MUDAMOS O MUNDO COM UMA
ATITUDE
REAL DE
CARINHO E
AMOR
Acreditamos no Pai, Filho e Espírito Santo. Acreditamos na Palavra de Deus como regra de fé.
Acreditamos na salvação unicamente pela fé. Acreditamos que devemos guardar os mandamentos.
Acreditamos que devemos cuidar da saúde. Acreditamos que devemos cuidar da natureza.
Acreditamos que Jesus voltará.
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quinta-feira, 15 de junho de 2017
O Livro de Jó - capítuo 42
Refletindo e estudando Jó, meu pai, Alier Armi de Oliveira, chegou à seguinte conclusão: “Precisamos de fé como Jó para que sejamos homens e mulheres de oração capaz de interceder por pecadores perante Deus”.
Meditando nos argumentos falhos e defeituosos de Jó e na repreensão de Deus, aprendemos que precisamos pensar e repensar baseando-se na revelação divina, não em nossa experiência ou suposta sabedoria. Após Jó ouvir a Deus e reagir com humildade, reconhecendo sua tremenda limitação, suas falhas e seus pecados, arrependendo-se profundamente de seus defeitos de caráter, Deus interagiu com ele (vs. 1-6). Conforme Francis I. Anderson o resultado foi:
O veredito de Jeová (vs. 7-9);
A restauração de Jó (vs. 10-17).
Chama-me a atenção o contraste da introdução com a conclusão do livro. Deus que havia dito duas vezes que Jó era “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (1:8; 2:3; ver também 1:1), agora está diante de Deus, humildemente, reconhecendo que falou coisas ilícitas: “Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia” (42:3).
Além disso, Jó foi mais fundo e declarou para Deus: “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (v. 6).
Jó não era perfeito. Suas crenças e suas declarações não eram perfeitas. Ele era tão pecador quanto eu e você. Somente a justificação pela fé mediante a graça de Deus é que nos faz justos no tribunal divino. A única forma de sermos justificados e restaurados por Deus agora (e/ou no juízo) está em apegar a Deus sem titubear, assim como fez Jó.
Se Jó e seus amigos falaram o que não deviam, por que Deus só repreendeu os amigos e não Jó? Simplesmente porque eles foram orgulhosos demais, não permitiram que nenhuma verdade mudasse suas opiniões expressas com convicção. Eles se apegaram à mentira mesmo com provas contrárias. Contudo, a graça estendida a Jó também foi estendida a eles.
Como assim?
Deus os orientou a buscar em Jó um intercessor, então Deus aceitou-os mesmo que não disseram o que era reto (vs. 7-9), entretanto, isso aconteceu somente depois de oferecerem os holocaustos, símbolos da graça de Cristo.
Humilhemo-nos, intercedamos e reavivemo-nos na Palavra!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 41
O que é Leviatã? Muitos almejam saber quem é esse monstro marinho, cuja “descrição mais longa… aparece em Jó 41:1-34 […]. A única interpretação alternativa de qualquer significado considera o leviatã como sendo monstro mitológico, que talvez deva ser identificado com o dragão-caos babilônico, Tiamate. A palavra é cognata do termo ugarítico lotam, o mostro de sete cabeças…” (J. D. Douglas).
Ampliando o assunto Charles F. Pfeiffer e Howard F. Vos e John Rea declaram que “uma coisa é descobrir o significado literal do termo Levitatã, e outra coisa muito diferente é determinar o seu uso em sentido figurado ou simbólico. Na mitologia dos povos mediterrâneos, parece haver uma referência bastante difundida a um grande monstro capaz de devorar em grande escala. Essa criatura de muitas cabeças também tinha as feições de uma serpente. Semelhante ao leviatã do Salmo 74.14 é o cananeu Lotã de sete cabeças, de Ras-Shamra, ou da literatura ugarítica de aprox. 1700-1400 a.C.”
E mais, os mesmos autores dizem: “Embora Jó 41.1 e o Salmo 104.26 pareçam não ter qualquer importância simbólica, é possível que o Salmo 74.14 e, certamente Isaías 27.1, estejam realmente ligando o leviatã com as forças do mal (ou até mesmo especialmente com Satanás) que serão sem dúvida destruídas pelo poder de Deus no dia do Juízo Final […]. O NT reflete a figura do leviatã em Apocalipse 12.9, onde Satanás é chamado de ‘grande dragão’ e ‘antiga serpente’”.
Os pontos relevantes:
• Tanto Jó ou qualquer outro ser humano é incapaz de controlar ou dominar uma criatura gigante, seja esta real ou uma figura de Satanás.
• Deus está acima de todo poder, toda criatura e toda potência que existe em qualquer lugar do Universo.
• Qualquer ameaça real, mitológica ou imaginária que desafie qualquer mortal está sob a regência de Deus, o qual é onipotente e soberano sobre tudo.
• O ser humano incapaz de lidar com criaturas ou crenças desafiadoras pode contar com um Deus que pode todas as coisas.
• Sendo Deus todo-poderoso, Ele é nossa única segurança e solução para nossas angústias, sem Ele nós mesmos criaríamos fantasmas para nos amedrontar.
• Deus tem controle até sobre a vida do diabo; com Deus inclusive o mais fraco dos seres humanos estará seguro.
Importa mesmo reavivarmo-nos!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 40
Depois de Deus levantar grandes perguntas diante do grande dilema de Jó nos capítulos 38 e 39, o sofredor Jó reagiu.
Como ele reagiu? Ele aproveitou a oportunidade para encurralar Deus? Ele questionou Deus como disse que faria se tivesse oportunidade? Ele reclamou por Deus ter feitou ou permitido toda aquela dor e angústia que ele passou?
Antes de Jó responder ou falar qualquer coisa a Deus, Deus ainda disse a Jó (vs. 1-2):
“Aquele que contende
com o Todo-poderoso poderá repreendê-lo?
Que responda a Deus
aquele que o acusa!”
Jó irá acusar a Deus? Irá condená-lO? Seria Jó ousado para reprovar a Deus, o Soberano Criador do Universo? Então, o intrigado Jó respondeu com as seguintes palavras singelas (vs. 3-5):
“Sou indigno;
Como posso responder-te?
Ponho a mão sobre minha boca.
Falei uma vez,
mas não tenho resposta;
sim, duas vezes,
mas não direi mais nada”.
