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domingo, 26 de fevereiro de 2017

3.4. Vida de Jesus - A Paixão de Cristo - O Julgamento de Cristo


Após ter sido condenado pelos juízes do Sinédrio, Cristo foi levado à presença de Pilatos, governador romano, para que a sentença fosse confirmada e executada. Os sacerdotes judeus não podiam entrar na sala de julgamento de Pilatos. De acordo com as leis cerimoniais, tal ato os tornava imundos e os excluía da participação da festa da Páscoa. {VJ 95.1}
Em sua cegueira, não viam que Cristo era o verdadeiro Cordeiro da Páscoa e que ao rejeitá-Lo, a grande festa havia perdido seu significado. {VJ 95.2}
Quando Pilatos olhou para Jesus, notou nEle um homem de aspecto nobre e de porte digno. Em Seu semblante não havia nenhuma expressão de delito. Voltando-se para os sacerdotes, perguntou: “Que acusação trazeis contra Este homem?” João 18:29. {VJ 95.3}
Seus acusadores, que não desejavam entrar em pormenores, não estavam preparados para essa pergunta. Sabiam que não possuíam nenhuma evidência confiável para que o governador romano condenasse Jesus. Então suscitaram contra Ele falsas testemunhas que disseram: “Encontramos Este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser Ele o Cristo, o Rei.” Lucas 23:2. {VJ 95.4}
Isso era mentira, pois Cristo havia claramente sancionado o pagamento de tributo a César. Quando os escribas O interrogaram sobre essa questão, tentando Lhe armar uma cilada, respondeu: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” Mateus 22:21. {VJ 96.1}
Pilatos não se deixou enganar pelo depoimento das falsas testemunhas. Voltou-se para o Salvador e perguntou: {VJ 96.2}
“És Tu o Rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu o dizes.” Mateus 27:11. {VJ 96.3}
Ao ouvirem essa resposta, Caifás e os que o acompanhavam apelaram para o testemunho que o próprio Pilatos acabava de ouvir dos lábios de Jesus, de que Ele era, de fato, culpado do crime de que O acusavam. Em altos brados, pediram Sua condenação à morte. {VJ 96.4}
Como Cristo nada respondesse aos Seus acusadores, Pilatos Lhe disse: {VJ 96.5}
“Nada respondes? Vê quantas acusações Te fazem! Jesus, porém, não respondeu.” Marcos 15:4, 5. {VJ 96.6}
Pilatos estava perplexo. Não havia encontrado qualquer indício de crime em Jesus. E não confiava naqueles que O acusavam. O porte nobre e a conduta discreta do Salvador contrastavam diretamente com a exaltação e fúria de seus acusadores. Isso impressionou o governador a ponto de se convencer da inocência de Cristo. {VJ 96.7}

