MUDAMOS O MUNDO COM UMA
ATITUDE
REAL DE
CARINHO E
AMOR
Acreditamos no Pai, Filho e Espírito Santo. Acreditamos na Palavra de Deus como regra de fé.
Acreditamos na salvação unicamente pela fé. Acreditamos que devemos guardar os mandamentos.
Acreditamos que devemos cuidar da saúde. Acreditamos que devemos cuidar da natureza.
Acreditamos que Jesus voltará.
Pesquisar este blog
Mostrando postagens com marcador Homens de Fé. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Homens de Fé. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
Pedro, o homem que mudou - Homens de Fé
Então, eles deixaram imediatamente as redes e O seguiram. Mar. 1:18.
Há dias em que, encontrando-nos em uma encruzilhada, tomamos um rumo que muda para sempre o nosso destino. Pedro teve um dia assim. Ele e seus companheiros terminaram uma noite de pescaria fracassada. Cansados e desanimados, puxaram o barco até a praia. Ali, em silêncio, lavaram as redes. O que há para contar, depois de uma noite sem pegar nenhum peixe?
Jesus pediu para usar o barco de Pedro como plataforma de pregação. Então sentou-Se e passou a ensinar. Ao concluir Seu discurso, incentivou Pedro a ir até águas mais profundas e ali lançar as redes outra vez. Relutando no início, Pedro finalmente concordou: “Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a Tua palavra lançarei as redes.” Luc. 5:5.
As redes imediatamente encheram-se com uma imensa quantidade de peixes. Pedro ficou atônito. Aquilo era mais do que boa sorte. Sentiu que estava na presença de um Ser divino, a quem a natureza obedecia. E reconheceu sua indignidade, ajoelhhando-se aos pés de Jesus e dizendo: “Senhor, retira-Te de mim, porque sou pecador.” Luc. 5:8. Mas Jesus não Se afastou. Pedro sentiu a própria fraqueza. Jesus viu nele um enorme potencial. Viu um futuro poderoso pregador de Sua graça.
“Não temas”, disse Jesus, “doravante serás pescador de homens.” Luc. 5:10. Pedro deixou tudo e O seguiu. Ainda que aos tropeços e expondo fraquezas, chegou a ser o líder de uma revolução religiosa. No dia de Pentecostes, pregando cheio do Espírito Santo, levou ao batismo mais de três mil pessoas. Ao lado de Paulo, foi um dos apóstolos mais influentes na igreja primitiva. Depois daquela noite no mar da Galiléia, ele jamais foi o mesmo.
Jesus também nos olha, hoje, e vê além das nossas debilidades. Vê o que podemos ser pela operação do Seu Espírito. Lembre-se: “Não há limites à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o próprio eu, oferece margem à operação do Espírito Santo na alma, e vive uma vida de inteira consagração a Deus.” – O Desejado de Todas as Nações, págs. 250 e 251.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.
Paulo, o perseguidor evangelista - Homens de Fé
Quando, porém, … aprouve revelar Seu Filho em mim, para que eu O pregasse entre os gentios. Gál. 1:15 e 16.
Paulo nasceu em uma família judia ultraconservadora, na cidade grega de Társis, na parte sul da Ásia Menor. Como fariseu, se opunha aos cristãos, chegando a persegui-los ferrenhamente.
Por volta do ano 35 d.C., poucos anos após a crucifixão de Jesus, Paulo viajou para Damasco com cartas do sumo sacerdote, as quais declaravam que os cristãos eram criminosos que mereciam morrer. Deus escolheu aquele momento para mudar inteiramente o curso da vida de Paulo. O Senhor apareceu-lhe em visão, dizendo: “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” Atos 9:4.
Cego pela gloriosa luz, prostrado no chão, Paulo apenas pôde perguntar: “Quem és Tu, Senhor?” Uma voz veio do Céu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues.” Atos 9:5.
Paulo nunca mais foi o mesmo. O encontro com Jesus transformou sua vida. Ele dedicou a vida inteira para proclamar o Cristo que ele amava. O apóstolo Paulo foi compelido a falar de sua fé o mais amplamente possível. Ele concentrou seus esforços nas maiores cidades da Ásia Menor. Viajou pelo Mediterrâneo desde sua cidade natal, Társis, até a Síria, Arábia, Grécia e Turquia. Sua primeira viagem missionária, começando em Antioquia, levou-o por uma rota de quase 3.000 quilômetros, pregando a Palavra. Sua viagem seguinte levou-o ainda mais longe. Nessas freqüentes viagens, ele foi apedrejado, açoitado com varas, aprisionado, enfrentou naufrágios, foi perseguido por animais selvagens, roubado, e deixado como morto. Mas continuou testemunhando por seu Senhor (II Cor. 11:24-27).
A fé de Paulo fez diferença. Sua dedicação a Jesus transformou sua vida. Para Paulo, a fé era uma realidade ativa, dinâmica, viva, que o levava a falar do Cristo que ele amava para todos que encontrava.
Sua fé faz diferença em sua vida? Ela é o poder transformador que influencia tudo o que você faz? O Cristo vivo é o centro da sua vida, assim como foi o de Paulo? Hoje, deixe que o Cristo vivo, amoroso e transformador de vidas seja o centro da sua vida também.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.
João, o discípulo amado - Homens de Fé
Ora, ali estava conchegado a Jesus um dos Seus discípulos, aquele a quem Ele amava. João 13:23.
João e seu irmão, Tiago, filhos de Zebedeu, foram os primeiros discípulos a quem Jesus chamou. Pescadores comuns, não havia nada de especial em sua criação nem em suas origens familiares. A única coisa notável neles era o fato de que Jesus se referia a eles como “filhos do trovão”. Mar. 3:17.
Jesus viu algo bom no temperamental João. Ele viu não aquilo que ele era, mas no que podia tornar-se – alguém refinado e capacitado por Sua graça.
Jesus acreditava em João, e João respondia. Cristo deleita-Se em pegar material aparentemente sem esperança e fazer dele um objeto de Sua graça. João tornou-se um dos discípulos mais amorosos e carinhosos. Por fazer parte do círculo mais íntimo de Cristo, ele esteve com Jesus no Monte da Transfiguração, no Getsêmani, e na cruz. Logo depois que Maria Madalena relatou que o sepulcro de Jesus estava vazio, João correu até lá com Pedro, e creu.
O Evangelho de João apresenta um relato em primeira mão da vida do Salvador. Com sua pena mergulhada em amor, ele escreveu as epístolas conhecidas como Primeira, Segunda e Terceira de João. Já no fim de sua vida, foi exilado para a ilha de Patmos, por causa de sua fé.
Jesus transformou João de um incendiário, pronto para explodir com as menores coisas, em um homem amoroso e gentil. João escreveu: “Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.” I João 4:11. João acreditava que a essência do evangelho era o amor. O amor de Cristo fluía de seu coração para as pessoas ao seu redor – até mesmo seus inimigos.
A história de João nos mostra uma verdade eterna. Quando você passa tempo com Jesus, você se torna como Ele é. Quando você aceita o que Jesus declara sobre você, você se torna aquilo que Ele vê que você é. Graças a Deus que Ele vê o que há de bom em nós, hoje. Se permitirmos, Ele fará de nós o tipo de pessoa que Ele quer que sejamos.
Jesus olha além da superfície. Ele vê o potencial de cada vida. Hoje, você pode tornar-se o que Deus já sabe que você é.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.
Davi, o homem segundo o coração de Deus - Homens de Fé
Porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração. I Sam. 16:7.
As notícias eletrizaram todo Israel. Foi um dos mais importantes achados arqueológicos dos tempos modernos. Arqueólogos desenterraram um fragmento de pedra com uma referência ao rei Davi. Pela primeira vez, uma fonte fora da Bíblia confirmava o mais famoso rei de Israel.
O nome de Davi aparece mais de 1.000 vezes no Antigo e no Novo Testamento – mais do que qualquer outro personagem bíblico. Davi foi pastor de ovelhas, soldado, guerreiro, músico, poeta, compositor, autor, rei e construtor de um império. Ele não somente mudou a história de Israel em seu próprio tempo, mas deixou sua marca naquela nação para sempre. Davi transformou Israel em um poderoso império.
Davi conquistou proeminência em um momento singular. Os reinos da Assíria e do Egito estavam em declínio. Davi usou sua experiência militar para reagrupar as forças de Israel. Ele organizou exércitos fortes, bem treinados e transformou-os em uma poderosa máquina de guerra. Sob sua liderança, as fronteiras da nação foram expandidas e os impostos, reduzidos. Houve grande prosperidade. No reinado de Davi, Jerusalém foi fundada para ser a capital religiosa e política da nação.
Os salmos de Davi revelam sua intensa devoção a Deus. Por vezes, Davi ergue-se até as alturas do êxtase. Outras vezes, ele encontra-se nas masmorras do desespero. Às vezes, alguns dos seus salmos revelam que ele está perdoado, enquanto em outros ele sente a pesada mão da condenação de Deus.
Quando Natã, o profeta, confrontou Davi sobre o seu adultério com Bate-Seba, Davi exclamou: “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a Tua benignidade; e, segundo a multidão das Tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões.” Sal. 51:1.
Deus fala de novo em nossos dias. Ele nos convida a expressar-Lhe com sinceridade nossas emoções. Ele nos anima a despir nossa alma diante dEle, buscando conhecê-Lo. Nunca poderemos chocá-Lo. Ele nos conclama a acreditarmos que Ele está sempre disponível – porque Ele está!
Nas conflitantes emoções interiores e nas circunstâncias mutáveis ao nosso redor, Ele é constante. Podemos contar com isso.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.
Josué, Deus luta por ele - Homens de Fé
Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares. Jos. 1:9.
Uma notável imagem em baixo relevo está no jardim do Parlamento israelense, em Jerusalém. Arão e Hur sustentam os braços de Moisés enquanto Josué conduz os exércitos israelenses para a vitória, nas planícies baixas de Refidim.
O nome Josué quer dizer “Yahweh salva”. Deus lutaria por ele. Josué é um modelo de fiel obediência. Ele foi a única pessoa autorizada a subir o Monte Sinai com Moisés ao ser dada a Lei (Êxo. 24:13). Ele foi escolhido por Moisés, de uma tribo de Efraim, para espiar a terra prometida (Núm. 13:17). Josué e seu companheiro, Calebe, foram os únicos que conclamaram o povo a confiar que Deus lhes daria Canaã.
