segunda-feira, 27 de abril de 2015
01 As 3 Mensagens Angélicas - Babilônia Denunciada - A voz do Segundo Anjo
Desde a antiguidade, a cidade de Babilônia(a) simbolizou o desafio a Deus. Sua torre era um monumento da apostasia e um centro de rebelião (Gênesis 11:1-9). Lúcifer (Satanás) era o seu rei invisível (Isaías 14:4, 12-14), e suas atitudes evidenciam que ele pretendia fazer de Babilônia uma agência de governo da raça decaída. Ao longo de toda a Bíblia, a batalha entre a cidade de Deus (Jerusalém) e a cidade de Satanás (Babilônia) ilustra o conflito entre o bem e o mal.
Durante os primeiros séculos da era cristã, quando o império romano oprimia tanto os judeus quanto os cristãos, estes relataram na literatura à cidade de Roma como sendo Babilônia.1 E muitos crêem que Pedro usou Babilônia como pseudônimo para Roma (I Pedro 5:13). Em virtude de sua grande apostasia e perseguição, a maioria dos protestantes da Reforma e Pós-Reforma referiam-se à igreja de Roma como sendo a Babilônia espiritual, a inimiga do povo de Deus (Apocalipse capítulo 17).2
Como a cidade de Babilônia caracterizava-se por sua descrença no verdadeiro Deus e pelo desafio à Sua vontade (Isaías 21:9 cf. Apocalipse 18:9-10), o livro de Apocalipse a utiliza para simbolizar de forma abrangente as organizações religiosas(b) que desprezam a Deus, a Sua lei, e perseguem o Seu povo. E de maneira específica utiliza a designação, "Babilônia, a Grande", para representar a igreja de Roma(c) (Apocalipse 17:5).
A igreja arruinada
A mensagem do segundo anjo expõe a natureza universal da apostasia de Babilônia e o seu poder repressor, denunciando que ela "tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição." (Apocalipse 14:8 RA).
O "vinho" de Babilônia representa suas doutrinas heréticas. E assim como ocorreu no passado, nos eventos finais deste mundo ela pressionará os Estados para que obriguem todos a obedecê-la. A "prostituição" representa o relacionamento ilícito entre Babilônia e as nações - entre a igreja apóstata e os poderes civis (Apocalipse 18:1-3). Essa igreja deveria ter sido a noiva do Cordeiro, mas, ao buscar apoio do Estado em vez de apoiar-se no Senhor, ela deixa seu Esposo e comete adultério espiritual (cf. Ezequiel 16:15; Tiago 4:4). Esse relacionamento ilícito resultou em tragédia. João viu os habitantes da Terra "embriagados" com falsos ensinos, e a própria Babilônia "embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus", os quais se recusaram a aceitar doutrinas que não eram baseadas na Bíblia e negaram submeterem-se à autoridade da "grande meretriz" (Apocalipse 17:1-6; Apocalipse 18:24 cf. Isaías 24:5-6).
Babilônia caiu porque se recusou a atender à mensagem do primeiro anjo - o evangelho da justificação pela fé no Criador(d); e assim como nos primeiros séculos da era cristã a igreja de Roma apostatou, da mesma forma muitos protestantes da atualidade se desviaram das grandes verdades da Reforma. Babilônia atingirá o máximo de sua queda, quando o protestantismo tiver se desviado de forma generalizada da pureza e simplicidade do evangelho da justificação pela fé, que uma vez foi o seu principal fundamento.
A mensagem do segundo anjo tornar-se-á crescentemente relevante à medida que o fim se aproxima. Encontrará seu completo cumprimento mediante a aliança entre as várias organizações religiosas que rejeitaram a primeira mensagem angélica(e). A queda de Babilônia é detalhada no capítulo 18 de Apocalipse, onde também encontra-se o convite de Deus para que o Seu povo, que ainda se encontra nos vários grupos religiosos componentes de Babilônia, saia de suas congregações (Apocalipse 18:4).3
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