A oportunidade de Pilatos

Esperando ouvir dEle a verdade, chamou-O para perto de si e perguntou: {VJ 96.8}
“És Tu o Rei dos judeus?” João 18:33. {VJ 96.9}
Cristo não respondeu diretamente a essa pergunta, mas devolveu-lhe outra pergunta: {VJ 96.10}
“Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a Meu respeito?” João 18:34. {VJ 96.11}
O Espírito de Deus estava operando no coração de Pilatos. A pergunta de Jesus tinha o objetivo de levá-lo a examinar mais profundamente seu coração. Pilatos entendeu o significado da pergunta e seu próprio coração se abriu ante ele, sentindo a alma se agitar pela convicção. Nesse momento, porém, um sentimento de orgulho se apoderou dele, e voltando-se para Jesus, disse-Lhe: {VJ 96.12}
“Porventura, sou judeu? A Tua própria gente e os principais sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?” João 18:35. {VJ 97.1}
A grande oportunidade de Pilatos havia passado; contudo, Jesus desejava que o governador compreendesse que Ele não viera para ser um rei da Terra e por isso lhe disse: {VJ 97.2}
“O Meu reino não é deste mundo. Se o Meu reino fosse deste mundo, os Meus ministros se empenhariam por Mim, para que não fosse Eu entregue aos judeus; mas agora o Meu reino não é daqui.” João 18:36. {VJ 97.3}
“Então, Lhe disse Pilatos: Logo, Tu és Rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou Rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz.” João 18:37. {VJ 97.4}
Pilatos tinha desejo de conhecer a verdade. Sua mente estava confusa. Avidamente apanhou as palavras de Cristo e seu coração se comoveu com o desejo de conhecer e obter a verdade. Então perguntou a Jesus: “Que é a verdade?” João 18:38. {VJ 97.5}
Mas não esperou pela resposta. Fora do tribunal, a turba chegou ao máximo da agitação e tumulto. Os sacerdotes clamavam por uma ação imediata e Pilatos teve que se voltar para os interesses do momento. Dirigindo-se ao povo, declarou: {VJ 97.6}
“Eu não acho nEle crime algum.” João 18:38. Essas palavras, vindas dos lábios de um juiz gentio, eram uma reprovação esmagadora da deslealdade e falsidade dos príncipes de Israel que incriminavam o Salvador. {VJ 97.7}
Quando os sacerdotes e anciãos ouviram o juízo de Pilatos, sua decepção e fúria não conheceram limites. Fazia muito tempo que haviam planejado e esperado por essa oportunidade. Quando viram que havia possibilidade de libertação de Jesus, ficaram a ponto de despedaçá-Lo. {VJ 97.8}
Descontrolados e irracionais, começaram a praguejar, comportando-se como verdadeiros demônios. Aos gritos, denunciaram Pilatos, ameaçando-o de censura por parte do governo romano. Acusaram-no de se recusar condenar alguém que eles afirmavam ter-se insurgido contra César. Então se puseram a clamar: {VJ 97.9}
“Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui.” Lucas 23:5. {VJ 97.10}
Até ali Pilatos não havia pensado em condenar Jesus, pois estava certo de Sua inocência. Mas quando ouviu que Cristo era da Galiléia, decidiu enviá-Lo a Herodes, o governador daquela província, o qual se encontrava então em Jerusalém. Através dessa manobra, Pilatos pensou em transferir a responsabilidade de suas mãos para as de Herodes. {VJ 97.11}
Jesus estava enfraquecido pela fome e exausto pela falta de sono. Além disso, sofria pelo tratamento cruel que havia recebido. Mesmo assim, Pilatos O devolveu aos soldados e Ele foi arrastado entre os insultos e zombaria da multidão impiedosa. {VJ 98.1}

Perante Herodes

Herodes nunca havia se encontrado com Jesus, mas havia muito desejava vê-Lo e testemunhar Seus maravilhosos milagres. Quando o Salvador foi conduzido à sua presença, a turba se agitou, acotovelando-se. Gritavam coisas diferentes, produzindo um vozerio confuso. Herodes ordenou silêncio, pois desejava interrogar o prisioneiro. {VJ 98.2}
Comovido e curioso, olhou o rosto pálido de Jesus. Viu nele traços de profunda sabedoria e pureza. Estava convencido, assim como Pilatos, de que somente a maldade e a inveja eram os únicos motivos que levaram os judeus a acusá-Lo. {VJ 98.3}
Então, Herodes O instigou a operar um de Seus milagres diante dele com a promessa de que O soltaria se assim fizesse. Deu ordens para que viessem pessoas paralíticas e deformadas para que Cristo as curasse. O Salvador, porém, Se manteve impassível como se nada estivesse ouvindo ou vendo. {VJ 98.4}
O Filho de Deus havia assumido em Si mesmo a natureza humana e Lhe cumpria agir como homem em idênticas circunstâncias. Entretanto, não operaria um milagre para meramente satisfazer a curiosidade ou salvar a Si mesmo da dor e humilhação a que homens em situações semelhantes teriam que se sujeitar. {VJ 98.5}
Seus acusadores tremeram quando Herodes Lhe pediu um milagre. Uma das coisas que mais temiam era a manifestação do poder divino que já tinham presenciado em Cristo. Tal manifestação seria um golpe mortal em seus planos e talvez lhes custasse a própria vida. Por isso, começaram a gritar, atribuindo os milagres de Jesus ao poder de Belzebu, o príncipe dos demônios. {VJ 98.6}