Jó ficou sensibilizado diante de Deus. Ele abaixou a guarda. Sua arrogância deu lugar à humildade. Sua humildade o preparou para o que Deus ainda lhe falaria e faria. Sua justiça própria e orgulho de si mesmo desapareceu diante da majestade de Deus.
Deus tem prazer em falar com quem está disposto a ouvi-lO com humildade. Ele quer comunicar-Se com Seus servos piedosos. Deus Se inclina para satisfazer aos sofredores e angustiados. Ele mesmo declara claramente:
“Habito num lugar alto e santo,
mas habito também com o contrito e
humilde de espírito,
para dar novo ânimo
ao espírito do humilde
e novo alento ao coração do contrito” (Isaías 57:15).
Por isso, com prazer Deus inicia Seu segundo discurso a Seu servo Jó (v. 6). Na sequencia, a fala de Deus desafia Jó a lhe responder perguntas (v. 7). Será que Jó tem condições de questionar a justiça de Deus? Será que Jó conseguirá condenar a Deus para justificar-se perante o universo? (v. 8). Deus Lhe dá as diretrizes nos versículos 9-14:
1. Torne-se Deus/majestoso/esplendoroso/glorioso;
2. Humilhe e acabe com os orgulhosos/poderosos ;
3. Esmague os ímpios/malvados.
Sabendo que Jó seria incapaz de fazer isso, Deus revela Seu poder sobre o poder de suas poderosas criaturas. Nada O assusta (vs. 15-24).
Nossa situação só terá solução se nos entregarmos humildemente nas mãos do Soberano do Universo! Reavivemo-nos!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 39
Antes de aprofundar no texto inspirado, lembro-me de uma música, da qual destaco algumas frases:
Muitos acreditam em vãs superstições
Buscam nas estrelas respostas encontrar
Mas eu sei que a verdade brilha mais do que o sol […].
Há pessoas que acreditam que a ciência e a razão
Não precisam de um Deus para a vida explicar
Mas em toda natureza vejo o toque de tuas mãos
Tu és o meu Deus, meu Pai, meu Criador.
[…]
Mesmo que outros rejeitem as provas
De que existe um Criador
Minha vida vai mostrar
Que eu creio em Ti, Senhor…
Neste capítulo Deus, o Criador da natureza e do ser humano, faz alguns questionamentos a Jó sobre:
1. O nascimento das cabras e das corças (vs. 1-4);
2. O boi selvagem, sua força e suas habilidades (vs. 9-12);
3. O avestruz, apesar de sua simplicidade intelectual, corre mais que cavalos (vs. 13-18);
4. A capacidade de Jó na criação do cavalo com sua agilidade, coragem e habilidade (vs. 19-25);
5. A capacidade de Jó fazer o falcão e a águia voar sem esforço alcançando alturas inimagináveis (vs. 26-30).
Deus escolheu coisas estranhas, simples e loucas do mundo para envergonhar aos sábios deste mundo (ver I Coríntios 1:27). A intuição, habilidade, força e sabedoria dos animais surpreendem até aos mais entendidos dos seres humanos.
Certa vez Abraão Lincoln declarou: “Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu; mas não posso conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe um Deus”. Interessante que neste capítulo Deus começa falando dos animais da terra e depois eleva os olhos de Jó para o alto, falando sobre o falcão e a águia.
Ainda que na terra haja muitas coisas interessantes, Deus almeja erguer nossa cabeça a fim de que elevemos nossos olhos ao alto, assim nossa visão se amplia. Deus tem Suas estratégias para conduzir-nos ao propósito que Ele tem para nossa vida. A nós cabe permitir que Ele abra nossa mente para verdades que, de outra forma, nunca alcançaríamos.
Nossas expectativas de Deus são sempre superadas quanto mais Ele se revela a nós. Ele nos surpreende com habilidades e qualidades melhores do que imaginamos nEle. Reavivemo-nos!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 38
Quando Deus entra em cena, nada fica igual. Deus desce do Céu até a Terra para fornecer satisfação humana, orientar as informações deficientes e repreender as teorias erradas sobre a vida, sobre o ser humano e principalmente sobre Sua pessoa.
Deus não respondeu as diversas perguntas intrigantes de Jó, pelo contrário, fez mais perguntas a Jó do que ele havia feito a Deus. O psicólogo Paul Turnier explica: “A resposta de Deus não é uma ideia, uma proposição como a conclusão de um teorema; Ele próprio é a resposta. Jó recebeu a revelação de Deus e encontrou um relacionamento pessoal com Ele”.
Deus responde por meio de perguntas. Deus não fala nada a Jó sobre seu sofrimento, muito menos aborda as razões do sofrimento. No capítulo em questão, Deus introduz Sua fala com 32 interrogações.
No capítulo anterior, “Eliú procurava defender sua compreensão religiosa, atacando a credibilidade de Jó. O sofrimento de Jó constituía um desafio à tradição teológica dos quatro amigos. E Eliú achava que, se pudesse deter o protesto de Jó contra Deus, o desafio desapareceria. Ele procurava mostrar que, sendo Jó tão insignificante diante da grandiosidade de Deus, não tinha o direito de interrogá-Lo” (Charles H. Betz).
Mas, Eliú estava equivocado em suas ideias filosóficas e teológicas. Betz continua: “O Senhor, por meio de perguntas similares [às de Eliú], queria que Jó visse que, se não conseguia compreender como Deus atua nos fenômenos naturais bem conhecidos, como poderia compreender por que Ele permite o sofrimento? Assustado, Eliú queria ver-se livre de Jó, ao passo que Deus, em Seu amor, desejava fazer com que Jó percebesse a diferença fundamental entre o Criador e a criação. O Senhor levou Jó a sério, ajudando-o a reconhecer o fato de que, mesmo que Deus explicasse todos os mistérios do sofrimento, Jó não conseguiria compreendê-los. O patriarca precisava crer simplesmente que Deus sabe o que faz”.
1. Precisamos mais de confiança em Deus do que compreensão e explicação de nossa situação.
2. Precisamos de um real encontro com Deus mais do que explicação de nossa intrigante situação.
3. Precisamos mais da atenção de Deus do que entendimento de nossa aflição.
4. Precisamos mais de Deus que de qualquer coisa.
Amigos, oremos: “Senhor, reaviva-nos sobrenaturalmente!”