Assim como Moisés guiou o povo de Israel através do Mar Vermelho, Josué guiou o povo através do rio Jordão em terra seca. Josué experimentou a mão poderosa de Deus em Jericó quando seus muros ruíram. Josué continuou tomando uma cidade cananéia após a outra. “E, de uma vez, tomou Josué todos estes reis e as suas terras, porquanto o Senhor, Deus de Israel, pelejava por Israel.” Jos. 10:42.
Josué foi fiel, e Deus lutou por ele. Quando somos fiéis, e confiamos, e obedecemos e somos dependentes, Deus luta, triunfa, vence e derrota as forças satânicas que pelejam contra nós.
A batalha pertence a Ele, não a nós. Assim como os israelitas travaram ferozes batalhas contra seus inimigos, nós também lutamos diariamente contra as forças do mal. “Nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso.” Efés. 6:12. Mas, mediante o Seu poder, a vitória é certa. Como Josué, nós também podemos ser “fortes e corajosos” (Jos. 10:25), pois o Senhor nosso Deus está conosco.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.
Daniel, homem íntegro de oração - Homens de Fé
Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se. Dan. 1:8.
A história de Daniel abrange dois impérios mundiais. Ela começou quando o rei babilônio, Nabucodonosor, levou judeus cativos de Jerusalém para o exílio, em 605 a.C. Sua história estende-se através dos dias de Ciro, no império persa. O exílio de Daniel demonstra que a fidelidade a Deus pode trazer sucesso, mesmo sob as mais adversas circunstâncias.
Como cativo em terras estrangeiras, Daniel resolveu, ainda em seus anos de adolescente, ser fiel a Deus. Introduzido no luxuoso salão de banquetes do rei babilônico, ele recusou adorar os ídolos do rei, beber o vinho do rei, ou comer os manjares impuros do rei. Mas ele fez isso com tanta elegância que logo conquistou o coração dos seus senhores.
A integridade de Daniel continuou durante toda sua vida. Aos 80 anos, ele enfrentou a sua maior prova, talvez. Seus colegas, mancomunados, tramaram contra ele. Ardilosamente, eles influenciaram o rei a passar um decreto proibindo o culto a qualquer deus, exceto o próprio rei, por 30 dias. Obviamente, Daniel não podia consentir. O preço pela desobediência era alto.
O profeta não tomou esta decisão baseado nas conseqüências de suas ações. Ele a tomou baseado na sua fidelidade à Palavra de Deus. Se tivesse considerado as conseqüências, a morte na cova dos leões, talvez houvesse cedido. Ser esquartejado por ferozes leões, sedentos de sangue, não é um pensamento muito agradável. Sempre que as conseqüências de uma decisão torna-se a força motora para tomar-se aquela decisão, é provável que cedamos.
Mas Daniel vivia para agradar a seu Pai celeste. Quando os registros supremos da vida forem mostrados, o que verdadeiramente vai contar é ter vivido para agradar a Deus. Todos os grandes heróis da fé viveram para um propósito. Eles ergueram-se acima das massas. Eles viam a vida com uma perspectiva diferente. Eles não viviam para agradar a si mesmos ou à multidão. O propósito principal da vida deles era agradar a Deus. Por ter tomado esta decisão fundamental, Daniel viveu uma vida centrada. A fórmula de Deus para a paz verdadeira e o sucesso duradouro ainda é a mesma hoje.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.
Moisés, o libertador - Homens de Fé
Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. Heb. 11:27.
Moisés é a figura proeminente do Antigo Testamento. Naturalmente acanhado e humilde, ele procurava passar despercebido. Mas quando o Senhor o chamou para livrar os israelitas da escravidão egípcia, este homem de fé demonstrou a coragem, a tenacidade e as convicções morais de um verdadeiro herói. Embora Moisés tenha revelado grandes falhas mais de uma vez, ele foi o grande líder espiritual do seu povo.
Moisés quase não sobreviveu à sua infância. Ameaçado pelo crescente número de israelitas no Egito, o Faraó decretou que todos os meninos hebreus com menos de dois anos fossem mortos. A mãe de Moisés escondeu seu bebê. Ela o colocou em um “cesto de junco” e “largou-o no carriçal à beira do rio”. Êxo. 2:3. Milagrosamente, a filha do Faraó descobriu o bebê, que chorava. A irmã de Moisés, Miriã, que olhava o bebê à distância, ofereceu sua mãe como ama para criar Moisés.
A mãe de Moisés o criou até os 12 anos de idade. Depois disto, ele foi educado na escola real do Faraó. Podemos razoavelmente presumir que Moisés recebeu a melhor educação nas áreas de leitura, escrita, história, geografia, ciências políticas, administração, liderança, armamentos e cavalaria – lições que ele utilizou muito bem quando, mais tarde, guiou os israelitas para longe do cativeiro egípcio.
Deus transformou a maldição do decreto de morte do Faraó em uma bênção. Através de um homem de fé, humilde e devoto a Ele, Deus transformou a derrota em vitória.
Moisés prefigura Cristo. No Novo Testamento, Jesus é o Moisés do Seu povo. Ele é o libertador. Ele é o poderoso conquistador. Ele é quem nos levará à vitória. Sejam quais forem as provações que você esteja enfrentando hoje, Jesus ainda é o poderoso libertador. Ele ainda transforma a maldição em bênçãos. Ele ainda transforma derrotas em vitórias. Ele ainda nos livra da servidão. Ele ainda nos faz triunfar.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.
Sansão, o homem mais forte - Homens de Fé
Em meio da ampla apostasia, os fiéis adoradores de Deus continuaram a pleitear com Ele o livramento de Israel. Posto que não fossem aparentemente atendidos, embora ano após ano o poder do opressor continuasse a repousar mais pesadamente sobre a terra, a providência de Deus lhes estava preparando auxílio. Mesmo nos primeiros anos da opressão dos filisteus, nascera uma criança por meio da qual era desígnio de Deus humilhar a força daqueles poderosos adversários.
À beira do território montanhoso, sobranceiro à planície da Filístia, achava-se a cidadezinha de Zorá. Ali morava a família de Manoá, da tribo de Dã, uma das poucas casas que em meio da deserção geral permaneceram fiéis a Jeová. À mulher de Manoá, a qual não tinha filhos, o “Anjo do Senhor” apareceu, com a mensagem de que ela teria um filho, por meio de quem Deus começaria a livrar Israel. Em vista disto o Anjo lhe deu instruções com relação aos seus próprios hábitos, e também quanto ao tratamento do filho: “Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho, ou bebida forte, ou comas coisa imunda”. Juízes 13:4. E a mesma proibição deveria ser imposta desde o princípio à criança, com o acréscimo de que o cabelo não lhe deveria ser cortado; pois que cumpria ser ele consagrado a Deus como nazireu desde o seu nascimento.
A mulher procurou o marido, e depois de descrever o Anjo, repetiu sua mensagem. Então, receosos de que cometessem algum erro na importante obra a eles confiada, orou o esposo: “Rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, ainda venha para nós outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer”. Juízes 13:8.
Quando o Anjo de novo apareceu, a ansiosa indagação de Manoá foi: “Qual será o modo de viver, e serviço do menino?” A instrução prévia foi repetida: “De tudo quanto Eu disse à mulher se guardará ela. De tudo quanto procede da vide de vinho não comerá, nem vinho nem bebida forte beberá, nem coisa imunda comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará.”
Deus tinha uma importante obra para o prometido filho de Manoá realizar, e foi para assegurar-lhe as habilitações para esta obra que os hábitos de ambos, mãe e filho, deveriam ser cuidadosamente regulados. “Nem vinho nem bebida forte beberá” foi a instrução do Anjo à mulher de Manoá; “nem coisa imunda comerá: tudo quanto lhe tenho ordenado guardará”. Juízes 13:12-14. O filho será influenciado para o bem ou para o mal pelos hábitos da mãe. Ela própria deve ser governada pelos princípios, e praticar a temperança e renúncia de si mesma, se quer o bem-estar do filho. Conselheiros imprudentes insistirão com a mãe quanto à necessidade de satisfazer todo o desejo e inclinação; mas tal ensino é falso e pernicioso. A mãe é colocada por ordem do próprio Deus sob a obrigação mais solene de exercer o domínio de si mesma.
E os pais, bem como as mães, acham-se incluídos nesta responsabilidade. Pai e mãe transmitem aos filhos suas características, mentais e físicas, e suas disposições e apetites. Como resultado da intemperança paterna, as crianças muitas vezes têm falta de força física, e de capacidade mental e moral. Alcoólatras e fumantes podem transmitir a seus filhos seu insaciável desejo, seu sangue inflamado e nervos irritáveis; e efetivamente o fazem. O libertino, muitas vezes, lega à prole, como herança, os seus desejos impuros, e mesmo doenças repugnantes. E, como os filhos têm menos poder para resistir à tentação do que o tiveram seus pais, a tendência é que cada geração decaia mais e mais. Em grau elevado, os pais são responsáveis não somente pelas paixões violentas e apetites pervertidos dos filhos, mas também pelas enfermidades de milhares que nascem mudos, cegos, doentes ou idiotas.
A indagação de cada pai e mãe deve ser: “Que faremos pelo filho que nos nascerá?” O efeito das influências pré-natais tem sido por muitos considerado levianamente; mas a instrução enviada do Céu àqueles pais hebreus, e duas vezes repetida da maneira mais explícita e solene, mostra como é este assunto considerado por nosso Criador.
E não era bastante que o filho prometido recebesse um bom legado dos pais. Este devia ser seguido de um ensino cuidadoso e da formação de hábitos corretos. Deus determinara que o futuro juiz e libertador de Israel fosse desde a infância ensinado na estrita temperança. Devia ser nazireu desde seu nascimento, achando-se assim posto sob proibição perpétua do uso do vinho ou de bebida forte. As lições de temperança, renúncia e governo de si mesmo devem ser ensinadas às crianças mesmo desde a primeira infância.
A proibição do Anjo incluía toda a “coisa imunda”. Juízes 13:14. A distinção entre alimentos limpos e imundos não era um estatuto meramente cerimonial e arbitrário, mas baseava-se em princípios sanitários. À observância desta distinção pode atribuir-se em grande parte a maravilhosa vitalidade que durante milhares de anos tem distinguido o povo judeu. Os princípios de temperança devem ser mais abrangentes do que a mera abstenção de bebidas alcoólicas. O uso de alimento estimulante e indigesto é, muitas vezes, tão ofensivo à saúde como aquelas, e em muitos casos lança as sementes da embriaguez. A verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as coisas nocivas, e usar judiciosamente aquilo que é saudável. Poucos há que se compenetram, como deviam, do quanto seus hábitos no regime alimentar têm que ver com sua saúde, seu caráter, sua utilidade neste mundo e seu destino eterno. O apetite deve sempre estar sob a sujeição das faculdades morais e intelectuais. O corpo deve ser o servo da mente, e não a mente a serva do corpo.