Coração endurecido

Alguns anos antes, Herodes ouvira os ensinos de João Batista e ficara profundamente impressionado; contudo, não abandonara sua vida de intemperança e pecado. Seu coração se endureceu mais e mais e, finalmente, em uma noite de orgia e bebedeira, ordenara que João fosse decapitado para agradar a perversa Herodias. {VJ 98.7}
Agora, achava-se mais endurecido ainda. Não pôde suportar o silêncio de Jesus. Uma sombra de ira e paixão foi notada em seu rosto e, enfurecido, ameaçou o Salvador, que permaneceu imóvel, em silêncio. {VJ 98.8}
Cristo viera ao mundo para curar os sofredores. Pudesse Ele ter dito uma única palavra para curar as feridas das almas enfermas pelo pecado, não teria guardado silêncio. Mas nada tinha a dizer àqueles que pisariam a verdade sob seus pés profanos. {VJ 98.9}
Aquele ouvido que sempre estivera atento aos clamores da miséria humana, se achava agora surdo à ordem de Herodes. Aquele coração, que sempre se comovia com o apelo do mais vil dos pecadores, se fechou ao rei presunçoso que não sentia necessidade de um Salvador. {VJ 98.10}
Irado, Herodes se voltou para a multidão e declarou Jesus um impostor. Mas Seus acusadores sabiam que não se tratava de nenhum impostor, posto que haviam presenciado muitos de Seus feitos poderosos. {VJ 98.11}
Então o rei começou a insultar e ridicularizar vergonhosamente o Filho de Deus. “Mas Herodes, juntamente com os da sua guarda, tratou-O com desprezo, e, escarnecendo dEle, fê-Lo vestir-Se de um manto aparatoso.” Lucas 23:11. {VJ 98.12}
Quando o perverso rei notou que Jesus sofria em silêncio todas as injúrias, se comoveu com um repentino receio de que não tinha diante de si um homem comum. Ficou perplexo com a idéia de que aquele prisioneiro pudesse ser alguma divindade que descera à Terra. {VJ 98.13}
Herodes não ousou confirmar a condenação de Jesus. Desejava se livrar daquela terrível responsabilidade e então O enviou de volta a Pilatos. {VJ 98.14}

