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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Hollywood e sua Nova Religião


Na Antiguidade, à medida que se afastava do Éden, a humanidade se distanciava também de seu Criador. Mas, como foram feitas por Ele e para Ele (Cl 1:16), as pessoas tinham dentro de si um vazio, um senso de transcendência que precisava ser satisfeito. Os que continuaram servindo e adorando o Deus verdadeiro desfrutavam a vida que Ele idealizou, completos nEle. Mas e os outros, os que deram as costas ao Senhor ou simplesmente não O conheciam? Buscaram paliativos para o vazio do coração. E assim surgiram os deuses criados à imagem e semelhança dos homens. Aconteceu com os babilônios, os egípcios, os gregos, os astecas, e outros povos. Mas hoje é diferente. Vivemos em uma sociedade secularizada, iluminada, desdeificada. Será mesmo? O fato é que o desejo intrínseco de adorar (algo ou alguém) permanece entranhado na natureza humana. Alguns se idolatram. Outros idolatram o poder, as riquezas, o prazer. Outros, ainda, adoram ídolos humanos alçados ao estrelado pela mídia. Mas e quanto aos deuses? Será que se extinguiram de todo? Estariam mortos, mais ou menos como na descrição feita pelo filósofo Friedrich Nietzsche da religião de seu tempo? Não. Os deuses ainda estão por aqui. E dispõem de uma grande máquina de propaganda para arrebanhar novos fieis e pregar sua religião.
A pregação dessa nova religião e desses novos deuses é feita de modo geral pela indústria cultural e, mais específica e eficazmente, por Hollywood, afinal, ela “praticamente monopolizou o mercado de cinema internacional”, conforme constatou Eric Hobsbawn, em seu livro Era dos Extremos.
Mas “Hollywood adotou a religião de maneira errada. Não é cristianismo, budismo, hinduísmo, judaísmo ou islamismo. É uma mistura de elementos daqui e dali: um pouco de reencarnação, uma pitada de espiritismo, um toque de ocultismo, uma insinuação de Bíblia, uma boa dose de misticismo oriental, uma grande porção de filosofia de autoajuda e sinta-se bem. Tudo isso é combinado em pacotes de filmes altamente emocionais e populares. E Hollywood está pregando a sua religião com mais energia do que muitas igrejas pregam a religião delas”, constatou Gary Krause, em artigo publicado na revista Sinais dos Tempos de setembro-outubro de 2003.
De fato, a doutrina hollywoodiana pode ser agrupada em três grandes áreas: espiritismo, secularismo e evolucionismo. É bastante fácil se lembrar de produções mais ou menos recentes que têm como pano de fundo uma ou mais dessas ideologias. No comecinho dos anos 1990, foi “Ghost, do outro lado da vida”, com seu espiritismo meloso e uma Demi Moore novinha que encantaram multidões. Depois disso vieram produções ainda mais espiritamente explícitas, a começar pelos títulos: “Ghost whisperer”, “Médium”, “Sobrenatural”, “Sexto sentido”, etc. Sem contar os voltados para crianças e adolescentes, como “Harry Potter” e “Crepúsculo”, exemplos de uma onda avassaladora que percorreu o mundo popularizando a bruxaria e o vampirismo.
Já o secularismo (grosso modo, a vida sem Deus) é promovido não apenas pelas produções, mas pelos próprios profissionais do meio. “Em 1998, uma pesquisa da Universidade do Texas com atores, roteiristas, produtores e executivos de Hollywood revelou que apenas 2% a 3% frequentavam cultos regulares em locais de culto, em contraste com os 41% entre o público geral. Em uma lista das ‘vinte pessoas mais influentes de Hollywood’, encontrei oito pessoas que expressavam claramente suas visões ateístas ou agnósticas, mas nenhuma que expressava opiniões cristãs claras” (Steve Turner, Engolidos Pela Cultura Pop, p. 218).
O ator Brad Pitt, criado em uma igreja batista do Sul, disse certa vez: “Quando me vi livre do conforto da religião, não foi para mim uma perda de fé, mas a descoberta do eu. Eu tinha fé de que era capaz de lidar com qualquer situação. Há paz em entender que tenho apenas uma vida, aqui e agora, e sou responsável por ela” (ibidem, p. 216). E ele não é o único a abandonar a fé para abraçar a carreira.
Detalhe: há mais norte-americanos frequentando a igreja do que a academia, mas os filmes os mostram mais em cozinhas, restaurantes e academias. Esse é claramente um reflexo do estilo de vida do pessoal de Hollywood. Parece até haver um pacto de não mostrar religião, a não ser quando for para reforçar certos estereótipos, como do crente obtuso e fundamentalista. Para ser justo, é bom registrar que padres e pastores até aparecem em filmes, mas, geralmente, apenas em casamentos e enterros.
Quanto ao evolucionismo, basta citar apenas um exemplo: os filmes dos X-Men. Superpoderosos, eles são considerados Homo superior, devido a mutações que os tornaram “melhores” que o Homo sapiens. Além desse pano de fundo darwinista, conforme destaca o pastor e líder de jovens Ericson Danese, “X-Men” é cheio de contextos escatológicos, como leis e decretos, cadastramento de mutantes, perseguição pelos “sentinelas” e títulos como “Complexo de messias”, “Dias de um futuro esquecido” e “A era do Apocalipse”. Seus personagens invertem conceitos bíblicos. Apocalipse (revelação de Jesus Cristo), nos X-Men, é o pior vilão que quer destruir e escravizar.
Um dos personagens mais populares do grupo é o Wolverine. Ele bebe, fuma, mata, bate em quem der vontade e se justifica dizendo que é seu temperamento. É impaciente, arrogante e violento, e seu último filme tem como título “Imortal”, contrariando a afirmação bíblica de que somente Deus tem a imortalidade (1Tm 6:16).
Não bastassem os conceitos antibíblicos difundidos pelas produções hollywoodianas (trataremos mais disso adiante), o ato de ir ao cinema encerra, em si mesmo, uma dinâmica que contribui para o afastamento da religião e para a satisfação do desejo inerente de relacionamento com o humano e o sagrado. Note alguns paralelos interessantes:

>> Antes de ir ao cinema, a pessoa se prepara. Coloca boas roupas. Há um verdadeiro ritual.
>> O ingresso, cuja compra contribui para a manutenção do local de exibição de filmes e para a própria indústria do cinema, poderia até mesmo ser comparado ao dízimo que os fieis devolvem a fim de manter as atividades de sua religião.
>> No cinema, assim como na igreja, ocorre uma reunião de pessoas diferentes num mesmo local. Cientistas descobriram que quando realizamos atividades sincronizadas, como recitar cânticos ou até mesmo caminhar lado a lado, acabamos nos sentindo mais conectados com as pessoas com quem estamos realizando essas atividades.
>> No cinema, entramos em contato com ideologias/doutrinas, geralmente de forma mais acrítica, devido a todo o aparato tecnológico que promove quase uma hipnose.
>> Existe manipulação das emoções.
>> Há uma satisfação do desejo de adoração (dos ídolos na tela).
Toda religião prega também um estilo de vida. Não é diferente com o cinema, afinal, como diz o título do livro de Richard Weaver, “as ideias têm consequências”. As ideias disseminadas pela maioria dos filmes de Hollywood levam ao desregramento, ao hedonismo, à intemperança e ao homossexualismo. E exemplos disso não faltam.
Segundo James Sargent, da Faculdade de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos, a exposição a álcool no cinema foi responsável por 28% do início do consumo entre jovens e 20% da transição para o uso constante. Mais de 60% dos filmes de Hollywood exibem o produto de alguma forma. Atores e atrizes famosos volta e meia aparecem expelindo fumaça e glamourizando o tabagismo.
Além do cigarro e do álcool, o sexo sem compromisso e/ou deturpado também vem sendo glamourizado há um bom tempo nas telas. A responsável pela nova onda de perversão foi a escritora E. L. James, que lucrou 95 milhões de dólares entre junho de 2012 e junho de 2013 com seus livros da série Cinquenta Tons de Cinza. Somente nos EUA, foram vendidas 70 milhões de cópias em apenas oito meses. Para quem não leu e tem interesse numa história recheada de perversões e sadomasoquismo (espero que esse não seja você), vem aí o filme, cujo trailer foi assistido por milhões de pessoas na internet, batendo recordes.
Outros três filmes podem ser mencionados como exemplo dessa perversão cinematográfica: “Sexo sem compromisso”, “Ted” e “A filha do meu melhor amigo”. O título do primeiro é autoexplicativo. O segundo, o deputado Protógenes Queiroz ficou revoltado quando assistiu. Segundo ele, o filme “Ted” – que tem como ator principal um ursinho de pelúcia – passa a mensagem de que “quem consome drogas, não trabalha e não estuda é feliz”. Na semana seguinte ao protesto, “Ted” liderou as bilheterias brasileiras. Cigarro, álcool e alusões a sexo tomam conta da produção. No caso do terceiro filme, basta ler o subtítulo para ter uma ideia da barbaridade: “Sexo, traição e escândalo. Sinta-se em casa.”
Frequentemente, esse é o tipo de conteúdo (em doses homeopáticas ou cavalares) veiculado nas produções hollywoodianas. Quem assiste pode até inicialmente não concordar com os conceitos, mas o fato é que “uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade”. Quem disse isso? Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. E olha que eles convenceram quase toda uma nação a apoiar algo absurdo.
Ideias têm consequências – para um povo, para uma família, para a moralidade e/ou espiritualidade de alguém.



Michelson Borges

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