A promessa divina a Manoá foi cumprida no tempo devido com o nascimento de um filho, a quem foi dado o nome de Sansão. Crescendo o rapaz, tornou-se evidente que possuía extraordinária força física. Isto, entretanto, não dependia, conforme Sansão e seus pais bem sabiam, de seus compactos músculos, mas sim de sua condição de nazireu, de que o seu cabelo não cortado era símbolo. Houvesse Sansão obedecido às ordens divinas tão fielmente como fizeram seus pais, e seu destino teria sido mais nobre e mais feliz. Mas a associação com os idólatras o corrompeu. Achando-se a cidade de Zorá próxima do território dos filisteus, Sansão veio a travar relações amistosas com eles. Assim, em sua mocidade surgiram camaradagens cuja influência lhe obscureceu toda a vida. Uma jovem que habitava na cidade filistéia de Timnate, conquistou as afeições de Sansão, e ele decidiu fazer dela sua esposa. A seus pais tementes a Deus, que se esforçavam por dissuadi-lo de seu propósito, sua única resposta era: “Ela agrada aos meus olhos”. Juízes 14:3. Os pais finalmente cederam aos seus desejos, e realizou-se o casamento.
Exatamente quando entrava para a varonilidade, época em que deveria executar sua missão divina — tempo este em que mais do que em todos os outros deveria ser fiel a Deus — ligou-se Sansão aos inimigos de Israel. Não procurou saber se poderia melhor glorificar a Deus estando unido ao objeto de sua escolha, ou se se encontrava a colocar-se em posição em que não poderia cumprir o propósito a ser realizado pela sua vida. A todos os que em primeiro lugar procuram honrá-Lo, Deus prometeu sabedoria; mas não há promessa àqueles que se inclinam a agradar a si mesmos.
Quantos não estão adotando a mesma conduta de Sansão! Quantas vezes se efetuam casamentos entre os que são tementes a Deus e os ímpios, porque a inclinação governa a escolha de marido ou mulher! As partes não pedem conselho de Deus, nem têm em vista a Sua glória. O cristianismo deve ter influência dominante na relação matrimonial; mas dá-se muitas vezes o caso de que os motivos que determinam esta união não se coadunam com os princípios cristãos. Satanás procura constantemente fortalecer o seu poder sobre o povo de Deus, induzindo-os a entrar em aliança com seus súditos; e a fim de realizar isto ele se esforça por despertar paixões impuras no coração. Mas o Senhor em Sua Palavra instruiu claramente Seu povo a não se unir àqueles nos quais não habita o amor para com Ele. “Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?” 2 Coríntios 6:15, 16.
Em sua festa nupcial foi levado Sansão à associação familiar com os que odiavam ao Deus de Israel. Quem quer que voluntariamente entre para uma relação tal, sentirá a necessidade de se conformar até certo ponto com os hábitos e costumes de seus companheiros. O tempo assim despendido é mais que desperdiçado. Entretêm-se pensamentos e falam-se palavras que tendem a derribar as fortalezas dos princípios e enfraquecer a cidadela da alma.
A esposa, para cuja obtenção Sansão transgredira o mandado de Deus, mostrara-se traidora a seu esposo antes de encerrar-se a festa nupcial. Irado pela sua perfídia, Sansão abandonou-a por algum tempo, e foi sozinho para sua casa em Zorá. Quando, depois de acalmar-se, voltou em busca da esposa, encontrou-a como mulher de outro. Sua vingança, devastando todos os campos e vinhas dos filisteus, induziu-os a assassiná-la, embora as ameaças deles a houvessem compelido ao dolo com que tivera início aquela calamidade. Sansão já havia dado prova de sua força maravilhosa, matando sozinho um leão novo, bem como matando trinta dos homens de Asquelom. Agora, levado à cólera pelo bárbaro assassínio da esposa, atacou os filisteus, e feriu-os “com grande ferimento”. Então, desejando um seguro refúgio de seus inimigos, retirou-se para a “rocha de Etã” (Juízes 15:8), na tribo de Judá.
Para aquele lugar foi ele perseguido por poderosa força, e os habitantes de Judá, grandemente alarmados, concordaram de maneira vil em entregá-lo a seus inimigos. Em conformidade com isto, três mil homens de Judá subiram a ele. Mas mesmo com tal disparidade não teriam ousado aproximar-se dele, se não se houvessem assegurado de que ele não faria mal a seus compatriotas. Sansão consentiu em ser ligado e entregue aos filisteus; mas primeiro exigiu dos homens de Judá a promessa de o não atacarem, e o compelirem assim a destruí-los. Permitiu-lhes que o amarrassem com duas cordas novas, e foi levado ao arraial de seus inimigos por entre demonstrações de grande alegria. Mas, enquanto suas aclamações estavam a despertar ecos nas colinas, “o Espírito do Senhor possantemente Se apossou dele”. Juízes 15:14. Rebentou as fortes cordas novas como se fossem fios de linho queimados. Agarrando então a primeira arma à mão, a qual, embora fosse apenas a queixada de um jumento, foi mais eficaz do que espada ou lança, feriu os filisteus até que fugiram aterrorizados, deixando mil homens mortos no campo.
Estivessem os israelitas prontos a unir-se a Sansão, e continuar a vitória, e poderiam nesta ocasião ter-se livrado do poder dos opressores. Mas eles se haviam tornado desanimados e covardes. Negligenciaram a obra que Deus lhes ordenara fazer, desapossando os gentios, e uniram-se a eles nas suas práticas degradantes, tolerando-lhes a crueldade, e mesmo favorecendo-lhes a injustiça enquanto esta não se revertia contra eles. Ao serem trazidos sob o poder do opressor, submetiam-se timidamente à degradação de que poderiam ter escapado, caso houvessem tão-somente obedecido a Deus. Mesmo quando o Senhor lhes levantava um libertador, abandonavam-no com freqüência e uniam-se a seus inimigos.
Depois da vitória de Sansão, os israelitas o tornaram juiz, e governou Israel durante vinte anos. Mas um passo errado prepara o caminho para outro. Sansão tinha transgredido o mandado de Deus, tomando esposa dentre os filisteus, e outra vez aventurou-se a ir entre eles — agora seus inimigos mortais — com o fim de satisfazer paixões ilícitas. Confiando em sua grande força, que inspirara tamanho terror aos filisteus, foi ousadamente a Gaza visitar uma prostituta do lugar. Os habitantes daquela cidade souberam da sua presença, e estavam ansiosos de vingança. Seu inimigo estava encerrado com segurança dentro dos muros da mais potentemente fortificada de todas as suas cidades; estavam certos de sua presa, e apenas esperavam a manhã para completarem o seu triunfo. À meia-noite Sansão foi despertado. A voz acusadora da consciência encheu-o de remorsos, ao lembrar-se de que violara seus votos de nazireu. Mas, apesar de seu pecado, a misericórdia de Deus o não abandonara. Sua prodigiosa força de novo serviu para livrá-lo. Indo à porta da cidade, arrancou-a do lugar, e levou-a com as ombreiras e tranca ao cimo de uma colina no caminho de Hebrom.
Contudo, mesmo esta difícil escapada não lhe deteve a má conduta. Não se arriscou outra vez a ir entre os filisteus, mas continuou à procura daqueles prazeres sensuais que o estavam atraindo à ruína. Ele “se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque” (Juízes 16:4), não longe de seu próprio lugar de origem. O nome dela era Dalila — “a consumidora”. O vale de Soreque era célebre pelas suas vinhas; estas também ofereciam uma tentação ao vacilante nazireu que já havia condescendido com o uso do vinho, quebrando assim outro laço que o ligava à pureza e a Deus. Os filisteus observavam vigilantemente os movimentos de seu inimigo; e, quando este se degradou pela sua nova aliança, resolveram por meio de Dalila efetuar sua ruína.
Uma delegação composta de um dos principais homens de cada província filistéia, foi enviada ao vale de Soreque. Não ousavam tentar prendê-lo, enquanto estivesse de posse de sua grande força, antes era seu propósito saber, sendo possível, o segredo de seu poder. Subornaram, portanto, a Dalila, para o descobrir e revelar.
Importunando a traidora a Sansão com suas perguntas, ele a enganou declarando que a fraqueza de outros homens lhe sobreviria se fossem experimentados certos processos. Quando ela punha aquilo à prova, descobria-se o engano. Então ela o acusou de falsidade, dizendo: “Como dirás: Tenho-te amor, não estando comigo o teu coração? já três vezes zombaste de mim, e ainda me não declaraste em que consiste a tua força”. Juízes 16:15. Três vezes Sansão teve a prova mais clara de que os filisteus se haviam coligado com aquela que o encantava, a fim de o destruir; mas, quando fracassava o propósito dela, tratava o caso como simples gracejo, e bania cegamente os seus receios.
Dia após dia, Dalila insistia com ele, até que “sua alma se angustiou até à morte”; contudo um poder sutil o conservava ao lado dela. Vencido finalmente, Sansão deu a conhecer o segredo: “Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me enfraqueceria, e seria como todos os mais homens.” Despachou-se imediatamente um mensageiro aos chefes dentre os filisteus, insistindo que viessem a ela, sem demora. Enquanto dormia o guerreiro, cortaram-lhe as pesadas porções de cabelo. Então, conforme fizera três vezes antes, ela chamou: “Os filisteus vêm sobre ti, Sansão.” Despertando subitamente, pensou em exercer sua força como antes, e destruí-los; mas os braços impotentes recusaram-se a cumprir a sua ordem, e soube que “o Senhor Se tinha retirado dele”. Juízes 16:16, 17, 20. Depois de ter sido rapado, Dalila começou a molestá-lo e a causar-lhe dor, pondo assim à prova a sua força; pois os filisteus não ousavam aproximar-se dele antes que estivessem completamente convencidos de que seu poder desaparecera. Então o agarraram, e havendo-lhe arrancado os olhos, levaram-no a Gaza. Ali foi preso com correntes e obrigado a trabalhos pesados.
