tradução grega do hebraico do Velho Testamento para a frase “sem forma e vazia”. Em Génesis 1:2, quando Deus chamou o mundo à existência, ele era sem forma e vazio, isto é, um mundo desolado, envolto em trevas, um abismo onde nada existia, até que Deus separou a parte seca e criou então um novo mundo, cheio de vida. A terra será, de novo, reduzida ao nada. O pecado será destruído. Desse abismo do velho mundo, Deus criará uma nova terra de extraordinária beleza (II Pedro 3:13; Apoc. 21.1-5). "

O ciclo da Criação voltará assim a repetir-se. Em Génesis 1 o “esboço” da terra foi criado e depois Deus iniciou o processo de organização e renovação, surgindo o território retirado das águas. Da mesma forma, durante o milénio Satanás estará num planeta Terra muito semelhante ao “esboço” que existia em Génesis 1, mas depois disso, com a descida da Nova Jerusalém, tudo voltará a ser renovado e reorganizado (o que é confirmado, como se viu, pelo texto acima mencionado do Pr. Mark Finley).

A luz presente em Génesis 1:3 não era proveniente do Sol nem da Lua, pois estes só foram criados posteriormente em Gén. 1:14-18, no quarto dia da criação/remodelação da Terra. Mas esta iluminação era proveniente da glória de Deus; “porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (II Coríntios 4:6), tal como voltará a suceder na Nova Jerusalém: “e a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite” (Apocalipse 21:23, 24, 25).

Da mesma forma, assim como na Nova Jerusalém o Sol e a Lua não serão necessários, também no “esboço” da terra de Génesis 1 não eram necessários porque Deus a iluminava, pois “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas...” (Génesis 1:2), sendo como “lâmpada... e luz...” (Salmos 119:105).

Os criacionistas, de uma forma geral, atribuem uma idade de cerca de 6.000 anos à Terra: não se sabe, porém, quanto tempo teve o período designado “princípio” (Génesis 1:1), nem se sabe durante quanto tempo existiu o “esboço” da terra (Génesis 1:2). 


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