Heber Toth Armí
quarta-feira, 14 de junho de 2017
O Livro de Jó - capítulo 37
Aqui encerra as discussões humanas. Fica mais que provadas que a sabedoria, filosofia e teologia sem a revelação direta de Deus são insuficientes para lidar com a verdade, a realidade e a espiritualidade.
Até agora, nenhum dos amigos sábios de Jó conseguiu dar uma resposta convincente sobre seu terrível sofrimento. Nem mesmo o jovem Eliú, com sua intrepidez, indo um pouco além dos veteranos, conseguiu colocar um ponto final na questão do sofrimento de Jó.
Abaixo estão os tópicos deste último discurso elaborado detalhadamente por John E. Hartley:
Quarto discurso de Eliú (36:1-37:24) 1. Introdução (36:1-4); 2. Métodos disciplinadores usados por Deus: a) O ensino principal (36:5-15); b) Advertência a Jó (36:16-25). 3. A grandeza de Deus: a) Glória visível de Deus na tempestade (36:26-37-13); b) Advertência a Jó (37:14-20). 4. O esplendor divino (37:21-24).
Warren W. Wiersbe destaca os seguintes tópicos da preleção de Eliú sobre o poder de Deus. Ele fala sobre o…
• Outono (36:27-37:7); • Inverno (vs. 6-10); • Primavera (vs. 11-13); • Verão (vs. 14-18).
“No entanto”, continua Wiersbe, “Eliú estava fazendo muito mais do que dar uma palestra científica sobre as quatro estações. Seu desejo era que Jó refletisse sobre a grandeza de Deus e as maravilhas da natureza e percebesse quão pouco sabia, de fato, sobre Deus e sua operação no mundo”.
Eliú enfatiza a grandeza de Deus para fazer Jó se calar. Consequentemente apresenta uma “beleza” que flui de Deus, mas essa beleza é “temível”. Por isso, ele diz: “Poderoso Deus, tão longe do nosso alcance!”
Na verdade, Deus está acessível a nós a través de Jesus (lembrando que a teologia é progressiva e Eliú possuía poucos raios da verdade, ele engatinhava no conhecimento de Deus).
Ao findar Eliú o seu discurso podemos destacar que…
• Não há descoberta da verdade independente de Deus. Deus é a fonte do conhecimento pleno, somente podemos saber o que é certo mediante Sua revelação. • As opiniões humanas diferem da revelação divina; a compreensão humana é falha diante da revelação divina, assim, os supostos sábios querem intimidar os fracos com argumentos retumbantes.
Por insuficiente informação verdadeira, atualmente muitos como Eliú veem o juízo, o encontro com Deus e o Seu agir como algo perigoso. Estude por si mesmo(a) e veja que é diferente!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 36
Falar sobre Deus e por Ele é mais complexo do que se imagina. Pregar é mais sério do que se pensa. Fazer sermão é de uma responsabilidade sem igual. Ser um intérprete da Palavra de Deus exige mais do que conhecimento de hermenêutica e exegese, depende de discernimento dotado pelo Espírito Santo.
A fala de Eliú mais parece monólogo do que diálogo, é um sermão. São vários discursos os dele, mas sem interrupções. Os capítulos 36 e 37 contêm seu quarto e último discurso.
A introdução desse discurso reza assim: “Acompanhe mais um pouco meu raciocínio. Vou convencer você. Há ainda muita coisa a ser dita a favor de Deus. Aprendi tudo isso em primeira mão, direto da Fonte. Tudo que eu sei sobre justiça devo ao meu Criador. Confie em mim, estou oferecendo a você a pura verdade. Acredite, conheço essas coisas muito bem” (vs. 1-4, AM).
• Usar a lógica no sermão ou no discurso teológico não é suficiente;
• Convencer alguém com argumentos teológicos ou filosóficos nem sempre significa ter falado a verdade;
• Deus quer mais do que advogados de defesa, Ele quer testemunhas;
• Dizer que aprendeu diretamente com Deus o que diz sobre Ele nem sempre é verdade;
• Falar sobre justiça de Deus com convicção às vezes é uma revelação de uma mera opinião.
A teologia de Eliú no capítulo em questão tem estes pontos:
1. Ele faz apologia à declaração de Jó quando disse que o perverso prospera e o inocente sofre e depois combate as reclamações de Jó (vs. 6-15, ver Jó 21:7, 27-33, 24:1-17);
2. Sem compreender o tema do grande conflito, ele alega que o sofrimento de Jó é consequência de seus atos perversos contra o soberano Deus (vs. 16-33).
Além disso, Carol Ann Mayer-Marlow especifica outros detalhes da teologia de Eliú:
• Deus não preserva a vida dos ímpios (v. 6);
• Os justos passam por aflições a fim de que estejam dispostos a aprender e a dar atenção a Deus (vs. 7-10);
• Nossa prosperidade depende de nosso arrependimento e da obediência a Deus (vs. 11-12)
• Os ímpios morrem cedo (vs. 13-14);
• Ouvidos que eram insensíveis ao som da voz de Deus tornam-se sensíveis como resultado da adversidade (v. 15).
Estude mais! “Senhor, reaviva-me por Tua Palavra!”
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 35
Interpretação é assunto sério. É muito fácil deturpar a realidade, as palavras humanas e também a Palavra de Deus.
O raciocínio humano contaminado com o pecado não tem discernimento apropriado para avaliar corretamente nada.
1. Eliú deturpa as colocações ditas por Jó (vs. 1-3); “Eliú não concordou com a declaração de Jó, de que uma pessoa justa poderá sofrer tanto quanto um pecador. No entanto, ao combater esse conceito (verso 3), ele insinuou que Jó estava dizendo que os justos não terão finalmente nenhuma vantagem sobre os ímpios. Isso era uma distorção do ponto de vista de Jó” (Carol Ann Mayer-Marlow).
2. Eliú deturpa a teologia (vs. 4-8); segundo Eliú, “o pecado do homem não causa dano à soberania de Deus, e a justiça do homem não Lhe serve para nada” (William MacDonald), quando, na verdade, o que acontece na Terra afeta o Céu (ver Gênesis 6:11-13; 18:16, 17, 23-32; Êxodo 2:23-25; 22:21-24; Oséias 11:8; Mateus 9:36).