Que mudança para aquele que fora juiz e campeão de Israel — agora fraco, cego, preso, rebaixado ao trabalho mais servil! Pouco a pouco, tinha violado as condições de sua vocação sagrada. Deus tinha tido muita paciência com ele; mas, quando se entregara tanto ao poder do pecado que traiu o seu segredo, o Senhor Se afastou dele. Não havia virtude alguma em seu longo cabelo, mas este era sinal de fidelidade para com Deus; e, quando sacrificou este símbolo na satisfação da paixão, perdeu também as bênçãos de que ele era um sinal.
No sofrimento e humilhação, como joguete dos filisteus, Sansão aprendeu mais acerca de sua fraqueza do que jamais soubera antes; e as aflições o levaram ao arrependimento. Crescendo-lhe o cabelo, a força lhe voltava gradualmente; seus inimigos, porém, considerando-o um prisioneiro algemado e indefeso, não tinham apreensões.
Os filisteus atribuíram a vitória aos seus deuses; e, exultantes, desafiaram ao Deus de Israel. Foi marcada uma festa em honra a Dagom, o deus-peixe, “protetor do mar”. Das cidades e dos campos, por toda a planície dos filisteus, o povo e seus grandes se congregaram. Multidões de adoradores enchiam o vasto templo e as galerias próximas do teto. Era uma cena de festa e regozijo. Havia a pompa do serviço sacrifical, seguido de música e banquetes. Então, como o máximo troféu do poder de Dagom, foi trazido Sansão. Aclamações de triunfo saudaram o seu aparecimento. O povo e os príncipes zombaram de seu estado miserável, e adoraram o deus que subvertera o “destruidor de seu país”. Depois de algum tempo, Sansão, como se estivesse cansado, pediu permissão para recostar-se de encontro às duas colunas centrais em que se apoiava o teto do templo. Proferiu então silenciosamente a oração: “Senhor Jeová, peço-Te que Te lembres de mim, e esforça-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus.” Com estas palavras, cingiu com os poderosos braços as colunas; e clamando: “Morra eu com os filisteus”, curvou-se e o teto caiu, destruindo em um só fragor toda aquela vasta multidão. “E foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara na sua vida.”
O ídolo e seus adoradores, sacerdotes e camponeses, guerreiros e nobres, foram juntamente sepultados sob as ruínas do templo de Dagom. E entre eles estava o corpo gigantesco daquele que Deus escolhera para ser o libertador de Seu povo. Notícias da terrível destruição foram levadas à terra de Israel, e os parentes de Sansão desceram de suas colinas, e, sem encontrarem oposição, recobraram o corpo do finado herói. E “subiram com ele, e sepultaram-no entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai”. Juízes 16:28-31.
A promessa de Deus de que por meio de Sansão começaria a “livrar a Israel da mão dos filisteus” (Juízes 13:5), foi cumprida; mas quão tenebroso e terrível é o relato daquela vida que poderia ter sido um louvor a Deus e uma glória para a nação! Se Sansão tivesse sido fiel à vocação divina, ter-se-ia cumprido o propósito de Deus em sua honra e exaltação. Mas ele rendeu-se à tentação, e mostrou-se infiel à sua incumbência; e sua missão cumpriu-se com a derrota, escravidão e morte.
Fisicamente falando, Sansão foi o homem mais forte da Terra; mas no domínio de si mesmo, na integridade e firmeza, foi um dos mais fracos. Muitos tomam erradamente as paixões fortes como caráter forte; mas a verdade é que aquele que é dominado por suas paixões é homem fraco. A verdadeira grandeza do homem é medida pela força dos sentimentos que ele domina, e não pelos sentimentos que o dominam.
O cuidado providencial de Deus estivera com Sansão, a fim de que ele pudesse estar preparado para realizar a obra que fora chamado a fazer. Mesmo no princípio da vida esteve cercado de condições favoráveis para a força física, vigor intelectual e pureza moral. Mas, sob a influência de companheiros ímpios, deixou aquele apego a Deus que é a única salvaguarda do homem, e foi arrastado pela onda do mal. Aqueles que no caminho do dever são levados à prova podem estar certos de que Deus os guardará; mas, se os homens voluntariamente se colocam sob o poder da tentação, cairão mais cedo ou mais tarde.
Justamente aqueles que Deus Se propõe usar como Seus instrumentos para uma obra especial, Satanás, empregando seu máximo poder procura transviar. Ele nos ataca em nossos pontos fracos, procurando, pelos defeitos do caráter, obter domínio sobre o homem todo; e sabe que, se tais defeitos são acalentados, terá bom êxito. Mas ninguém precisa ser vencido. O homem não é deixado só a vencer o poder do mal pelos seus fracos esforços. O auxílio está às mãos, e será dado a toda alma que realmente o desejar. Anjos de Deus, que sobem e descem pela escada que Jacó viu em visão, auxiliarão a toda alma, que o deseje, a subir mesmo aos mais altos Céus.
Jó o paciente, voltado pra Deus, do sofrimento à duas vezes mais abençoado - Homens de Fé
A história de Jó é fascinante. Integro e exemplar, ele experimentou as maiores provações que uma pessoa pode suportar. A Bíblia afirma que Jó se desviava do mal. Vejamos como ele se comportou diante de situações que nós também podemos enfrentar hoje.
1. A expressão “desviar-se do mal”, no verso 1, nos convida à primeira parada para reflexão. Esse é o primeiro exemplo prático que podemos tirar da vida de Jó: ele evitava o perigo. Conhecemos pessoas bem-intencionadas que se diziam tementes a Deus, mas caíram em erro por terem brincado com o pecado. À semelhança de Eva, demoraram-se diante da tentação e o erro foi inevitável. Não basta temer a Deus mediante mero assentimento intelectual; é preciso andar nos Seus caminhos. O Salmo 1 nos aconselha: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.”
2. Nos primeiros versículos do livro de Jó, escrito por Moisés, vemos que ele tinha dez filhos pelos quais orava e oferecia holocaustos continuamente. O sacrifício desses animais era feito segundo o número dos filhos, ou seja, o patriarca não economizava para ver os filhos no caminho de Deus. Isso nos leva a pensar que, se Jó vivesse hoje, oraria muito pelos filhos e trabalharia muito para alimentar a vida espiritual deles com tudo o que ele pudesse: Bíblias, Lição da Escola Sabatina, acampamentos, retiros… Faria tudo para mandar os filhos para um colégio onde tivessem mais oportunidades de conhecer melhor a Deus. Enfim, a lição que extraímos da vida de Jó é que ele tinha uma prioridade: a vida espiritual de sua família.
3. O versículo 8 do primeiro capítulo de Jó mostra a opinião de Deus em relação ao Caráter desse Seu servo: “Ninguém há na Terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.” Que descrição! Isso nos faz pensar diretamente nanossa vida. Se Deus fosse nos descrever, hoje, quais características Ele destacaria? Isso nos apela à reflexão e nos faz concluir que o mais importante na vida não é a preocupação de agradar a fulano ou ciclano, mas a Deus em primeiro lugar. Tudo em nossa vida – nossas escolhas, palavras, atividades e desejos devem estar diretamente voltados para agradar a Deus e não aos outros.
4. Ao ouvir sobre a fidelidade de Jó, imediatamente Satanás levantou uma questão perante Deus: Jó é fiel de graça? “Acaso não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e tudo quanto tem?” (v. 10). Satanás disse que Jó parecia ser fiel, mas na realidade não o era. Ele quis dizer que a fidelidade de Jó não era fruto do amor, de uma apreciação pelo caráter de Deus, e sim por interesse, como se fosse uma troca. Será que esse questionamento procede? Corremos o risco, hoje, de alimentar uma vida espiritual por motivos egoístas? Corremos o risco de só buscar a Deus quando as coisas estão difíceis? Após a perda da saúde, da família e das posses, Jó adorou a Deus. Ele poderia tê-Lo amaldiçoado, mas simplesmente O adorou. Satanás ficou perplexo, e tudo se tornou muito claro. O questionamento de Satanás foi desmentido. Sua pergunta “a Deus teme Jó debalde?” fora respondida: Jó fora fiel no “muito” e no “nada”. Ele não apenas parecia – ele era fiel em tudo.
5. Satanás fez uma proposta estratégica a Deus: “Estende, porém, a Tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem” (v. 11). Você percebeu a estratégia? Satanás quis que Deus provocasse o mal na vida de Jó. Ele sempre quis fazer o ser humano pensar que todas as desgraças são mandadas por Deus. O Senhor, entretanto, permitiu que Jó fosse provado para revelar a todo o Universo a qualidade da inabalável fé que tinha Seu servo. Se, todavia, Deus não tivesse permitido que Seu servo passasse por essa provação, Satanás teria disseminado seu argumento malicioso: “Viram? Jó serve a Deus em troca de favores e não por amor.” Desde o princípio, e até hoje, Satanás repete seus argumentos. A partir do episódio de Jó, entendemos equívocos do tipo: “Deus matou meu filho para que eu fosse para a igreja; Deus me pôs uma doença para que fosse fiel a Ele; se não vem pelo amor, vem pela dor”. Na verdade, sabemos que o mal não procede de Deus, e Ele não tenta ninguém.
6. O inimigo teve a permissão de tocar em qualquer coisa menos na vida de Jó. Em que ele mexeria primeiro? Diz o ditado: “Mexe no bolso de um homem e saberás quem é ele.” Nos versos 13 a 17 do primeiro capítulo, vemos que o patriarca perdeu todos os seus bens, tudo que lhe proporcionava renda. Como Satanás queria abalar a fé do patriarca, atacou SUaS finanças. Será que, hoje, Satanás ataca a vida financeira dos cristãos? Acredito que sim, mas a estratégia parece ser outra: ele procura abalar nossa fé com dívidas, prestações infindas, cartões de crédito, compras e mais compras. Parece que o mundo do cristão não gira mais em torno de Cristo, mas do consumismo. O inimigo quer que desejemos tudo o que a mídia nos oferece porque, com muita frequência, as vítimas desses apelos perdem o gosto pelo trabalho, porque gastam antecipadamente o dinheiro do fim do mês, ficam pressionadas e estressadas e, assim, não priorizam a vontade de Deus quanto aos dízimos e ofertas. Muitos dizem “sim” para o consumismo e “não” para a vontade de Deus. Consequentemente, retardam a pregação do evangelho e o retorno de Jesus.
