quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

2.1. Vida de Jesus - Jesus ao Lado das Pessoas - Buscando Força do Alto


Quando chegou o tempo de iniciar Seu ministério público, o primeiro ato de Jesus foi ir até o rio Jordão e ser batizado por João Batista. {VJ 31.1}
João havia sido enviado para preparar o caminho do Salvador. Ele havia pregado no deserto dizendo: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” Marcos 1:15. {VJ 31.2}
Multidões afluíam para ouvi-lo. Muitos se convenciam de seus pecados e eram batizados por ele, no Jordão. {VJ 31.3}
O Senhor havia revelado a João que algum dia o Messias viria a ele e pediria para ser batizado. Havia também a promessa de que um sinal lhe seria dado, de modo que ele pudesse saber quem era. {VJ 31.4}
Quando Jesus chegou, João viu em Seu rosto os sinais de uma vida santa, de modo que se recusou a batizá-Lo dizendo: “Eu é que preciso ser batizado por Ti, e Tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça.” Mateus 3:14, 15. {VJ 31.5}
Ao pronunciar essas palavras, Sua face Se iluminou com a mesma luz celestial que Simeão havia contemplado. E então, João conduziu o Salvador às águas do belo Jordão e ali O batizou diante de todas as pessoas. {VJ 32.1}
Jesus não foi batizado para mostrar arrependimento por Seus próprios pecados, pois jamais pecara. Assim fez, para dar-nos o exemplo. {VJ 32.2}
Quando saiu da água, ajoelhou à margem e orou. Então o céu se abriu e raios de glória refulgiram “e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele”. Mateus 3:16. {VJ 32.3}
As feições e todo o Seu corpo brilhavam com a luz da glória de Deus. E do Céu, ouviu-se uma voz que dizia: {VJ 32.4}
“Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo.” Mateus 3:17. {VJ 32.5}
A glória que repousou em Cristo é o penhor do amor de Deus por nós. O Salvador veio como nosso exemplo e tão certamente como Deus ouviu Sua oração, também ouvirá a nossa. {VJ 32.6}
Os mais necessitados, os mais pecadores, os mais desprezados podem ter acesso ao Pai. Quando vamos a Ele em nome de Jesus, a mesma voz que falou a Cristo, fala a nós dizendo: “Este é o Meu filho amado, em quem Me comprazo.” Mateus 3:17. {VJ 32.7}

A tentação

Após Seu batismo, Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado por Satanás. Ao dirigir-Se para o deserto, Cristo foi conduzido pelo Espírito de Deus. Ele não convidava a tentação. Queria estar a sós a fim de meditar sobre Sua obra e missão. {VJ 32.8}
Através do jejum e da oração, devia Se preparar para trilhar a senda cruel que Lhe estava destinada. Como Satanás sabia onde o Salvador podia ser encontrado, para lá se dirigiu com o intuito de tentá-Lo. {VJ 32.9}
Quando Cristo saiu das águas do Jordão, Seu rosto brilhava com a glória de Deus. Mas, depois de ter entrado no deserto, essa glória desvaneceu-se. {VJ 32.10}
Trazia sobre Si os pecados do mundo e em Seu rosto viam-se marcas de tristeza e angústia que homem algum jamais sentira. Ele sofria pelos pecadores. {VJ 32.11}
No Éden, Adão e Eva haviam desobedecido a Deus ao comer o fruto proibido. Seu pecado e desobediência trouxeram sofrimento e morte para o mundo. {VJ 32.12}
Cristo veio dar-nos um exemplo de obediência. No deserto, depois de jejuar quarenta dias, não quis contrariar a vontade de Deus, mesmo para conseguir alimento. {VJ 32.13}
Uma das primeiras tentações que venceram nossos primeiros pais foi a indulgência no apetite. Através daquele longo jejum, Cristo deveria mostrar que o apetite pode ser subjugado. {VJ 32.14}
Satanás tenta o homem à indulgência no apetite porque isso enfraquece o corpo e anuvia a mente. Desse modo, ele sabe que pode mais facilmente derrotá-lo ou destruí-lo. {VJ 32.15}
Porém, o exemplo de Cristo nos ensina que cada desejo incorreto deve ser vencido. Não devemos ser governados pelo apetite, mas sim governá-lo. {VJ 32.16}