3. Eliú deturpa a realidade (vs. 9-16); a filosofia de Eliú é que sofredores não são sinceros ao clamar a Deus, eles apenas estão sendo interesseiros e egoístas a fim de livrarem-se dos sofrimentos. “O ponto fraco dessa posição é que ela pressupõe que os que continuam a sofrer não clamam a Deus corretamente” (Francis D. Nichol).
Nossas pressuposições interferem em toda e qualquer interpretação; se elas não vierem da Palavra de Deus, tendemos a adulterar todo assunto em que emitimos nossa opinião. O pecado distorce nossa visão; consequentemente, só com a restauração do Espírito Santo podemos obter discernimento.
Pessoas de mente obscura, de pensamentos turvos, de visão nebulosa chegam a conclusões absurdamente terríveis sobre tudo; pior é que emitem opiniões como se fossem convicções, criticam como se fossem donas da verdade. Eliú encerrou seus argumentos desse capítulo dizendo: “Jó, você só fala bobagens – nem sabe o que diz!” quando, na verdade, era Eliú que falava bobagens distorcendo o que Jó dissera.
“Desde que Satanás deturpou a Deus para Eva no Jardim do Éden, essa tática tem sido um de seus ardis preferidos. Consegue lembrar-se de um exemplo recente da maneira pela qual Satanás usa os críticos da igreja de Deus e seus dirigentes para torcer-lhes as atitudes e afirmações?” (Mayer-Marlow).
Fuja dessas táticas ardilosas!
Heber Toth Armí
terça-feira, 13 de junho de 2017
O Livro de Jó - capítulo 34
Precisamos do auxílio do Espírito Santo para interpretar bem a Palavra divina, do contrário, favoreceremos ao diabo e desprezaremos a Deus.
Examine atentamente cada ponto deste capítulo:
1. O sábio pede “humildemente” que outros sábios avaliem suas palavras pensando serem incontestáveis (vs. 1-4).
2. O sábio segundo o mundo retrata indevidamente a situação de um sofredor; Eliú colocou palavras na boca de Jó que ele nunca disse. Jó nunca disse que agradar a Deus era perca de tempo (vs. 5-9).
3. O sábio fala o que pensa ser verdade sobre Deus, mas é apenas sua mera opinião. Para Eliú,
• Deus não faz nenhum mal a ninguém, mas cobra e faz cada indivíduo pagar por todos os seus atos (vs. 10-15);
• Deus não faz acepção de pessoas, Ele é justo a tal ponto de fazer cada devedor de justiça pagar até o último centavo (vs. 16-20);
• Deus é onisciente e está como um juiz perscrutador pronto a punir e humilhar àquele que fez por merecer (vs. 21-30).
4. O sábio que pensa que está com a razão se prevalece dos mais fracos e doentes (vs. 31-33).
5. O sábio desprovido do Espírito Santo ataca veementemente visando nocautear seu alvo com argumentos consistentes (vs. 34-37).
Para vencer argumentos que desafiam nossas crenças adulteramos as palavras ditas pela pessoa que estamos atacando. Para parecer mais coerente, sábio e lógico que nosso oponente tendemos a atacar os mais fracos com frases argumentativas que ferem ao invés de curar, que humilham ao invés de elevar, que oprimem ao invés de redimir.
Sun Tzu orienta: “Diante de uma larga frente de batalha, procure o ponto mais fraco e, ali, ataque com sua maior força”; já Agni Shakti alerta: “Na falta de argumento a ignorância usufrui da agressividade e da ofensa como modo de ataque”. Precisamos ir além de Eliú!
O livro em que estamos mergulhados em suas páginas não é o relato de um Deus cruel que provocou Satanás para infernizar a vida do coitado Jó. Sua mensagem vai muito além de um Deus que incita contendas, que permite o sofrimento por mera distração ou que instiga o inimigo a um duelo sem causa, ocasionando caos na existência humana.
Reflita: Obtenha sabedoria segundo Deus, não segundo o mundo!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 33
A complexidade da vida faz as pessoas investirem seus pensamentos na busca de respostas às perplexidades da humanidade.
Mesmo para os religiosos, surgem mais enigmas que respostas. A sabedoria dos filósofos, a ciência dos pesquisadores e a inteligência dos pensadores são insuficientes para esclarecer os problemas da existência. Carecemos de algo mais!
Eliú intentará desvendar mistérios. Sua abordagem difere da dos outros que intentaram, mas foi tão infeliz quanto eles em revelar os enigmas da vida. Apesar disso, neste capítulo Eliú apresenta temas bem interessantes, vale a pena prestar atenção juntamente com Jó (vs. 1-4):
1. Eliú intenta fazer com que Jó percebesse que ao declarar sua inocência, mas, culpando a Deus, foi injusto de sua parte; pois, nós humanos, somos formados por Deus do pó da terra, nossa visão é limitada demais para acusar nosso Criador, nosso padrão de justiça é pequeno demais para colocar Deus no banco dos réus (vs. 5-18).
2. Eliú concentra-se nos vários métodos usados por Deus para falar ao ser humano (vs. 19-30). O alvo de Deus é resgatar/salvar; por isso, fala-nos por meio…
a) De visões e sonhos;
b) Do sofrimento;
c) De doenças graves;
d) De um anjo.
3. Eliú enfoca na sabedoria, sendo ela o caminho mais coerente para a explicação dos complexos mistérios da existência humana (vs. 31-33).
Eliú não se aproximou de Jó como juiz, mas como amigo e irmão; ele não acusou falsamente a Jó, mas aceitou a afirmação de sua justiça; Ele não usou linguagem abusiva, mas respeitosa; ele não falou visando torturar Jó, mas ajudá-lo.
Eliú deseja agir como revelador de Deus para Jó, sua intenção é ser um intérprete de Deus perante o sofredor angustiado e exausto de tanta dor. Ele almeja orientar Jó em sua forma de lidar com Deus. Seus discursos são o elo entre os discursos filosóficos de Jó e seus amigos e os discursos divinos, o qual virá em seguida – após o seu.
O ser humano frustrado possui uma necessidade incontida de explorar algo novo em busca de respostas satisfatórias. Explorar não é errado; precisamos ser curiosos como crianças e exploradores como adolescentes, mas sempre firmados no alicerce da Palavra de Deus – pois, ela é a fonte da verdadeira sabedoria!