7. Satanás também atacou a família de Jó, pois o verso 19 nos diz que ele perdeu seus filhos. Que perda tremenda! A antiga serpente ataca nossos filhos hoje também. Não ignoremos as companhias de nossos filhos, as pessoas com quem eles ficam quando vamos trabalhar. Tenhamos controle sobre os programas a que assistem pela televisão e sobre seus entretenimentos. Se veem desenhos ou filmes que promovem a violência, se assistem a novelas ou seriados em que jovens solteiros têm vida sexual ativa, ou programas em que o triângulo amoroso é visto de forma natural, como inculcaremos as verdades bíblicas na mente deles? O que nossos filhos veem na internet? Eles se alimentam bem? Dormem cedo? Muitos ganham fortunas mas perdem os filhos. Muitos chegam ao topo do sucesso e deixam os filhos no vale do fracasso. A orientação divina é clara: “Depois de haver cumprido fielmente o dever para com os filhos, os pais devem levá-los a Deus e Lhe pedir que os ajude” (Eilen G. White, Orientação da Criança, p. 256). “Mães, todo cuidado é pouco para evitar que os filhos aprendam hábitos maus. É mais fácil aprender o mal do que erradicá-lo depois. Cristo lhes confiou a sagrada obra de ensinar aos filhos os Seus mandamentos” (Ibid.,p. 457,458).
8. No capítulo 2 do livro de ó, vemos que Satanás feriu severamente o patriarca, e aqui a Bíblia aponta corretamente o diabo como o autor da desgraça. Não sabemos o tipo de doença que se abateu sobre Jó, mas foi algo terrível. Alguns amigos foram visitá-lo e ficaram sete dias sem conseguir dizer uma palavra. Jó devia estar muito mal mesmo!
Hoje, o causador do mal procura abalar a saúde dos filhos de Deus. Ele os faz pensar que podem fazer do seu corpo o que quiserem, pois são livres. Diz que você não precisa de exercício físico, que pode ficar sem beber água, não precisa de um sono de qualidade, não precisa comer frutas, verduras e pode trabalhar em demasia. Sugere que você pode guardar ressentimentos, desejo de vingança, alimentar inveja, competição e nada disso vai lhe fazer mal. Afinal, “o corpo é meu”, muitos são induzidos a pensar. Mas a Bíblia afirma: “Não sabeis que o vosso corpo é o santuário do Espírito Santo, que está em vós?” (ICo 6:19). O inimigo não quer que nos comuniquemos adequadamente com Deus. “Os nervos do cérebro, que se ligam com o organismo todo, são o meio pelo qual o Céu se comunica com o ser humano e afeta sua vida íntima. Tudo que atrapalhar a circulação da corrente elétrica no sistema nervoso, debilitando assim as forças vitais e diminuindo a sus-cetibilidade mental, tornará mais difícil o despertar da natureza moral” (Eilen G. White, Educação, p. 209). Dessa forma, devemos nos guardar das vãs filosofias que só nos levarão para mais longe de Deus.
9. No último ataque de Satanás, entendemos por que ele não matou a mulher de Jó: ele queria destruir seu casamento. A esposa, que devia estar ao seu lado, fortalecendo a fé dele, culpava a Deus.
Em nossos dias, o rei das trevas ataca o casamento. Quando os cônjuges não são companheiros mas rivais; quando o lado espiritual não é desenvolvido; quando o papel da mulher é invertido e o marido trabalha tanto que não tem tempo para a esposa, podemos dizer que Satanás está alcançando seu objetivo em destruir o ideal de Deus para o relacionamento familiar. No caso da esposa de Jó, ela não parecia ser uma pessoa má. Por um momento, ela se desequilibrou e a reação de Jó nos ensina que não devemos dar ouvidos aos gritos de dor em meio às tragédias. Por fim, Jó e a esposa se tornaram modelo para as famílias de hoje, porque saíram unidos da tragédia e reconstruíram seu lar. “Embora possam surgir dificuldades, perplexidades e desânimo, nem o marido nem a esposa abrigue o pensamento de que sua união é um erro ou uma decepção. Resolva cada qual ser para o outro tudo que é possível. Continuem as primeiras atenções. De todos os modos, anime um ao outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que o seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu” (Eilen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 360).
10. Naturalmente, diante de toda essa situação, Jó se sentia-se abandonado, sozinho. Na cruz, Jesus não sentiu a presença de Deus. Por isso, gritou: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46). Às vezes, parece que estamos sozinhos na hora em que mais necessitamos de Deus. A Bíblia diz que não cai nem mesmo um fio de cabelo da nossa cabeça sem que Deus o saiba. Quando Jesus Se sentiu só, como Jó, continuou confiando em Deus. Hoje, temos a certeza de que Deus estava junto de Jó e também de Jesus. Paulo afirma que “na cruz, Deus estava com Cristo reconciliando consigo o mundo” (2Co 5:19). Deus não nos abandona em meio às dificuldades.
Conclusão
O último capítulo do livro de Jó mostra que Deus está no controle de tudo. De Jó é mencionado que seu último estado foi duas vezes melhor que o anterior. Isso nos prova que as crises podem ser grandes oportunidades de crescimento. Jó veio a ter exatamente o dobro do que tivera antes. Só sua família não dobrou de tamanho. Ele havia perdido sete filhos e três filhas e Deus lhe deu o mesmo número de filhos e filhas: não catorze filhos e seis filhas. Por quê? No Antigo Testamento, a promessa da ressurreição é clara e o livro de Jó deixa evidente que o fiel patriarca receberá novamente sua família no Céu. Os dez filhos que ele perdeu lhe serão restituídos para viverem eternamente num mundo recriado. O capítulo final sempre é o melhor na vida dos que confiam em Deus. O sofrimento pode ser uma realidade dura e cruel hoje, mas o amanhã será um novo dia para os filhos de Deus.
Você está com problemas de saúde ou financeiros? Problemas com seus filhos ou no casamento? Deus pode restituir sua estabilidade financeira, seus filhos, sua saúde e seu casamento. Entregue sua vida nas mãos de Deus. Confie nEle, ainda que você passe pelo vale da sombra da morte. “Deus não conduz jamais Seus filhos de maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio, e discernir a glória do propósito que estão realizando como Seus colaboradores” (Eilen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 479).
“A tristeza pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer” (SI 30:5).
Abraão, o pai da fé - Homens de Fé
Quanto a Mim, será contigo a Minha aliança; serás pai de numerosas nações. Gên. 17:4.
Algo marcante da experiência de Abraão foi sua fé inabalável na vontade de Deus. Isso não implica que jamais tenha duvidado ou fracassado. O Antigo Testamento revela sua falta de confiança. Às vezes, era impaciente. Em outras ocasiões, agiu como enganador; mas sua fé estava em ascensão. Durante a vida, ele desenvolveu uma firme confiança em Deus.
O Senhor chamou Abraão, de Ur dos Caldeus, escolhendo-o como um recipiente especial de Suas bênçãos. Sua primeira grande prova de fé veio quando ele tinha 75 anos. O Senhor garantiu-lhe que se tornaria o pai de uma grande nação, caso fosse aprovado no teste, dirigindo-se à desconhecida terra de Canaan, 600 quilômetros ao sul. Deus disse: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da Terra.” Gên. 12:3.
Abraão creu e obedeceu, pela fé. Reuniu os pertences da família, e partiu. Sua fé devia ser muito forte, mas não era completa. Quando a fome varreu Canaã, ao invés de esperar a providência divina, foi para o Egito em busca de comida. Lá, forjou uma mentira, alegando que Sara, sua esposa, era sua irmã. E nem objetou quando a levaram para o palácio. Não fosse intervenção de Deus, Sara se tornaria uma das esposas do faraó egípcio.
A fé de Abraão foi testada outra vez enquanto ele esperava um filho. E novamente fracassou, ao ter um filho com Hagar, sua serva. Sentindo-se culpado, arrependeu-se e, finalmente, Sara concebeu Isaque.
Mas o teste supremo aconteceu foi quando Deus lhe pediu Isaque em sacrifício. O patriarca obedeceu. Acordou o filho, cortou a lenha, subiu o Monte Moriá e erigiu um altar. Chegou a erguer o cutelo; mas quando estava prestes a matar Isaque, Deus clamou: “Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não Me negaste o filho, o teu único filho.” Gên. 22:12. A fé venceu.
Hoje, nossa fé também é provada. Se fracassamos, Deus nos fortalece. Será assim até quando, aprovados no teste final, formos com Ele para o lar.
Pr. Mark Filey – Sobre a Rocha.
1–> Abraão cria em Deus totalmente
Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça. Gênesis 15:6
Abraão cria em Deus totalmente e quando foi pedido a ele que oferecesse seu filho em sacrifício, agiu e depositou sua confiança em Deus de forma que até levantou o cutelo para executar a tarefa que Deus havia pedido. Ele enxergou uma provisão de Deus onde não podia ver pelos olhos carnais e sim pelos olhos da fé.
Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Hebreus 11:1
Como temos agido quando Deus nos pede ou permite algo em nossa vida ? Confiamos totalmente em Deus e descansamos nEle ? Ou pensamos “será que Deus sabe o que está fazendo?”
2 –> Abraão estabelecia o reino de Deus por onde passava
O Senhor apareceu a Abrão e disse: “À sua descendência darei esta terra”. Abrão construiu ali um altar dedicado ao Senhor, que lhe havia aparecido. Gênesis 12:7
Várias vezes quando saia ou chegava a um lugar Abraão erguia um altar a Deus (Gênesis 12:8, Gênesis 13:4, Gênesis 13:18, Gênesis 22:9) e ali O adorava e estabelecia para as pessoas que passassem por ali ou quem avistasse de longe que o Senhor era o Deus daquele lugar e daquele povo. Todo lugar que passarmos devemos ser referência como “o cara que adora Deus” ou “o cara que é de Deus” assim como Abraão era.
O nosso caráter se assemelha ao caráter de Deus?
3 –> Abraão era grato a Deus e proativo para contribuir
E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. Gênesis 14:20b
Este versículo contém a primeira referência de dízimo da bíblia e como percebemos pelo texto que partiu de Abraão a ideia da contribuição.
Ninguém ordenou que Abraão entregasse a décima parte de algum bem, ele se sentiu grato a Deus e ofereceu a Melquisedeque a oferta.
Temos sido gratos a Deus por tantas, tantas e tantas maravilhas que Ele fez e tem feito em nossa vida?
Jacó, de enganador a príncipe - Homens de Fé
JACÓ, o enganador, é transformado em ISRAEL, o príncipe de Deus.
Nenhuma outra personagem da Bíblia representa mais claramente que Jacó, o conflito entre os baixos e altos da natureza humana.