Pilatos perde a autoridade

Quando os judeus voltaram da presença de Herodes trazendo Jesus de volta ao tribunal, Pilatos ficou muito aborrecido e lhes perguntou o que queriam que ele fizesse. Lembrou-lhes de que já O havia interrogado e não encontrara nenhuma culpa nEle. Recordara-lhes as acusações que fizeram contra Ele, mas nenhuma prova convincente fora apresentada para confirmar uma única acusação. {VJ 98.15}
Conforme foi mencionado anteriormente, levaram Jesus à presença de Herodes, que era judeu como eles mesmos e ele nada encontrou para que fosse condenado à morte. Contudo, para apaziguar os acusadores, Pilatos disse: “Portanto, após castigá-Lo, soltá-Lo-ei.” Lucas 23:16. {VJ 98.16}
Nisso, Pilatos mostrou sua fraqueza, pois se sabia que Cristo era inocente, por que mandaria castigá-Lo? Assim fazendo, comprometia-se com o erro. Os judeus não mais esqueceram disso durante o julgamento. Haviam conseguido intimidar o governador romano e, agora, tirando vantagem disso, haveriam de pressioná-lo até conseguir a condenação de Jesus. {VJ 99.1}
A multidão, em alvoroço, exigia mais e mais a vida do prisioneiro. Enquanto hesitava em relação ao que fazer, recebeu uma carta de sua esposa que dizia: “Não te envolvas com esse Justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por Seu respeito.” Mateus 27:19. {VJ 99.2}
Pilatos, ao ler a carta, empalideceu; o povo, ao perceber sua hesitação, redobrou a insistência. Ele sabia que precisava tomar alguma atitude. Era costume, no período da Páscoa, soltar um prisioneiro que o povo escolhesse. Os soldados romanos haviam capturado, um criminoso de fama, chamado Barrabás. Era ladrão e assassino. Então Pilatos se voltou para a multidão e lhes perguntou com seriedade: {VJ 99.3}
“A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo?” Mateus 27:17. {VJ 99.4}
“Toda a multidão, porém, gritava: Fora com Este! Solta-nos Barrabás!” Lucas 23:18. {VJ 99.5}
Pilatos emudeceu de espanto e desapontamento. Entregando o julgamento ao povo, ele havia perdido a dignidade e o controle da multidão. Daí em diante, se tornou apenas um joguete nas mãos do povo. Eles o levavam aonde queriam. Então perguntou: {VJ 99.6}
“Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! Responderam todos. Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém, cada vez clamavam mais: Seja crucificado!” Mateus 27:22, 23. {VJ 99.7}
Quando ouviu o grito terrível “Crucifica-O!”, o rosto de Pilatos empalideceu. Ele não imaginara tal desfecho. Repetidas vezes havia declarado Jesus inocente, contudo o povo insistia em que Ele sofresse a mais cruel de todas as mortes. Outra vez perguntou: “Que mal fez Ele?” E outra vez o terrível grito ecoou nos ares: “Crucifica-O!” Marcos 15:14. {VJ 99.8}
Pilatos fez um último esforço para lhes despertar simpatia. Mandou que tomassem a Jesus, completamente exausto e coberto de feridas e O açoitassem na presença de Seus acusadores. {VJ 99.9}