Reavivemo-nos na Palavra!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 32
Deus estava encurralado. Jó colocou o Criador do Universo num beco sem saída. Deus estava no banco dos réus. Seu caráter estava sendo julgado. Jó aparentemente se colocava acima da justiça divina. Já havia silenciado seus amigos com seus argumentos, agora quer respostas de Deus!
Eliú, aparentemente jovem, aparece do nada, para chamar a atenção de Jó e seus três amigos. Quando todos não tinham mais o que falar, Eliú tem novidades. Por ser um bom ouvinte, quem fala por último pode falar melhor. Quem ouve, medita; quem presta atenção nos mais velhos, pondera melhor seus pensamentos; quem avalia o que os outros dizem aprende a sabedoria.
O discurso de Eliú é único, sem réplica ou tréplica; é longo, profundo e impactante. Este capítulo é apenas uma introdução de sua preleção sobre o sofrimento e o Deus soberano. Eliú se apresenta; sendo jovem, havia permanecido em silêncio, respeitando os mais velhos; mas irritou-se, perdeu a paciência e, então, furioso e explodindo de raiva expôs sua opinião (vs. 1-5);
Eliú contesta alguns paradigmas tradicionais:
1. Nem sempre idade significa maturidade, inteligência e sabedoria; a sabedoria vem de Deus não da idade, nem da experiência e nem mesmo da faculdade (vs. 6-10);
2. Nem sempre pensar que ter razão significa ter razão, pode ser arrogância; Eliú acha que vai conseguir convencer a Jó daquilo que os outros três amigos fracassaram (vs. 11-22).
Embora muito educado, Eliú explodiu de raiva. Embora tenha honrado aos mais velhos com seu silêncio, Eliú agora passou a atacar a sabedoria e as ideias dos experientes com o quebrar do silêncio.
Sua ira se ascendeu; ele falou cheio de indignação…
• …Contra Jó, por ele justificar a si mesmo diante de Deus (v. 2);
• …Contra os três amigos filósofos de Jó, por condenarem Jó sem conseguir provar que Jó estava errado (v. 3);
• …Por ver os três sábios se renderem ao silêncio (v. 5).
Aplicações: Ser motivado pela…
• Raiva, indignação e ira não promove sabedoria, mas arrogância;
• Coragem, intrepidez e ousadia pode revelar insegurança;
• Força, vigor e raciocínio jovial só aparentará resolução aos dilemas da vida.
Eliú intentará dar a resposta que definirá a questão de Jó, será que conseguirá? Não perca, acompanhe até o fim. Seja perseverante!
Reavivemo-nos na Palavra!
Heber Toth Armí
segunda-feira, 12 de junho de 2017
O Livro de Jó - capítulo 31
Nem todo sofrimento é colheita de pecados. O justo, às vezes, sofre mais que o ímpio, o sábio mais que o tolo, o bom mais que o mau…
Em seu indescritível sofrimento, Jó faz uma defesa judicial de sua integridade, ele revela que…
1. Não se envolveu com nenhuma imoralidade. Jó foi veementemente contra o adultério; desde o simples olhar à mulher alheia até consumação do ato lhe é repugnante. Como seria diferente nossa sociedade se todo homem estivesse disposto a ser punido por algum tipo de imoralidade praticada! (vs. 1-12).
2. Não se rendeu à rudeza e nem à frieza. Jó era justo com seus funcionários e compassivo com todos os seus semelhantes mesmo quando poderia tirar vantagens. Como seria diferente se nossos dirigentes, políticos e patrões tivessem um senso de bondade, justiça e equidade como Jó! (vs. 13-22, 31-32).
3. Não se apegou às riquezas. Jó não amou bens materiais mais que a Deus, nem idolatrou qualquer coisa no lugar de Deus. Quem dera todos os ricos fossem como Jó em suas atitudes (vs. 23-28).
4. Não se curvou às algemas do ódio. O ódio escraviza, promove sentimentos ruins e ações impuras. Quão bom seria se toda população odiasse mortalmente o ódio e almejasse apenas o bem a todos! (vs. 29-30).
5. Não se ateve diante da hipocrisia. Jó sabia claramente que, dos pecados que seus amigos o acusaram, era inverídico; ele não temia ser investigado. Nenhuma das “carapuças” indicadas serviram nele. Que maravilha seria se fôssemos mais íntegros e menos hipócritas! (vs. 33-40).
Jó emite um documento judicial de sua integridade. “Este testamento de inestimável valor é uma conclusão apropriada ‘das palavras de Jó’ (v. 40). É um juramento de liberação na forma de uma confissão negativa. O procedimento era bem-conhecido no sistema judiciário antigo. Um crime podia ser compensado se a pessoa criminosa rogasse sobre si uma maldição […]. Jó 31 alista crimes específicos, negando-os todos. A fórmula que Jó emprega é: ‘Se fiz X, então me aconteça Y!’ X é o crime; Y é a penalidade” (Francis I. Andersen).
Contudo, ao findar seu livro, Jó muda de ideia sobre si mesmo: “Retrato-me e arrependo-me”. Só avançando em nosso estudo entenderemos tal mudança de atitude que também devemos ter!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 30
Quando a vida vira de “cabeça para baixo” a reviravolta vivida pelo indivíduo não é nada agradável. A desgraça ofusca a graça. O sofrimento rouba o contentamento. A angústia promove a lamúria. As canções se transformam em reclamações.
Das boas recordações cheias de nostalgia do capítulo anterior, Jó mergulha fundo num mar de lamentações devido a sua situação caótica do presente (vs. 1-15):
1. Alvo de piadas de jovens arrogantes e mal-educados;
2. Considerado o excluído dos excluídos pelos pais dos jovens mal-educados, pior que cachorro velho, enxotado pelas pessoas, faminto;
3. Sua reputação foi atirada ao chão, sua honra tornou-se desprezo, insulto e zombaria;
4. O apreço que tinham por ele virou ódio, todos o desprezam.
Jó interpreta que Deus é causador dessa desgraça terrível que lhe acometera (vs. 16-19). Mesmo assim, ele ora a Deus, conta-Lhe como está sentindo, expressa com sinceridade a frustração de sua alma (vs. 20-31).
Jó…
• …recebe o mal depois de ter feito o bem;
• …foi encoberto de trevas, quando só buscava a luz;
• …planta sementes boas, e tem uma colheita de ervas daninhas;
• …viveu o amor, recebeu toneladas de dor;
• …promoveu a paz, e foi jogado no meio da tempestade;
• …ajudou aos outros quando podia, porém quando precisou ninguém o acudia.
