A santidade do domingo:
A imensa maioria dos cristãos respeita o domingo como sendo o dia especial para adorar a Deus, e tal crença é fundamentada no fato de que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana, sendo então homenageado nesse dia.
Ainda há outros que acreditam que não importa o dia, todos devem ser dedicados a Deus.
Os Adventistas pensam de forma diferente e guardam o sétimo dia em respeito ao que crêem ser a vontade de Deus manifestada na Sua palavra.
A cada sábado adoram a Deus reverenciando-o como Criador de tudo quanto existe.
Crêem que Deus abençoou e santificou o sétimo dia porque nele descansou de toda a Sua obra que, como Criador, fizera.
Na semana da criação do mundo ainda não havia distinção de raças, apenas o primeiro casal, de modo que o descanso do sábado é para toda a humanidade.
Também deve ser notado que, embora Deus não Se canse, descansou no sétimo dia; mas, descansou para que, se não Se cansa? Descansou para exemplo de nossos primeiros pais, que igualmente não estavam cansados, pois haviam sido criados no último dia da criação.
Gênesis 2:1-3 à “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.
Crêem, também, que o descanso do sétimo dia faz parte da mesma Lei que proíbe ter outros deuses que não o Deus Vivo, que proíbe a idolatria, o desrespeito ao Nome de Deus, que proíbe o desamparo dos pais, o assassinato, o adultério, o furto, o falso testemunho e a cobiça.
Esta Lei está em Êxodo 20:3-17:
3 à “Não terás outros deuses diante de mim.”
4-6 à “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”
7 à “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.”
8-11 à “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.
12 à “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.”
13 à “Não matarás.”
14 à “Não adulterarás.”
15 à “Não furtarás.”
16 à “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”
17 à “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.”
Crêem, também, que o descanso do sétimo dia é o sinal entre Deus e o Seu povo, para que saibamos que é Ele que nos santifica.
Ezequiel 20:12 à “Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o SENHOR que os santifica.”
Crêem, também, que o descanso do sétimo dia é o sinal entre Deus e o Seu povo, para que saibamos que Ele é o nosso Deus. A guarda do sábado é um sinal de obediência e lealdade de um povo em relação ao seu Deus.
Ezequiel 20:20 à “santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o SENHOR, vosso Deus.”
Crêem, também, que Jesus tinha o costume de adorar o Pai nesse dia.
Lucas 4:16 à “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.”
Crêem, também, que Jesus não teria recomendado aos Seus seguidores que orassem para que sua fuga de Jerusalém (destruída 40 anos após a sua Ressurreição) não se desse no sábado, se esse dia estivesse destinado a ser substituído por outro. A fuga no sábado tiraria a santidade devida a esse dia, diante com a preocupação com a segurança pessoal.
Note que nem mesmo para preparar adequadamente o corpo de Jesus para o sepultamento os discípulos se atreveram a violar a santidade do sábado.
Note, ainda, que Jesus não os repreendeu por isso, após ressuscitar.
Mateus 24:20 à Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado;
Crêem, também, que os santos apóstolos, como fazia o apóstolo Paulo, guardavam o sábado do sétimo dia. A passagem seguinte não afirma que Paulo havia ido à sinagoga por causa dos judeus que lá estavam, pois lá havia também prosélitos (crentes não judeus); o texto também diz que “no sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus”.
Atos 13:42-44 à “Ao saírem eles, rogaram-lhes que, no sábado seguinte, lhes falassem estas mesmas palavras. Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus. No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
Crêem, também, que o dia do Senhor de que fala Apoc. 1:10 é o sábado do sétimo dia, pelas seguintes razões: João, que escreveu o Apocalipse, (1ª) sabia que Jesus é Deus (João 1:1), e (2ª) sabia que Jesus é o Senhor do sábado (Mateus 12:8 e Lucas 6:5).
Apocalipse l:10 à “Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta,”
Crêem que o sábado será comemorado na eternidade, na Nova Terra, como um memorial da Criação de Deus:
Isaías 66:22-23 à “Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR.
Crêem que,
- Deus diz que o sábado do sétimo dia é sinal para sempre entre Ele e Seu povo (Êxodo 31:18),
- Deus diz que será comemorado na eternidade, e
- que Jesus declarou que “até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til cairá da Lei, até que tudo se cumpra”,
de forma não há razão para se deixar de observar agora a santidade deste dia, tal como Deus determinou que façamos.
Crêem, ainda, que santificar um dia, como Deus determina, significa separar esse dia e dedicá-lo para o serviço de Deus, deixar de fazer nele as tarefas típicas dos demais dias, torná-lo diferente em homenagem a Deus (“seis dias trabalharás e farás toda a tua obra”), participar de reuniões de adoração na igreja, testemunhar do amor de Deus ao todos quanto for possível, passar tempo com a família, ensinando aos filhos o amor de Deus, e cuidar das necessidades do próximo.
Tudo isso numa expressão de gratidão e amor a Deus pela salvação concedida, e não como meio de obter essa salvação.
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