Começando numa descendente, às vezes alcançava grandes alturas, porém outras vezes afundava-se na sórdida luta pela ganância. Mas alcança por fim o nível da fé triunfante.
Nenhum leitor fervoroso, que estuda a história do curso da vida deste homem pode duvidar que, apesar de todas as suas debilidades, foi um instrumento escolhido por Deus.
Duas verdades principais iluminam sua vida:
1 – A infelicidade produzida por problemas familiares e a poligamia. Este fato é ilustrado pela sua vida
2 – O poder transformador da comunhão com Deus. Esta verdade brilha claramente através de todas as experiências mais elevadas deste homem escolhido. O diagrama desua vidaespiritual ilustra os elementos humanos e divinos manifestados em sua vida. A linha curva marca os níveis altos e baixos de sua vida.
I. Seus primeiros anos. Descida , problemas domésticos.
Nota: As letras referem-se aos pontos no diagrama acima:
A. Compra de seu irmão Esaú os direitos de primogenitura, Gn 25: 29,34
B. Engana o seu idoso pai, Gn 27: 1,29
C. Vê-se forçado a fugir para salvar a vida. Vai a Padã-Arã a fim de escolher sua esposa, Gn 27:41; 28:1-5
Uma experiência noturna em nível alto.
D. A visão espiritual e o voto em Betel, Gn 28: 10-22 – 10
II. Em Harã. Os problemas familiares continuam.
E. Decepção no romance devido ao engano, Gn 29; 15-30 – Depois, disse Labão a Jacó: Acaso, por seres meu parente, irás servir-me de graça? Dize-me, qual será o teu salário? Ora, Labão tinha duas filhas: Lia, a mais velha, e Raquel, a mais moça. Lia tinha os olhos baços, porém Raquel era formosa de porte e de semblante. Jacó amava a Raquel e disse: Sete anos te servirei por tua filha mais moça, Raquel. Respondeu Labão: Melhor é que eu ta dê, em vez de dá-la a outro homem; fica, pois, comigo. Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava. Disse Jacó a Labão: Dá-me minha mulher, pois já venceu o prazo, para que me case com ela. Reuniu, pois, Labão todos os homens do lugar e deu um banquete. À noite, conduziu a Lia, sua filha, e a entregou a Jacó. E coabitaram. (Para serva de Lia, sua filha, deu Labão Zilpa, sua serva.) Ao amanhecer, viu que era Lia. Por isso, disse Jacó a Labão: Que é isso que me fizeste? Não te servi eu por amor a Raquel? Por que, pois, me enganaste? Respondeu Labão: Não se faz assim em nossa terra, dar-se a mais nova antes da primogênita. Decorrida a semana desta, dar-te-emos também a outra, pelo trabalho de mais sete anos que ainda me servirás. Concordou Jacó, e se passou a semana desta; então, Labão lhe deu por mulher Raquel, sua filha. (Para serva de Raquel, sua filha, deu Labão a sua serva Bila.) E coabitaram. Mas Jacó amava mais a Raquel do que a Lia; e continuou servindo a Labão por outros sete anos
F. A grande e sórdida luta com seu sogro e o ciúme entre suas esposas.
G. Movimento ascendente, o chamado divino para regressar à terra prometida Gn 31:3 – E disse o SENHOR a Jacó: Torna à terra de teus pais e à tua parentela; e eu serei contigo. Parte em segredo, mas seu sogro o persegue, Gn 31:20-24 – E Jacó logrou a Labão, o arameu, não lhe dando a saber que fugia. E fugiu com tudo o que lhe pertencia; levantou-se, passou o Eufrates e tomou o rumo da montanha de Gileade. No terceiro dia, Labão foi avisado de que Jacó ia fugindo. Tomando, pois, consigo a seus irmãos, saiu-lhe no encalço, por sete dias de jornada, e o alcançou na montanha de Gileade. De noite, porém, veio Deus a Labão, o arameu, em sonhos, e lhe disse: Guarda-te, não fales a Jacó nem bem nem mal.
H. Em seu caminho de obediência encontra-se com mensageiros angelicais, Gn 32:1-
Outra grande experiência espiritual.
I. Alarmado pela aproximação de seu irmão com quatrocentos homens, recorre à oração, Gn 32;3-12,
J. Passa uma noite lutando com Deus, em súplica desesperada. Sai vitorioso e recebe novo nome, ISRAEL, Gn 32:24-32. Tem um encontro afetuoso com seu irmão Esaú, Gn 33:1-16
K. Sua filha Diná é desonrada, Gn 34:1-5.
L. Devido à vingança de seus filhos, vêm dificuldades sobre ele, Gn 34:7-31.
M. Quando chega em Betel, lembra de sua visão ali e erige um altar, Gn 35: 1- 15.
III. Seus últimos anos. Os problemas domésticos continuam.
N. A parcialidade paterna e os ciúmes dos irmãos fazem com que José seja vendido ao Egito, Gn 37: 1-36.
O. Outros problemas familiares, Gn 38:1-30.
P. O êxito de José e seu chamado divino ao Egito, Gn 39 a 45: Gn 46:1-4.
Seus últimos dias.
Q. À beira da morte, bendiz seus netos e filhos, Gn 48 e 49.
R. Muitos creêm que ele profetizou a vinda do Messias, Gn 49:10
Características do seu caráter
Astuto Gn 25:31-33, Enganador Gn 27:18-19, Colheu o resultado do seu próprio pecado, Gn 27:42,43, Tornou-se religioso, Gn 28:10,20,21, Afetuoso Gn 29:18, Trabalhador Gn 31:40, Habituado à oração Gn 32:-12,24-30, Disciplinado pela Aflição Gn 37:28,42:36, Homem de Fé Hb 11:21.
Elias, o homem cheio do espírito, o homem como nós - Homens de Fé
“Eis que Eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que Eu não venha e fira a Terra com maldição” (Ml 4:5-6).
“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu” (Tg 5:17).
Os textos acima reúnem duas informações importantíssimas para o povo de Deus em nossos dias. Malaquias termina seu livro profetizando a respeito da vinda de Elias, antes do aparecimento do Messias. Naturalmente, o profeta estava prevenindo sua nação para o fato de que o Senhor visitaria Seu povo e que este deveria estar preparado. Deus abençoou Seus filhos, utilizando um homem com o poder e a virtude de Elias.
No que diz respeito ao primeiro aparecimento de Jesus, essa profecia se cumpriu em João Batista. No entanto, Jesus em breve voltará! Essa é a nossa mais solene esperança. Antes disso, o mundo precisa ser preparado. Assim como essa profecia foi aplicada a João Batista, ela também se refere àqueles que devem proclamar as três mensagens angélicas.
O problema é que, quando se examina a vida de Elias, tem-se a impressão de que ele é um tipo quase não humano. Imitá-lo parece algo impossível. Temos mais facilidade em nos identificar com personagens como Davi (que pecou vergonhosamente e foi perdoado); com Pedro (que traiu o Senhor mas se tornou um poderoso apóstolo); e com tantos outros pecadores como nós. Mas Elias parece aos nossos olhos como alguém impossível de ser imitado. Tiago 5:17 aumenta essa nossa perplexidade diante de Elias quando o apresenta como “semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos”. Como pode ser semelhante a nós um homem que orou para que não chovesse por três anos e meio e depois orou para que caísse fogo do céu? Que características de Elias fazem parte de nossa vida? Como o profeta se portou diante de todas as dificuldades que enfrentou como anunciador da justiça? Como podemos nos identificar com um homem assim?
Inconformado com a idolatria – Elias estava inconformado com a apostasia predominante em seu tempo. Os últimos versículos de 1 Reis 16 pintam um lamentável quadro do Israel governado por Acabe. O verso 31 diz que Acabe andou nos pecados de Jeroboão, ou seja, adorava a Jeová utilizando imagens de escultura para representá-Lo. Além disso, os versos 31-33 mencionam o casamento de Acabe, em jugo desigual com Jezabel, a qual introduziu o culto a Baal em Israel, com toda a licenciosidade que isso implicava. “Ao Elias ver Israel aprofundar-se mais e mais na idolatria, seu coração ficou angustiado e sua indignação foi nele despertada” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 119). Hoje, a situação não é diferente!
“O presente século é tão verdadeiramente de idolatria como aquele em que Elias viveu. Pode não haver nenhum altar externamente visível; pode não haver nenhuma imagem sobre a qual os olhos repousem, contudo, milhares estão seguindo após os deuses deste mundo – riquezas, fama, prazeres e as agradáveis fábulas que permitem ao homem seguir as inclinações do coração não regenerado” (Ibid., p. 177).
Assim como a do tempo de Elias, a geração da qual fazemos parte é extremamente corrupta. É inegável que esse é um ponto de identificação entre nós e ele. Para mantermos nossa proximidade com
o profeta, resta-nos, então, não nos conformarmos com “este século” (Rm 12:2.)
Postura diferente – Precisamos de uma postura totalmente avessa às práticas pecaminosas prevalecentes em nossa época. Elias fazia questão de ser diferente. O detalhe é que ele não fazia isso por uma questão de capricho. Ele foi transformado pela contemplação da Palavra de Deus. À medida que nos achegarmos a Deus, nós nos distanciaremos do padrão imoral do mundo. Trata-se de uma consequência natural. Se isso for uma realidade em nossa vida, algo de Elias haverá em nós.
Elias foi um homem de perseverante oração. Tiago 5:17 menciona que Elias orou “com instância”. Na verdade, essa oração teve como parâmetro uma exortação divina apresentada em Deuteronômio 11:16, 17. Nesta passagem, Moisés adverte o povo para o fato de que a
idolatria resultaria em terrível estiagem. Nos dias do rei Acabe, apesar de toda a sua impiedade, havia prosperidade, por causa da regularidade das chuvas. Então, Elias orou insistentemente para que Deus interrompesse a chuva, fazendo o povo se lembrar de Sua Palavra.
“Em angústia de alma ele suplicou a Deus que detivesse em seu ímpio curso o povo outrora favorecido, visitando-o com juízos, se necessário fosse, a fim de que pudesse ser levado a ver em sua verdadeira luz seu afastamento do Céu. […] A oração de Elias foi respondida. […] Havia chegado o tempo em que Deus devia falar-lhes por meio de juízos” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 120).
