Falar em línguas:
Pentecostais crêem que falar em línguas é um sinal de que a pessoa está cheia do Espírito Santo (linguagem do Espírito Santo), a qual não é compreendida por quem a fala, mas apenas por Deus. Muitos pentecostais crêem que sem línguas não há batismo do Espírito Santo.
Os Adventistas crêem, sinceramente, no dom bíblico, genuíno e autêntico das línguas, como um dom do Espírito Santo, tal como refere o Novo Testamento, em especial o livro de Atos do Apóstolos.
Os Adventistas crêem, sinceramente, que todos os dons são distribuídos individualmente pelo Senhor, da forma que Ele acha conveniente. Também crêem que nem todos recebem os mesmos dons, e que o dom de línguas é apenas um de uma longa lista. Veja:
1ª Coríntios 12:7-11 à “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.
No Pentecostes, o dom de línguas foi distribuído abundantemente sobre os apóstolos e discípulos. Podemos saber para qual fim proveitoso? Evidentemente que sim: a conversão de quase três mil pessoas, que puderam ouvir a mensagem do Evangelho em suas próprias línguas nativas, e assim fazer sua opção por Jesus.
Os Adventistas, pela Palavra de Deus, crêem que nem todos recebem o dom de línguas, e que esse parece ser o menor dos dons concedidos pelo Espírito Santo. Note a idéia de seqüência, de ordem de importância dada pelo apóstolo Paulo:
1ª Coríntios 12:27-31 à “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres? Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos? Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente.”
Note que no texto anterior (1ª Coríntios 12:7-11), também o dom de línguas aparece em último lugar.
Os Adventistas, pela Palavra de Deus, crêem que o mais importante dos dons concedidos pelo Espírito Santo é o amor:
1ª Coríntios 13:1-13 à “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.
2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
3 E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,
5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;
6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará;
9 porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.
10 Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
12 Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.
Os Adventistas, pela Palavra de Deus, crêem que o sinal de que uma pessoa está realmente cheia do Espírito Santo está num coração cheio de amor que deseja testemunhar de Jesus:
Atos 1:6 à “Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
7 Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;
8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”
Realmente, no Pentecostes os discípulos receberam poder do Alto e, cheios do Espírito Santo, testemunharam poderosamente de Jesus, mesmo diante de risco da própria vida.
Os Adventistas, pela Palavra de Deus, crêem que o dom de línguas não é concedido especificamente aos crentes para edificarem a si próprios, mas como um sinal confirmativo para convencer os incrédulos do Evangelho; por sua vez, a profecia não é dada aos descrentes, mas para os que crêem:
1ª Coríntios 14:22 à De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que crêem.
Isso aconteceu de forma evidente durante o discurso de Pedro, no Pentecostes, quando havia em Jerusalém pessoas de pelo menos 16 origens diferentes, que falavam as línguas de seus respectivos povos (versos 9 a 11 abaixo), as quais puderam ouvir e entender o discurso de Pedro cada qual em sua própria língua (verso 6), motivo pelo qual ficaram grandemente admirados. O dom de línguas é uma linguagem real dada por Deus para quebrar as barreiras dos idiomas, permitindo a comunicação do Evangelho:
Atos 1:-12 à “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.
3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.
4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.
5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu.
6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?
8 E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
9 Somos partos (1), medos (2), elamitas (3) e os naturais da Mesopotâmia (4), Judéia (5), Capadócia (6), Ponto (7) e Ásia (8),
10 da Frígia (9), da Panfília (10), do Egito (11) e das regiões da Líbia (12), nas imediações de Cirene (13), e romanos (14) que aqui residem,
11 tanto judeus como prosélitos, cretenses (15) e arábios (16). Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?
12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?
O resultado da manifestação do genuíno dom de línguas foi a conversão de quase 3000 pessoas num só dia:
Atos 2:37-41 à “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?
É no batismo em nome de Jesus Cristo que todo crente recebe o dom o Espírito Santo.
38 Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
39 Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.
40 Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
41 Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.”
