terça-feira, 27 de dezembro de 2016

O Sermão da Montanha versus A Lei


O sermão do monte (Mateus 5 a 7) é visto por muitos pastores, a maioria, como o sermão da abolição dos Dez Mandamentos, substituindo-os pela graça. É a maior deturpação e falsidade criada, a partir das palavras pronunciadas pelo próprio Senhor JESUS CRISTO. Esses que ensinam dessa maneira, terão gravíssimas consequências a sofrer no dia do juízo final.
Veja e analise bem a maldade. JESUS disse: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas, não vim para revogar, vim para cumprir”.
O que JESUS disse com essa frase? Absolutamente nada diferente do que Ele disse. Parece que escrevi algo redundante, mas é isso mesmo. Ele disse que veio para OBEDECER, e não para REVOGAR. Simples, claro e direto. O que Ele disse está bem claro, fácil de entender em todas as línguas que se deseje ler a Bíblia. Aliás, Ele repetiu, veja bem no verso, que não veio para revogar. Ele deixou bem explícito que veio para cumprir a lei. Aliás, Ele referia-Se a toda lei, pois disse que não veio revogar nem a lei, nem os profetas. Com isso, para quem não é maldoso, e não torce a linguagem nem as palavras, Ele estava dizendo que o Antigo Testamento está valendo. Aliás, JESUS destinou longo trecho de seu sermão a confirmar a lei. Esse trecho, no capitulo 5, vai do versículo 17 ao 32. Ali Ele fala o tempo todo sobre a lei e detalhes dela, aplicando para o uso diário. Esse trecho poderia ser lido, devagar, e deixará confirmada a permanência da lei e também especificamente dos Dez Mandamentos.
No trecho do verso 17 ao 20, JESUS Se empenha em dizer que não veio revogar, mas veio cumprir, ou seja, veio obedecer e realizar o que fosse necessário por exigência da lei para salvar a humanidade. Uma das coisas necessárias era morrer pela humanidade, exigência da lei a quem peca. Ele assumiu os nossos pecados e com eles morreu por nós. Isso é cumprir a lei, digamos, mais que obedecer. É algo que só Ele poderia fazer, mais ninguém.
Porém, muitos, maldosamente dizem que se Ele cumpriu a lei, isso quer dizer que nós não precisamos mais obedecê-la. Ele fez isso por nós. E dizem que ‘cumprir’ quer dizer ‘última vez que alguém a obedece’. O ‘cumprir’ teria significado de finalização da lei. Ou seja, Ele a cumpriu e a substituiu pela graça. Mas isso não tem fundamento em lugar algum da Bíblia. Inclusive, linhas adiante, ou naquele dia, palavras adiante, Ele mesmo orienta sobre como devemos obedecer a lei, e nada menciona sobre o fim da lei e o início da graça. E tem mais, a lição também menciona isso: a graça já existia desde o dia em que Adão e Eva pecaram, desde o jardim do Éden. Nem antes de JESUS, nem antes do Sinai, nem depois de JESUS alguém poderia ser salvo sem a graça.
Fique claro o seguinte: a lei não existe para salvar, ela existe como norma de obediência e justiça, ou regra de conduta, e é só isso. Isto quer dizer que, quem nunca pecou e obedece a lei, nunca vai ser morto, pois ele segue obedecendo a lei. A lei orienta como devemos viver, mas se a desobedecermos, ela passa a nos condenar. É a sua função: orientar para não pecar, mas se pecar, condenar o pecador. Porém, se nunca a desobedecemos, ela nos protege.
Agora vem algo muito importante. Uma vez que a lei foi desobedecida, ela sempre condena, ela jamais salva. A lei não existe para salvar, mas para orientar como viver e para condenar quem desobedece. O que salva, ou, quem salva é JESUS, e só Ele.
Vamos mais fundo um pouquinho. Como JESUS salva? Isso é simples e óbvio. Ele salva assumindo nossos pecados para morrer e assim poder perdoá-los. E para fazer isso, teve que Se tornar um ser humano igual a nós. E mais, teve que obedecer a lei como nós, seres humanos, que desde Adão deveríamos ter feito. Logo, se JESUS tivesse morrido por nós obedecendo a lei, como fez, e isso é incontestável, e depois tivesse abolido a lei, isso seria, francamente, uma palhaçada. E mais, e pior, seria um ato de ignorância indesculpável; o Reino de DEUS ruiria se fosse assim. Cairia porque Seu príncipe morreu obedecendo e depois disso tudo, a lei simplesmente teria sido abolida. Que reino seria esse, cuja lei, que não presta (pois teve que ser abolida) ainda assim envia Seu príncipe para morrer sob tal lei, para só depois, no dia de Sua ressurreição, abolir? E mais, agora é um reino sem lei? Pergunta-se outra vez, que reino seria esse?
Sabe que reino seria esse? Pois se estiver em pé, vai cair sentado com o que escreverei agora, mas que seria a pura realidade e verdade. Seria um reino ao nível do de satanás, nada melhor. É no reino de satanás que as coisas funcionam assim, sem lei. Satanás, que manda sem nenhum princípio, promove uma confusão com disputas e brigas. Assim seria o reino de DEUS!
Mas não é assim! DEUS, e Seu reino, não mudam. DEUS continua sendo amor; esse princípio é que define os Dez Mandamentos. Se não dá para mudar o princípio também não se pode mudar a lei que foi elaborada com base nesse princípio. E tudo isso é o próprio caráter de DEUS, e esse caráter nunca muda nem pode mudar, porque DEUS já é perfeito. Ele não pode se tornar mais perfeito que a perfeição.
Pois bem, na sequência dos versos e das palavras de JESUS, em Seu sermão, Ele tratou de:
Enquanto existir a criação, a lei existirá (verso 18).
até que tudo se cumpra, refere-se agora à lei cerimonial (18).
Quem desobedecer um só dos mandamentos desobedece a todos, refere-se nesse ponto sobre os Dez Mandamentos (19).
JESUS referiu-Se a um dos mandamentos: “não matarás”, e não disse que deixaria de valer (imagine se esse mandamento deixa de valer) (21).
Até quem se ira contra seu irmão, ou mesmo que o chame de tolo, vai ao tribunal de DEUS, ou seja, será julgado de acordo com a lei; assim sendo, trate de se reconciliar (22 a 24).
Falou sobre o adultério, um dos mandamentos, referindo-Se aos Dez Mandamentos, e novamente não a aboliu (imagine hoje sem esse mandamento 27 e 28).
Referiu-se ao pecado, que é a transgressão da lei. Então Ele falou o que se encontra nos versos 29 e 30, e nem disse nada sobre a mudança dessa orientação?
Falou sobre o divórcio, referindo-se aos Dez Mandamentos, especialmente sobre a cobiça da mulher do outro (31 e 32).
Ou seja, JESUS falou por bom tempo sobre a lei, ensinando como a devemos obedecer. Em nenhum momento Ele disse que essa obediência um dia seria desnecessária, ou que a lei seria alterada em alguns pontos, ou abolida no todo. Então, como é que muitos acham que com isso tudo Ele estava abolindo a lei? Tal conclusão só pode ter-se originado em satanás, porque JESUS não falou nada disso. É só ler Mateus 5 desde o verso 17 ao verso 32.

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