Isso indica que a coragem que Elias manifestou em comparecer diante de Acabe não era inerente a ele mesmo – vinha de Deus. O profeta falava com base em uma resposta à oração. Assim como a palavra de Deus, por meio de Josué, se havia cumprido com a morte dos dois filhos de Hiel (1Re 16:34), ela também se cumpriria por meio de Elias no tocante à estiagem.
É importante mencionar ainda o fato de que Baal era considerado um deus provedor de chuva, uma vez que, na mente de seus adoradores, ele era responsável pelos fenômenos naturais. O profeta orou insistentemente para que fosse desfeita a mentirosa impressão de que Baal estava “abençoando” Israel por meio da chuva. Só havia um meio de conseguir isso: Deus “fechar” o céu. Foi com esse propósito que Elias orou.
Oração incessante – A atitude de oração de Elias nos ensina uma importante lição: devemos orar para que Deus contenha a onda de impiedade predominante em nossos dias, mediante o cumprimento de Suas promessas, como o derramamento da chuva serôdia sobre nós. A perseverante oração de Elias também nos ensina a não desanimar em nossos esforços missionários, mesmo quando a conjuntura da sociedade parece indicar que não há mais solução para as pessoas. Deus sabe como salvá-las de seus ímpios caminhos. Nossa parte consiste em orar e agir conforme o mandado do Senhor.
Elias aprendeu a depender de Deus. Após a severa mensagem que ele pronunciou perante o ímpio rei, dizendo que não choveria sobre a terra, “veio-lhe a palavra do Senhor, dizendo: Retira-te daqui, vai para o lado oriental e esconde-te junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão. Beberás da torrente; e ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem. Foi, pois, e fez segundo a palavra do Senhor; retirou-se e habitou junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão” (1Rs 17:2-5). Por que Deus o mandou àquele lugar? Por que ficar perto de um riozinho num lugar totalmente desconhecido? O que Deus pretendia com isso?
A verdade era que ali o Senhor tinha importantes lições a ensinar a Seu servo. O local era solitário e ermo. Ali, Elias deveria aprender a confiar plenamente em Deus e em Sua providência. Elias era apenas o instrumento de Deus. É verdade que a mensagem que ele tinha era poderosa, mas ela vinha de Deus. Talvez a pequena Querite fosse um meio de Deus lembrar Elias a respeito disso. Os corvos “garçons” também eram instrumentos de Deus para lembrá-lo de que o Senhor sempre provê para Seus servos fiéis tudo de que necessitam. Elias só estava naquela situação porque tinha resolvido fazer o que Deus esperava dele.
Quando assim fazemos, podemos confiar na providência e no cuidado de Deus. Não devemos permitir que o comodismo e o amor às coisas da Terra nos impeçam de fazer a obra que Deus espera de nós. Naturalmente, uma posição ao lado da verdade causará perseguição por parte daqueles que não se submetem a Deus. Mas, aonde quer que formos, se estivermos cumprindo a comissão divina, seremos cuidados por Ele. Embora fosse um poderoso profeta, Elias não podia se manter por si mesmo. Era totalmente dependente de Deus. Está aí outro ponto que nos liga a esse grande homem. Mesmo que não saibamos, todos dependemos de Deus para tudo. Como diz o apóstolo Paulo: “nEle vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). Elias entendeu isso. Alguns fecham os olhos para essa realidade, mas o fato é que, assim como nós, “sujeito aos mesmos sentimentos”, Elias aprendeu a depender de Deus.
Mensagem perturbadora – A mensagem que Elias pregava era de arrependimento. Após três anos sem chuva sobre a terra, Deus enviou Elias ao encontro de Acabe. Esse encontro explosivo teve, no início, o seguinte diálogo. “És tu, ó perturbador de Israel? Respondeu Elias: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins. Agora, pois, manda ajuntar a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo que comem na mesa de Jezabel. Então, enviou Acabe mensageiros a todos os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Carmelo. Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; se é Baal, segui-o. […] Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas” (1Rs 18:17-21, 30).
A expressão com a qual Acabe chamou Elias – “perturbador de Israel” – é usada outra vez na Bíblia em 1 Crônicas 2:7, em referência ao pecado de Acã, que perturbou Israel quando se apropriou “das coisas condenadas”. Essa expressão é referência aos objetos dos quais ele se havia apropriado indevidamente em Jericó (Js 7:1). Obviamente, essa expressão não era apropriada para Elias, mas caía como uma luva no caso de Acabe. E Elias não sonegou essa informação ao rei. O fato de o rei ter-se unido à ímpia Jezabel, fazendo o povo seguir seu caminho, produziu a terrível “perturbação” que veio sobre Israel. Na verdade, Jezabel era a “coisa condenada” de Acabe.
Elias não titubeou em deixar claro para Acabe que o pecado dele era responsável por aquela terrível calamidade. Nesse momento, o profeta chamou o pecado pelo seu nome exato. O senhor espera exatamente isso de nós.
“Há necessidade hoje da voz de severa repreensão, pois graves pecados têm separado de Deus o povo. A infidelidade está depressa tornando-se moda. ‘Não queremos que Este reine sobre nós’ (Lc 19:14), é a linguagem de milhares. Os sermões macios tão frequentemente pregados não deixam impressão duradoura; a trombeta não dá um sonido certo. Os homens não são atingidos no coração pelas claras, cortantes verdades da Palavra de Deus” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 140).
Não é tempo de dissimularmos a verdade. Devemos pregá-la claramente. As pessoas devem ser levadas a entender a terrível situação em que se encontram. Nossa vida deve adverti-las, não só nossas palavras. Que nossas palavras sejam coerentes com nossa vida!
Vale da decisão – O profeta expandiu a influência de sua advertência para o povo reunido no Carmelo. Ele exortou os israelitas para que eles deixassem de oscilar entre Deus e Baal. Era hora de decisão. O mundo espera isso de nós. As pessoas estão no vale da decisão e precisamos levá-las ao conhecimento da verdade e à decisão ao lado do que é certo. Essa mensagem também é para o povo de Deus. Elias não coxeava entre Deus e Baal. Ele estava do lado do Senhor. Por isso, podia pregar com tal autoridade. Se quisermos ser como Elias, precisamos nos definir ao lado de Deus e de Sua Palavra.
Naturalmente, isso envolverá sérias renúncias, mas Deus poderá nos usar como usou Elias. O verso 30 acrescenta que “Elias restaurou o altar do Senhor que estava em ruínas”. O secularismo tem tentado arruinar a verdade. A onda de relativismos morais tem militado contra as imutáveis verdades da revelação bíblica. Precisamos restaurar isso.
Somos reparadores de brechas. Devemos exaltar a verdade.
Ellen G. White apresenta o seguinte pensamento: “A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, p. 57).
Exatamente como na época de Elias, o mundo de hoje precisa de homens como os que estão descritos nessa célebre passagem do Espírito de Profecia. Elias era assim. O mundo em que ele viveu também necessitou de um homem com essa envergadura. Esse é, sem dúvida, outro aspecto que nos liga a Elias. Nosso profeta não sonegou a mensagem que tinha. Resta-nos imitá-lo também neste ponto.
O episódio do Carmelo foi memorável. O Senhor respondeu com fogo e
consumiu a oferta de Elias. Houve conversão em massa, mas algo estranho aconteceria no coração do profeta.
Um profeta deprimido – Elias se escondeu em uma “caverna”, devido à ira de Jezabel. O homem cujo nome significava “Jeová é Deus” temeu a mulher cujo nome significava “Baal é deus”. Elias havia sido usado por Deus para lembrar ao povo o significado de seu próprio nome e havia sido bem-sucedido, mas estranhamente se esqueceu disso e acreditou, por algum tempo, que Baal era deus. Ele empreendeu uma fuga que o levou a um dos mais importantes lugares da história de Israel: Horebe, o monte de Deus. Embora aquele lugar fosse importante, Deus não queria que Elias estivesse ali naquele
momento. O profeta tinha uma missão e estava fugindo dela, primeiro pedindo a morte no caminho, depois se escondendo em uma caverna. Sem dúvida, esse foi um momento de terrível incredulidade do profeta. Ele duvidou que o Deus que havia mandado fogo do céu poderia livrá-lo das mãos da ímpia Jezabel.
“Na experiência de todos surgem ocasiões de profundo desapontamento e extremo desencorajamento – dias em que só predomina a tristeza, e é difícil crer que Deus é ainda o bondoso benfeitor de Seus filhos na Terra; dias em que o dissabor mortifica o coração, de maneira que a morte pareça preferível à vida. É então que muitos perdem sua confiança em Deus, e são levados à escravidão da dúvida, ao cativeiro da incredulidade. Pudéssemos em tais ocasiões discernir com intuição espiritual o significado das providências de Deus, veríamos anjos procurando salvar-nos de nós mesmos, esforçando-se por firmar nossos pés num fundamento mais firme que os montes eternos; e nova fé, nova vida jorrariam para dentro do ser” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 162).
Esse episódio da vida de Elias parece mais adequado a uma comparação com nossa vida. Nessa fase da vida do profeta, vemos confluências mais expressivas com nosso jeito de ser. Acho que, se a Bíblia não houvesse registrado esse fato e Tiago não nos tivesse informado que Elias “era semelhante a nós”, tenderíamos a achar que Elias não teria sido humano. É que muitas vezes nos sentimos assim. Temos medo dos desafios que estão à nossa frente, fugimos e nos escondemos em cavernas. Mas Deus não nos abandona lá. Existem muitas “cavernas” nas quais nos escondemos. Existe a caverna do medo, da indiferença, da preguiça, do orgulho espiritual, da falta de amor.
Não é na caverna que Deus nos quer, mesmo que seja uma caverna do Monte Horebe. Muitos de nós queremos desculpar nossa omissão, fugindo para o “Horebe” de nosso ufanismo religioso, por exemplo. Deitamo-nos em nosso berço esplêndido de um adventismo interno e esquecemos que as pessoas lá fora precisam de nós. Horebe foi o lugar em que Deus outorgou a Lei a Seu povo. Quando isso ocorreu, era essencial que Moisés estivesse lá. Mas não era esse o caso de Elias. A Lei já havia sido dada. A missão dele era levá-la àqueles que a estavam desprezando. Somos tentados a cometer o mesmo erro. Em vez de pregarmos, ficamos ensimesmados como se essa fosse a religião que Deus espera de nós. O fato é que posturas assim maquiam nossa lamentável situação espiritual. Esse é o pecado de Laodiceia. No entanto, o Senhor não desamparou Seu servo.