O escárnio dos ímpios

“Os soldados, tendo tecido uma coroa de espinhos, puseram-Lha na cabeça e vestiram-No com um manto de púrpura. Chegavam-se a Ele e diziam: Salve, Rei dos judeus! E davam-Lhe bofetadas.” João 19:2, 3. Cuspiram nEle e uma perversa mão arrancou a vara que Lhe haviam posto nas mãos e com ela Lhe golpeou a coroa em Sua fronte a ponto de os espinhos penetrarem em Suas têmporas e o sangue jorrar pelo rosto e barba. {VJ 101.1}
Satanás liderava os cruéis soldados em seus abusos contra Jesus. Queria incitá-Lo a algum tipo de vingança, se possível, ou levá-Lo a operar um milagre para livrar a Si mesmo e assim frustrar o plano da salvação. Uma única mancha em Sua vida humana, ou uma única falha em suportar o terrível teste e o Cordeiro de Deus seria uma oferta imperfeita e a redenção do homem teria fracassado. {VJ 101.2}
Aquele, porém, que podia comandar as hostes celestiais e chamar em Seu auxílio legiões de anjos, sendo que apenas um deles seria suficiente para subjugar a turba cruel, que poderia ter lançado por terra Seus atormentadores com apenas um raio de Sua divina majestade, submeteu-Se a todas as afrontas e ultrajes com uma compostura digna e humilde. Assim como os atos de Seus torturadores os rebaixavam à semelhança de Satanás, a mansidão e a paciência de Jesus O exaltavam acima da humanidade e provavam Seu parentesco com Deus. {VJ 101.3}
Pilatos se comoveu profundamente com a paciência e a resignação do Salvador. Pediu que introduzissem a Barrabás na sala do julgamento e então colocou os prisioneiros lado a lado. Apontando para Jesus disse em tom solene: “Eis o homem! ... Eis que eu vo-Lo apresento, para que saibais que eu não acho nEle crime algum.” João 19:5, 4. {VJ 101.4}
Ali estava o Filho de Deus, com o manto escarlate e a coroa de espinhos. Desnudo até a cintura, exibia nas costas os vergões extensos e cruéis dos quais o sangue fluía livremente. Seu rosto, manchado de sangue, trazia as marcas da completa exaustão e dor; mas nunca parecera mais belo. Cada traço expressava bondade e resignação e a mais terna piedade para com Seus cruéis algozes. {VJ 101.5}
Em chocante contraste, se achava o outro prisioneiro em cujas feições mostrava o criminoso empedernido que era. {VJ 101.6}
Entre os espectadores havia alguns que simpatizavam com Jesus. Mesmo os sacerdotes e príncipes estavam convictos de que Ele era quem dizia ser. Mas não se renderam. Haviam induzido a turba a uma fúria insana e novamente os sacerdotes, os príncipes e o povo gritaram: {VJ 101.7}
“Crucifica-O, crucifica-O!” João 19:6. {VJ 101.8}
Finalmente, com a paciência esgotada diante de uma crueldade tão vingativa e irracional, Pilatos disse ao povo: {VJ 101.9}
“Tomai-O vós outros e crucificai-O; porque eu não acho nEle crime algum.” João 19:6. {VJ 101.10}
Pilatos fez tudo o que podia para libertar o Salvador; mas os judeus gritavam: {VJ 101.11}
“Se soltas a Este, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César.” João 19:12. {VJ 101.12}
Tais palavras atingiram Pilatos em seu ponto fraco. Ele já se tornara suspeito ao governo romano e tal notícia a seu respeito seria sua ruína. “Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue dEste Justo; fique o caso convosco!” Mateus 27:24. {VJ 101.13}
Em vão Pilatos tentou se eximir da culpa de condenar Jesus. Se tivesse agido com energia e firmeza a princípio, fiel à sua própria e justa convicção, o povo teria que acatar sua decisão e não subjugaria sua vontade. Sua vacilação e indecisão foram sua ruína. Viu que não podia libertar Jesus e ainda manter sua posição e honra. Preferiu sacrificar uma vida inocente a perder sua autoridade terrena. Submetendo-se às exigências do povo, novamente mandou açoitar Jesus, e O entregou para ser crucificado. {VJ 101.14}
Mas, apesar de suas precauções, o que mais temia veio sobre ele. Foi destituído de sua posição de honra, vindo a morrer não muito tempo depois da crucifixão, ferido em seu orgulho e atormentado de remorsos. {VJ 102.1}
Do mesmo modo, todos os que se comprometem com o pecado, só ganharão sofrimento e ruína. “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte.” Provérbios 14:12. {VJ 102.2}

Invocando a maldição

Quando Pilatos se declarou inocente do sangue de Cristo, Caifás respondeu com arrogância: {VJ 102.3}
“Caia sobre nós o Seu sangue e sobre nossos filhos!” Mateus 27:25. {VJ 102.4}
Essas terríveis palavras foram repetidas pelos sacerdotes e pelo povo. Acabavam de pronunciar tremenda sentença sobre si mesmos, uma horrível herança para a posteridade. {VJ 102.5}
Isso se cumpriu literalmente nas dramáticas cenas da destruição de Jerusalém, cerca de quarenta anos mais tarde. {VJ 102.6}
Literalmente têm-se cumprido na dispersão, no desprezo e na opressão a que estão sujeitos seus descendentes desde aquele dia. Mas será duplamente literal quando o acerto final de contas vier. O cenário então será mudado. “Esse Jesus... virá” (Atos dos Apóstolos 1:11) “em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus.” 2 Tessalonicenses 1:8. {VJ 102.7}
Dirão eles, então, aos montes e rochedos: “Caí sobre nós e escondei-nos da face dAquele que Se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira dEles; e quem é que pode suster-se?” Apocalipse 6:16, 17. {VJ 102.8}

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