A lei da vida estava invertida para Jó, assim como esteve para Abel, Daniel, Jesus Estevão, Paulo e todos aqueles que viveram/vivem piedosamente neste mundo injusto e deprimente (II Timóteo 3:12).
Injustiça! Na Bíblia, a pergunta “Até quando?” aparece aproximadamente 50 vezes. O Salmo 13 expressa quatro vezes:
• Até quando, ó Senhor, esquecer-te às de mim para sempre?
• Até quando esconderás de mim o teu rosto?
• Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração a cada dia?
• Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?
Até quando veremos o bem encurralando o mal, a injustiça suplantando a justiça, o ódio pisando no amor… crianças/moças inocentes sendo estupradas, estranguladas…?
Em Apocalipse 6:9-10 os mártires clamam por justiça: “Até quando, ó verdadeiro e santo Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam na terra?”
Resposta: Até Jesus voltar! Ele virá fazer justiça, nenhuma injustiça será negligenciada, nenhum ato de amor desconsiderado. Jó e todo piedoso serão recompensados! Reavivemo-nos!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 29
O livro de Jó apresenta personagens como nós em busca do verdadeiro Deus e de explicação para a vida. A vida humana de pecado carece de sentido e é preciso buscar a Deus para encontrar o sentido para viver neste mundo de sofrimento. O problema é a distorção da teologia, dos preceitos pré-formados ou deturpados a que chegamos.
O problema de Jó e seus amigos continua no cristianismo. Veja esta análise de Augusto Cury: “Mais de um terço da população mundial se diz cristã. Entretanto, a grande maioria tem a imagem de um Deus que não existe. Por possuirmos um rico imaginário, é muito fácil construir um palco de inverdades no inconsciente e propagá-las”, como fizeram os personagens do livro de Jó.
Pior ainda quando se usa os conceitos equivocados sobre Deus para tentar consolar o sofredor; nesta situação, é melhor nem falar. Esta frase de Augusto Cury é uma lição que podemos destacar da atitude dos amigos filósofos de Jó: “Às vezes é muito melhor dar o ombro para alguém chorar e mostrar uma solidariedade silenciosa do que fazer grandes discursos”.
Por não se compadecer, chorar e consolar de fato, Jó não tinha nada para agradecer a seus amigos. Assim, em tom nostálgico, ele relembra seu passado, ajudando-nos a conhecer melhor seu caráter antes dos ataques de Satanás:
1. Boas lembranças com Deus (vs. 1-3);
2. Recordações das aventuras da mocidade como fruto da amizade com Deus (vs. 4-6);
3. Alguém de respeito, sábio, justo no fórum da cidade (vs. 7-10);
4. De bom testemunho, honrado por suas inúmeras investidas sociais (vs. 11-20)
• Ajudava pessoas em dificuldades;
• Motivava os desanimados;
• Guiava os cegos e aleijados;
• Era pai aos órfãos;
• Defendia os injustiçados;
• Fez justiça confrontando um ladrão e fazendo-o devolver o que havia roubado…
5. Era valorizado por jovens, adultos e idosos (vs. 21-25), por…
• …suas palavras sapienciais;
• …suas reflexões impressionantes;
• …seus conselhos certeiros;
• …seus sorrisos;
• …sua liderança;
• …seu exemplo…
Tudo isso dava sentido à existência de Jó, fazendo dele o homem mais poderoso do Oriente. O certo é que, quem não vive para servir, não serve para viver. O sentido da vida é ser bênção ao próximo, o que só é possível mediante o priorizar da amizade com Deus. Reavivemo-nos!
Heber Toth Armí
domingo, 11 de junho de 2017
O Livro de Jó - capítulo 28
Ser sábio deveria ser o objetivo principal de todo mortal a fim de saber viver bem os poucos dias de vida que tem. Este capítulo mostra crescimento e maturidade em Jó que progrediu no conhecimento através do sofrimento.
“Jó nos ensina uma lição muito valiosa. Quanto maior o sofrimento, tanto melhor determinamos o que verdadeiramente importa, e isto nos faz voltar ao começo. O sofrimento no ajuda a discernir as nossas prioridades e nos concentrar nos objetivos certos” (Charles R. Swindoll).
A sabedoria é essencial em cada situação da vida, e Jó demonstra o valor dado a ela. John E. Hartley chama este capítulo de “hino da sabedoria”, dividindo-o em quatro partes:
• Habilidade humana para a mineração (vs. 1-11);
• Valor da sabedoria, não pode ser comparada (vs. 12-19);
• Deus conhece a sabedoria (vs. 20-27);
• Sabedoria para a humanidade (v. 28).
O auge da sabedoria está na conclusão do capítulo: “O temor do Senhor é a sabedoria, e o afastar-se do mal é ter entendimento”.
Compare a definição da sabedoria de Jó 28:28 com Provérbios 1:7 e 9:10. Creio ser essa a definição mais nobre de sabedoria, por conseguinte, “você pode obter quatro diplomas de doutorado e nunca alcançar sabedoria ou entendimento. Com certeza não é o estudo superior que vai fazê-lo temer ao Senhor. Mesmo as melhores universidades não oferecem um curso sobre o temor do Senhor. A fonte? Deus e só Deus. Por ‘temor do Senhor’ estou me referindo a um grande respeito por Deus, acompanhado de ódio pessoal pelo pecado” (Swindoll).
• A sabedoria verdadeira não está nas riquezas, nem nas habilidades humanas, nas escolas ou universidades deste mundo, nem na ciência e também não está na tecnologia, por mais avançada que seja (vs. 1-19).
• A sabedoria pode estar com cada pessoa apenas quando aceita a revelação de Deus (a Bíblia) com reverência e submissão para sua vida (vs. 20-28).
• Medite na introdução do livro de Provérbios que começa no capítulo 1 e termina no capítulo 9, ali terás incentivo intenso para viver sabiamente.
Jesus é a essência da sabedoria (I Coríntios 1:30; Colossenses 2:3) e o mais alto nível de sabedoria é ser sábio para a salvação (II Timóteo 3:15)! Vamos dedicar tempo para aprofundar-se visando obter verdadeira sabedoria. Reavivemo-nos!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 27
Quem deve teme, quem não deve não teme. Jó conhecia quem Ele era e sabia que tinha vivido corretamente, ele não tinha do que envergonhar-se. Contudo, Jó não era perfeito. Ele tinha natureza pecaminosa como a nossa. Ele não era impecável/infalível. Ele errava e falhava como qualquer crente fervoroso e íntegro nos dias de hoje.