“Abandonou Deus a Elias em sua hora de provas? Oh, não! Ele não amava menos Seu servo quando este se sentiu abandonado de Deus e dos homens, do que quando, em resposta à sua oração, flamejou fogo do céu e iluminou o topo do monte” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 166).
1 Reis 19:9 apresenta um lindo detalhe que às vezes nos passa despercebido. Deus disse a Elias, quando o profeta estava no interior da caverna: “Que fazes aqui, Elias?” Observe o advérbio de lugar que Deus usou: “aqui”. Esse termo indica que o Senhor estava dentro da caverna com Elias. Se Ele não estivesse lá, poderia ter dito: “Que fazes aí, Elias?” Deus resolveu ir à caverna onde Seu servo estava para
tirá-lo de lá, curando-o de sua depressão.
Deus deseja usar conosco o mesmo método. No verso 15, Deus diz a Elias: “Vai”. É assim que Deus cura nossas crises espirituais. Ele nos dá a oportunidade de continuar a obra que Ele espera de nós. É como se Ele nos dissesse: “Eu ainda continuo contando com você. Seu erro não muda nada em nossa relação. Eu amo você.” Isso é lindo demais! Deus nunca desiste de nós. Esse tipo de postura de Deus, à qual comumente chamamos de graça, é que nos mantém vivos. Se não fosse isso, não haveria esperança para nós.
Elias subiu para o Céu. O fato é que Elias foi e cumpriu aquilo que Deus esperava dele. Ungiu Hazael rei sobre a Síria, Jeú, rei sobre Israel e Eliseu como profeta em Israel. Todas essas atitudes eram politicamente necessárias naquele momento para que a reforma iniciada pelo profeta continuasse. Elias continuou servindo ao Senhor e Deus o tomou para Si, fazendo-o “um tipo dos santos que estarão vivendo na Terra por ocasião do segundo advento de Cristo, e que serão ‘transformados num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta (1Co 15:51, 52) sem provar a morte’” (Ibid., p. 227).
Essa é a recompensa para todos aqueles que, em nossos dias, vivem “no espírito e poder de Elias” (Lc 1:17).
Texto de Vinícius Mendes de Oliveira, professor de Língua Portuguesa, mestrando em Ciências Sociais na UFRB e aluno do 6º período do SALT – IAENE, Cachoeira, Ba. Publicado na RA de Maio/2011.
José, de sofredor do deserto à virtuoso e sábio - Homens de Fé
Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem. Gên. 50:20.
Uma evidência forte da inspiração da Bíblia é a sua honestidade. As Escrituras não encobrem os conflitos nem os fracassos de seus heróis. José cresceu em um clima familiar tenso, cheio de ciúmes e discórdia. Na primeira vez em que José é mencionado, após o seu nascimento, ele está trazendo “más notícias” (Gên. 37:2) sobre os seus irmãos para o pai. Acrescentando lenha na fogueira da rivalidade com seus irmãos estavam as narrativas de José sobre seus sonhos de proeminência sobre eles, onde cada um dos seus irmãos se curvava ante José. Zangados e ressentidos, os irmãos conspiraram para matar José. Depois de lançar José numa cisterna vazia, eles o venderam como escravo.
A sorte de José ia de mal a pior. Comprado por Potifar, o jovem escravo hebreu distinguiu-se através de árduo trabalho. Rapidamente, conquistou a confiança e o respeito de Potifar. Quando a esposa de Potifar lhe fez propostas inapropriadas, ele clamou: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” Gên. 39:9.
O compromisso de José com o que era certo levou-o a uma masmorra egípcia. Embora isolado, só, prisioneiro em terra estranha, José não perdeu sua fé. Enquanto estava na prisão, José atendeu o mordomo-chefe, interpretando um dos seus sonhos. Quando o mordomo foi liberto da prisão, ele esqueceu-se de José… até que Faraó teve um sonho estranho. O mordomo sabia exatamente a quem devia chamar.
Deus revelou a José o significado do sonho do Faraó, que ficou tão impressionado que o nomeou governador do Egito, abaixo apenas dele mesmo.
A história de José está repleta de lições para nós, hoje. José cresceu em meio à adversidade, e tornou-se virtuoso e sábio. Suas provações não fizeram dele alguém amargurado, mas alguém muito melhor. Suas provações o ensinaram a confiar.
Assim como José, um homem ou uma mulher de fé pode transformar o mundo. Deus pode tomar as mais desesperadoras circunstâncias e usá-las para a glória do Seu nome e a bênção da humanidade. Permita que Ele assim faça em sua vida, hoje.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.
Ló, o achado justo em meio a corrupção - Homens de Fé
A profecia que vamos estudar neste momento foi feita por dois anjos a um homem chamado Ló, mais ou menos no ano de 1898 AC. Está em Gênesis 19:12 e 13. “Disseram aqueles homens a Ló: Tens alguém mais aqui? Teu genro, teus filhos, tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar, porque nós vamos destruir este lugar, pois o seu clamor se tem avolumado diante do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo”.
Para compreendermos bem esta profecia, precisamos analisar outros pontos que formam a base dessa drástica ação de Deus sobre Sodoma e Gomorra.
Abraão e Ló eram parentes. Abraão era tio de Ló. Os dois saíram juntos de Ur dos Caldeus, em busca da terra prometida. Após alguns anos de convivência, os pastores dos rebanhos de Abraão e os de Ló começaram a brigar pelos melhores pastagens (Gênesis 13:7-9). Havia necessidade urgente de separação. E o que chamou a minha atenção foi a maneira de Abraão resolver o problema. Ele reuniu-se com o sobrinho e disse que não havia necessidade de estarem brigando, porque eles eram irmãos. Que grande lição! O verdadeiro irmão não briga. Se é para ter briga, é melhor se separar e continuarem amigos. Hoje, muitos agem de forma contrária. Brigam, se ofendem, se destroem, mesmo se chamando irmãos.
Coube então a Ló a tarefa de escolher onde estabelecer as suas tendas. Imagino os dois em pé na parte mais alta da Palestina e Ló, olhando para o Oriente, e percebendo que o vale do Jordão era bem regado, escolhe aquela porção do território. Neste lugar havia muita água, muito pasto e boas cidades. Ló foi para o Oriente em direção à Sodoma, e Abraão foi para Canaã.
A profecia do programa de hoje tem a ver com a família de Ló e os habitantes de Sodoma. Então vamos conhecer um pouco da história de Sodoma e sua localização. A cidade de Sodoma estava numa planície, com mais quatro cidades. Ficava na parte sul do Mar Morto. Essa planície era chamada de o jardim do Senhor. As colheitas eram abundantes, as flores enchiam o ar de perfume. O comércio era intenso, as caravanas do mundo inteiro passavam por ali. A riqueza também era característica de Sodoma. A ociosidade e a riqueza deram origem ao luxo e ao orgulho. Em Sodoma havia regozijo e orgia, banquetes e bebedice. O povo desafiava abertamente a Deus e a lei do Senhor; a violência era aceita por quase todas as pessoas.
Em nossos dias isso, infelizmente, se repete. Muitos, inclusive jovens, parece que não têm mais nada a fazer. Como têm dinheiro pegam seus carros, enchem de amigos e saem para os bares em busca de diversão. Bebem o quanto podem e depois saem pelas ruas participando de rachas, sem nenhuma responsabilidade, matando e ferindo inocentes, tantas vezes.
Um dos grandes problemas de Sodoma era a perversão sexual, em todas as suas esferas. Os relacionamentos homossexuais, condenados com veemência pela Bíblia Sagrada, eram praticados e incentivados abertamente. Como hoje em dia. A Bíblia chama isso tudo de “abominação” (Levítico 18:22). Porém é importante ressaltar que a repulsa de Deus é ao pecado. Ele ama o pecador e está pronto para perdoar e transformar, se houver interesse.
No caso que estamos estudando hoje, Deus enviou dois anjos com um recado urgente. Ló deveria deixar a cidade o mais rápido possível pois Sodoma seria destruída.
O texto bíblico sugere que os habitantes de Sodoma estavam decididos a abusar sexualmente dos dois seres que trouxeram o recado divino ao sobrinho de Abraão. A situação ficou muito tensa junto à porta da casa de Ló naquela noite. Gênesis 19:5-7 conta que os homens da cidade, desde o mais novo ao mais velho, foram buscar os forasteiros. As tentativas de Ló em acalmá-los, não deram certo. Ao ser atacado, Ló foi salvo pelos anjos que feriram de cegueira todas aquelas pessoas.
O recado divino para Sodoma então é comunicado a Ló. “Deus vai destruir esta cidade com fogo. Avise seus parentes e saiam daqui”. Ló correu e avisou as filhas casadas. Regressou, porém, triste por causa das zombarias dos genros. E, como Ló estava demorando em agir, os anjos o apressaram. Deveria pegar sua esposa e as duas filhas que ainda eram solteiras, e todos fugirem o mais rápido possível para longe do lugar, sem olhar para trás. Era a hora difícil de deixar a bela casa, deixar amigos, deixar roupas, deixar o grande rebanho. Deixar tudo!
Sodoma e as cidades vizinhas foram destruídas. Somente Ló e as filhas se salvaram. A esposa desobedeceu a ordem de não olhar para trás e, infelizmente, perdeu a vida.
Ló fez escolhas erradas ao escolher a melhor terra estando esta corrompida. Como muitos cristãos hoje em dia. Ló não conseguiu ser bom testemunho suficiente para convencer os genros que o juízo chegaria. Mas Ló era inegavelmente um filho eleito da graça de Deus e seus pecados não comprometeram de modo algum sua salvação. Ló foi achado justo em meio aquele caos e foi salvo. Há conversão e salvação para todos nesta terra.
Hoje, amigo ouvinte, a palavra de Deus tem sido anunciada aos quatro cantos do mundo que a maldade está atingindo o seu limite e em breve, muito breve, Deus vai intervir e destruir esta terra. Você poderá até dizer ou pensar que isso é bobagem, que isso é fruto de mentes doentes, fanáticas, que isto é invenção de crentes. Bem, você é livre para pensar o que quiser, mas o nosso mundo cheio de violência, orgulho, sensualismo, má distribuição do dinheiro, cheio de perversidades sexuais, será destruído. A Bíblia garante isso. E promete novo céu e nova terra onde habitará para sempre a justiça. E a profecia de Sodoma nos dá essa garantia. O que Deus falou de fato aconteceu.
Portanto, “creia no Senhor teu Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dele e você prosperará”.
Fonte:
Encontro com as Profecias
Assinar:
Postagens (Atom)