Uma batalha cruel

Quando Satanás apareceu a Cristo pela primeira vez, ele tinha a aparência de um anjo de luz. Afirmava ser um mensageiro do Céu. {VJ 32.17}
Disse-Lhe que não era a vontade do Pai que Ele passasse por tais sofrimentos; Ele deveria apenas demonstrar que estava disposto a sofrer. No momento em que Jesus estava lutando com os mais duros padecimentos provocados pela fome, Satanás Lhe disse: {VJ 32.18}
“Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.” Mateus 4:3. {VJ 32.19}
Como o Salvador viera para viver como nosso exemplo, deveria suportar o sofrimento como nós precisamos suportá-lo. Não deveria operar nenhum milagre para beneficiar a Si mesmo. Seus milagres deveriam ser somente em favor dos outros. A essa intimação de Satanás, Jesus respondeu: {VJ 32.20}
“Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Mateus 4:4. {VJ 32.21}
Desse modo, Ele mostrou que obedecer à Palavra de Deus é mais importante que conseguir o alimento material. Aqueles que obedecem aos preceitos de Deus têm a promessa de ter todas as suas necessidades supridas na vida presente e também na vida futura. {VJ 32.22}
Satanás não conseguiu derrotar Cristo na primeira grande tentação; ele então conduziu Jesus ao pináculo do templo de Jerusalém, e disse: {VJ 32.23}
“Se és Filho de Deus, atira-Te abaixo, porque está escrito: Aos Seus anjos ordenará a Teu respeito; ... eles Te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.” Mateus 4:6. {VJ 33.1}
Aqui, Satanás seguiu o exemplo de Cristo citando as Escrituras. Mas a promessa não é para aqueles que voluntariamente se aventuram no perigo. Deus não havia ordenado que Jesus Se atirasse do pináculo e Ele não o faria para satisfazer a Satanás. Por isso replicou: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.” Mateus 4:7. {VJ 33.2}
Devemos confiar no cuidado de nosso Pai celestial, mas não devemos ir aonde Ele não nos ordena. Não devemos fazer o que Ele proíbe. Porque Deus é misericordioso e pronto a perdoar, muitos entendem que é seguro desobedecer-Lhe, mas isso é presunção. Deus perdoará todos os que buscam perdão e se afastam do pecado. Porém, não pode abençoar os que não Lhe obedecem. {VJ 33.3}
Satanás então apareceu como realmente era — o príncipe dos poderes das trevas. Levou Jesus ao cume de uma montanha elevada e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo. {VJ 33.4}
A luz do Sol iluminava esplêndidas cidades, palácios de mármore, campos frutíferos e vinhedos. Satanás disse: {VJ 33.5}
“Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares.” Mateus 4:9. {VJ 33.6}
Por um momento Jesus contemplou a cena e então voltou-lhe as costas. Satanás havia apresentado o que o mundo tem de mais atraente, mas o olhar do Salvador captou além da beleza exterior. {VJ 35.1}
Ele viu o mundo em sua miséria e pecado, afastado de Deus. Toda essa miséria era resultado de o homem ter-se afastado do Criador para cultuar Satanás. {VJ 35.2}
O coração de Jesus desejava ardentemente resgatar o que se havia perdido. Desejava devolver ao mundo mais do que a beleza edênica. Desejava colocar o homem em uma posição de vantagem com Deus. {VJ 35.3}

Vencendo por amor

Por amor aos pecadores, Ele resistia à tentação. Deveria ser um vencedor para que eles pudessem vencer, para que pudessem ser iguais aos anjos e dignos de ser reconhecidos como filhos de Deus. A essa oferta, Jesus respondeu: {VJ 35.4}
“Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.” Mateus 4:10. {VJ 35.5}
Essa grande tentação compreendia o amor do mundo, a ambição do poder, a soberba da vida e tudo o que possa afastar o homem de adorar a Deus. Satanás ofereceu a Cristo o mundo e suas riquezas se Ele homenageasse os princípios do mal. Do mesmo modo, ele nos apresenta as vantagens que podem resultar da prática do mal. {VJ 35.6}
Ele segreda aos nossos ouvidos: “Para ser bem-sucedido neste mundo, você deve me servir. Não seja tão escrupuloso por causa da verdade ou da honestidade. Obedeça ao meu conselho e eu lhe darei honras, riquezas e felicidade.” {VJ 35.7}
Dando ouvidos a tais conselhos, estamos adorando a Satanás ao invés de Deus e isso nos trará miséria e ruína. {VJ 35.8}
Cristo nos mostrou o que devemos fazer quando tentados. Quando Ele disse a Satanás: “Retira-te” (Mateus 4:10), o tentador não pôde resistir a essa ordem. Foi obrigado a se afastar. {VJ 35.9}
Contorcendo-se de ódio, o chefe rebelde deixou a presença do Redentor do mundo. {VJ 35.10}
Por hora, o combate havia terminado. A vitória de Cristo fora tão completa quanto a derrota de Adão. {VJ 35.11}
Do mesmo modo, devemos resistir e vencer a Satanás. O Senhor nos diz: “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós.” Tiago 4:7, 8. {VJ 35.12}

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