O capítulo em questão pode-se dividir em três partes:
1. Jó revela confiança em si mesmo (vs. 1-6);
2. Jó profere imprecações aos seus inimigos (vs. 7-10)
3. Jó intenta ensinar aos seus amigos (vs. 11-23).
Observemos atentamente: Jó insinua que Deus é injusto ao deixar a injustiça solapar o justo (neste caso, ele): “O Deus santo me negou justiça! O Todo-poderoso arruinou minha vida!” (AM).
• Será que Deus fez isso mesmo, ou… isso é Jó acusando Deus?
• Seria essa uma crítica infundada diante de seu sofrimento intenso?
Mais à frente, Jó admite ter falhado, se humilha e arrepende-se (Jó 42:1-6). Desta forma, precisamos cuidar ao estudar e pregar sermões extraídos de seu livro.
Nem tudo o que Jó disse é correto. Ele falhou. Ele admitiu que queixava-se como revoltado (23:2), revelou estar confuso (26:3), e, além de outros comentários duvidosos sobre Deus, agora O acusou de injusto, causador de injustiças, Quem amargurou a sua alma, mesmo ele (Jó) sendo “justo ao máximo”, “aos próprios olhos” (27:1-6; 32:1).
Certamente, Jó…
• …era de carne e osso e dotado de natureza pecaminosa como todos nós.
• …era frágil, sentia dor e sofria como qualquer ser humano;
• …tinha fome, sede, sono, era limitado física e intelectualmente como qualquer mortal.
• …tinha emoções e sentimentos como nós; consequentemente, sentia a dor do abandono, as críticas, calúnias e frieza de seus amigos.
Assim, em meio ao sofrimento titânico, Jó ficou confuso, desesperado, deprimido. Desamparado, ele reclamou e falou coisas incorretas sobre teologia.
Contudo, em meio às suas crises emocionais e espirituais, Jó não rejeitou Deus como fazem os ímpios (27:7-10). Ele é referência de perseverança a todos nós; pois, mesmo incompreendido pelos amigos (vs. 11-12) e sendo “evangelizado” com mensagens de um Deus tirano (vs. 13-23), não ousou apostatar-se!
Tendo tudo para desistir, Jó persistiu! Que legado!
Amigo(a)! Inspire-se em Jó: Busque, comprometa-se com Deus, confie apesar de tudo, mesmo sem entender muitas coisas!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 26
Uma fé rasa vacila frente a qualquer vento que soprar; porém, uma fé viva resiste até aos mais fortes vendavais que solapam toda nossa estabilidade. A forma como alimentamos nossa fé determinará como lidaremos com as calamidades que assaltam este mundo corrompido pelo pecado.
Os amigos de Jó esgotaram seus depósitos de conhecimento teológico ligado ao sofrimento. Jó ergue sua voz para confrontá-los, mostrando a fragilidade dos que criam ser sábios. O teólogo Paul R. House observa que a resposta de Jó teve três partes: Jó…
• …contesta o sistema de crença dos seus amigos, argumentando que as pessoas más nem sempre sofrem (21:1-34); Deus os deixa prosperar.
• …confessa que busca saber por que a justiça parece invertida, mas que ainda não conseguiu uma resposta adequada (23:1-24:23).
• …se recusa a confessar os pecados que não cometeu (26:1-27:23).
O mesmo teólogo, após sistematizar estes pontos, analisa e conclui que até aquele momento, com todos aqueles diálogos filosóficos, ainda “os caminhos de Deus permanecem sob julgamento; o caráter divino ainda está sob escrutínio. As confissões de fé não interromperam a busca inexorável de Jó por uma completa compreensão”.
“Esta é a mensagem religiosa do livro: o homem deve persistir na fé até mesmo quando seu espírito não encontra sossego”, explica o comentário introdutório da Bíblia de Jerusalém.
Este capítulo demonstra que:
1. A filosofia e a teologia sem discernimento espiritual é deliberadamente inútil para consolar, confortar e salvar o sofredor de suas dores (vs. 1-4).
2. Às vezes é preciso ser sarcástico com aqueles que pensam serem donos da verdade, quando, na verdade, estão falando um monte de bobagens (vs. 2-4);
3. Há situações em que é necessário mostrar aos interlocutores equivocados que além de suas proposições há mais informações do que imaginam (vs. 5-14).
Os versículos 12 e 13 falam que Deus “abate o adversário” e “fere o dragão veloz [Leviatã]”. Parece que Jó tem uma ideia de que seu caso envolvia forças misteriosas do mal. A teologia do Grande Conflito ainda era embrionária na mente dos servos de Deus, mas já fazia sentido para explicar o que nenhuma outra teoria explicava satisfatoriamente.
É importante ir além da superfície teológica e ser um observador do todo, para não se apegar a ideias minúsculas! Reavivemo-nos!
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 25
Argumentos fortes até calam opositores charlatães, mas não os convencem. Os discursos dos amigos de Jó encurtaram frente ao contra-argumento de Jó. Agora, Bildade, fala pouco; ele não tem novidade para dizer!
A lição já está obvia: Nenhuma fonte de sabedoria supera a sabedoria revelada por Deus. A Bíblia está a anos-luz à frente de qualquer livro publicado neste mundo.
Maria do Carmo Rabello destacou que, “tudo o que foi escrito por filósofos, sábios e cientistas sobre o ser humano, seus objetivos e seu destino, deixa muito a desejar quando comparado com as verdades contidas na Bíblia”. E, que dizer sobre Deus?
• O livro de Jó é o berço da revelação escrita de Deus. A revelação é progressiva. Embora Jó não obteve todas as informações até o final do livro, nós temos mais informações do que ele; contudo, muitos preferem a ignorância antes que a revelação divina.
• Muitos não estão nem mesmo no nível sapiencial de Jó, estão no nível dos amigos; entretanto, certamente tem gente no nível ainda mais baixo da ignorância, pois, embora equivocados, os amigos de Jó criam em Deus.