O apóstolo Paulo defende claramente a necessidade de se pronunciar palavras inteligíveis, e não usar uma linguagem que ninguém compreende, e recomenda:
- Cada um deve falar por sua vez, sem haver manifestações espontâneas com muitas pessoas falando ao mesmo tempo.
- Apenas duas ou, no máximo, três pessoas deveriam falar num determinado serviço.
- Deve haver um intérprete (tradutor) da língua estrangeira, de forma que toda a congregação possa ser edificada pelo que está sendo apresentado, permitindo que todos participem do serviço de adoração.
1ª Coríntios 14:26-27 à “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação.
27 No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete.”
28 Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.
Os Adventistas crêem que a plenitude do Espírito Santo é concedida aos que obedecem, com amor, à Verdade de Deus:
Atos 5:32 à “Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe obedecem.”
João 14:15-16 à “Se me amais, guardareis os Meus mandamentos.
16 E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco.”
Os Adventistas crêem que a manifestação do dom de línguas não é prova de alguém estar pleno do Espírito Santo.
Os Adventistas, sinceramente, crêem no grande amor de Deus por nós.
Crêem que Jesus Cristo é o único fundamento de nossa certeza da vida eterna, e que a Palavra de Deus é a única base de sua fé.
Crêem que não podemos confiar em nossas emoções, pois elas oscilam conforme a influência das circunstâncias, e Satanás sabe muito bem como manipulá-las para nos enganar. Ele pode imitar milagres genuínos, ou sinais e maravilhas, com o propósito de nos enganar (veja Mateus 24:24 e Apocalipse 16:13-14).
Crêem que alguns até vão declarar que Jesus Cristo tem trabalhado poderosamente em suas vidas e por seu intermédio. Alegarão até ter expulsado demônios em Seu Nome, mas Jesus poderá dizer-lhes: “Nunca vos conheci” (Mateus 7:21-23).
Crêem que a fé deve estar baseada na Palavra Escrita de Deus, para poder manter-se de pé (Mateus 7:24).
Crêem que a nossa única segurança e salvaguarda está em conhecer a Palavra de Deus e em viver através de Sua Verdade (Isaías 8:20).
Crêem que é a Verdade que nos mantém livres do erro (João 8:32).
Crêem que foi o Espírito Santo quem inspirou os escritores da Bíblia (2ª Pedro 1:21).
Crêem que ser cheio do Espírito Santo significa fazer das palavras de Jesus as nossas próprias palavras (João 6:63).
Crêem que o maior dos milagres é a mudança do coração humano, de rebelde contra Deus em filho fiel e obediente (João 3:2-7).
Crêem que olhar para milagres espetaculares e, ao mesmo tempo, rejeitar a Verdade, é anti-bíblico (Lucas 16:27-31).
Crêem que a nossa única salvaguarda contra o engano está em recebermos a Verdade de Deus como ela se encontra nas Escrituras Sagradas (2ª Tessalonicenses 2:9-12).
Crêem, também, que uma das conseqüências de alguém estar cheio do Espírito Santo é a fidelidade a Deus e a obediência a Seus mandamentos por amor, como Jesus disse: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos”. João 14:15.
Por isso tudo, crêem que falar em línguas não é, necessariamente, uma prova de alguém ter sido batizado com o Espírito Santo:
A Bíblia declara que João Batista foi cheio do Espírito Santo desde o ventre de sua mãe (Lucas 1:15) e não consta que haja falado em línguas.
A Bíblia declara que Maria, mão de Jesus, concebeu do Espírito Santo, recebeu o Seu poder (Lucas 1:35), e não consta que haja falado em línguas.
A Bíblia declara que Estevão, cheio do Espírito Santo (Atos 7:55), também não consta que haja falado em línguas.
A Bíblia declara que, mais do que esses, Jesus Cristo foi cheio do Espírito Santo, mas não refere nenhuma ocasião em que tenha falado em outras línguas.
Alguém diria que algum dos acima referidos na verdade não foi batizado com o Espírito Santo porque não falou em outras línguas?
Como bem diz o apóstolo Paulo, o dom de línguas, que é um dos menores dons do Espírito Santo, é um sinal para os incrédulos, e não para os crentes, como alguns crêem, e querem fazer crer.
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