O último dos amigos a falar foi Bildade. Sobre ele, Matthew Henry diz: “Aqui Bildade apresenta uma resposta muito breve a este último discurso de Jó, como alguém que começa a se cansar do caso”.
Bildade fala…
1. Do poder de Deus (vs. 1-3)
2. Da justiça de Deus (vs. 4-6).
Para Bildade, Deus é soberano, temível, autoritário, onipotente, onipresente, inacessível, transcendente. Sua teologia tem muita verdade, mas está misturada com falsidade. Ele não crê que Deus possa justificar o ser humano.
Bildade apresenta Deus como onipresente para punir pobres mortais; e, transcendente, a ponto de ser indiferente aos humanos tratando-os como vermes. Mesmo confrontado por tal visão carrasca de Deus, Jó não se apostatou. Ele não deu motivos para Satanás gloriar-se.
“É perturbador ver os amigos de Jó falando sobre Deus com ares de tanta sabedoria quando, na verdade, não fazem ideia do que estão dizendo. Com muita frequência, aquele que mais fala sobre Deus é o que menos sabe sobre Ele” diz Warren Wiersbe.
Pense:
• Quantos pregadores charlatães existem…
• Quantos líderes religiosos impondo meias verdades ao povo…
• Quantas heresias nos púlpitos/TV/livros/sites/vídeos…
Fiquemos alerta com falsas teologias! Reavivemo-nos!
Heber Toth Armí
sábado, 10 de junho de 2017
O Livro de Jó - capítulo 24
O judeu Nachimânides colocou o problema do mal como um tema complexo, como “a questão mais difícil que se encontra tanto na raiz da fé quanto da apostasia, com o qual estudiosos de todas as épocas, povos e línguas têm lutado”.
David Hume, um renomado filósofo, encurralou os crentes em Deus com estas históricas questões, oriundas de Epicuro: Se Deus…
• …quer impedir o mal, porém é incapaz de fazê-lo? Então Ele é impotente, não onipotente;
• …tem poder para impedir o mal, mas não o deseja? Então Ele é malévolo;
• …pode e quer eliminar o mal, então por que existe o mal?
Afinal, se Deus é bom e poderoso deve eliminar o mal; se não o faz, a existência do mal sufoca a existência de Deus.
A ignorância do plano da salvação incapacita o intelecto mais robusto entender o mundo. A filosofia desprovida da revelação divina não passa de conjecturas. Quatro filósofos debatiam em busca de verdades (Jó e seus amigos), assim como muitos outros fizeram. O livro de Jó é a primeira revelação escrita de Deus. Consequentemente, o próprio Jó tateava no escuro procurando respostas.
O livro de Jó “dá suas expressões mais profundas de agonia no capítulo 24. Jó é a própria expressão do sofrimento e desnorteia os fieis de todas as gerações. Mas ele não havia abandonado a fé e volta às expressões tradicionais da justiça de Deus em 24.18-24” (Duane A. Garret).
• Jó levanta argumentos sobre as injustiças no campo, na natureza (vs. 1-11).
• Jó levanta questões sobre injustiças e crimes nas cidades (vs. 12-17).
• Jó mesmo deseja fazer justiça com suas mãos (vs. 18-25).
“Para o bem do Universo inteiro, ao longo dos séculos sem fim, devia Satanás desenvolver mais completamente seus princípios para que suas acusações contra o governo divino pudessem ser vistas sob sua verdadeira luz por todos os seres criados e para sempre pudessem ser postas acima de qualquer dúvida a justiça e misericórdia de Deus e a imutabilidade de Sua lei” (Ellen G. White).
• Como saberíamos o que é injustiça, se Deus não desse espaço para ela manifestar-se?
• Como compreenderíamos que os bons sofrem nas mãos dos maus, se Deus não permitisse?
• Como conheceríamos o caráter do mal, sem oportunidades para manifestar-se?
Ficou claro?
Heber Toth Armí
O Livro de Jó - capítulo 23
Ser incompreendido é uma coisa; não ser ouvido é outra coisa, pior ainda. Jó foi incompreendido pelos amigos e, aparentemente não era ouvido por Deus. Certamente, é muito difícil lidar com a incompreensão; entretanto, dificuldade maior é lidar com o silêncio de Deus.
Quando esmagados pela dor, queremos urgentemente séria audiência com o Senhor. Muitas vezes, temos como respostas apenas o barulho ensurdecedor do silêncio do Criador. “O silêncio de Deus grita mais alto em nossos ouvidos que os berros da natureza. Os trovoes que ribombam das nuvens tempestuosas são mais suaves que o silêncio de Deus nas noites escuras da alma… Quando Deus se cala, ficamos confusos e perturbados” (Hernandes Dias Lopes).
Aflito após muito sofrimento, angustiado após sentir tanta dor, ansioso após indescritível desgosto, Jó não duvidou da existência de Deus, nem faz chantagem com Ele, muito menos O abandonou.
Em contrapartida, Jó ora insistentemente. Sua primeira oração “não é ‘Que eu seja curado das doenças que infestam todo o meu corpo!’ ou ‘Que eu veja meus filhos restaurados das garras da morte e meus bens retornem das mãos dos saqueadores!’. Antes, seu maior e mais elevado desejo é ‘Que eu possa encontrar o meu Deus e comparecer a Sua presença!’” – comenta Charles Spurgeon.
1. O maior alvo de Jó era encontrar-se com Deus ainda que não percebesse nenhuma bênção dEle em Sua vida; e… qual é teu maior objetivo? (vs. 1-9);
2. Jó olhava para sua situação em meio às mais densas provações e tinha certeza que sairia dali purificado como ouro provado no fogo; e você… teria a mesma certeza? (vs. 10-12);
3. O olhar de Jó ao futuro era de expectativas positivas: Deus alcançaria o que esperava dele. Jó estava disposto a não decepcionar a Deus; e… quanto a você? (vs. 13-17).
Impactante e profunda essa atitude. Deste texto inspirado ainda pode-se destacar muitas lições de vida:
• Só podemos encontrar Deus quando Ele se revela;
• Não podemos mandar em Deus ou determinar o que Ele deve fazer;
• Por mais perturbado com a situação, nada nem ninguém pode impedir nossa devoção, senão nós mesmos;
• Resisti ao diabo e ele fugirá de vós (Tiago 4:7); a narrativa bíblica não citou mais o diabo, ele está derrotado.
Deus seja louvado!
Heber Toth Armí
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