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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Anjos Caídos também são febre


Uma das matérias em destaque na revista Isto É tem como título “Anjos em alta”, e começa assim: “Os anjos já não são tão anjos assim. Deixaram de ser invisíveis, sem sexo e sem costas. Agora eles se mostram mais humanos, mundanos e sedentos de desejo, capazes até de se apaixonar perdidamente por quem deveriam proteger. Não chegam a ser demoníacos, mas revelam-se malvados e carnais.” O texto prossegue:

“É assim que esses seres alados estão sendo retratados numa leva de livros que nos EUA já foi identificada como o mais novo filão editorial. E é devido a esse lado carnal e sedutor que estão fazendo tanto sucesso. Ao todo, são quase uma dezena de títulos inéditos, a maioria planejada como série e tratando do mesmo tema – os anjos caídos. No Brasil, a onda começa a chegar às livrarias no segundo semestre com Hush Hush, de Becca Fitzpatrick. Os direitos foram comprados pela editora Intrínseca, que espera êxito semelhante ao da tetralogia Crepúsculo. ‘O gênero sobrenatural causa muito frisson e essa moda de anjos pode ser vista como consequência disso’, diz Danielle Machado, responsável pelo setor infanto-juvenil da editora. Na sequência, sai em agosto pelo selo Galera, da Record, Fallen, de Lauren Kate. Trata-se do primeiro volume de uma tetralogia que já é cult entre os jovens americanos.

“Recém-lançado nos EUA, Fallen vendeu 200 mil exemplares nas primeiras semanas e ocupa a quarta posição na lista de best-sellers do The New York Times. Tem como protagonistas os arcanjos Daniel e Cam, que brigam pelo amor da humana Luce. E, para isso, não medem consequências. [...] Já a história de Hush Hush, misto de romance, suspense e ação, gira em torno de um ‘bad boy’ alado, chamado Patch. É assim que o protagonista é descrito pela autora Becca, para quem a rebeldia do personagem tem mais a ver com escolhas e redenção – a sua única cobiça é experimentar tudo aquilo que nunca viveu como querubim.

“A batalha do bem contra o mal pode ganhar contornos mais ousados, como prova o romance Angelology, de Danielle Trussoni, que acaba de ser lançado nos EUA. Com enredo comparado ao de O Código Da Vinci, de Dan Brown, centra-se na freira Evangeline, 23 anos, que é procurada por um estudante de arte de nome Verlaine. O jovem está fazendo uma pesquisa para o patrão, que ele não sabe ser um nephilim: ser demoníaco, metade anjo, metade humano, cuja dinastia acumulou uma grande fortuna e busca dominar a Terra através dos séculos. Evangeline, nascida numa família de angelólogos (que fazem parte de uma ordem secreta que se opõe historicamente aos nephilins), possui um documento secreto que pode solucionar esse conflito que vem dos tempos da Bíblia. [...] a Disney já garantiu exclusividade sobre Fallen, comprado um mês após o livro chegar às livrarias. No cinema, o filão tem como pioneiro o filme Legião, que chega ao Brasil em junho. O voo dos anjos está se dando em céu de brigadeiro.”

Nota: O diabo (líder dos verdadeiros anjos caídos) deve mesmo estar desesperado. Começou por introduzir sorrateiramente a feitiçaria e o ocultismo por meio de personagens “inofensivos” como Harry Potter. Depois veio a onda do vampirismo, com Crepúsculo, que aproximou seus leitores de “vampiros simpáticos”. Agora vem a “onda angélica”, com anjos distorcidos, misturando características boas com outras nem tanto (note a estratégia e a intensificação das temáticas que aos poucos se aproximam da Bíblia para distorcê-la). Assim, por tabela, o inimigo espalha a ideia (sempre conveniente para ele) de que os anjos maus não são tão maus. São apenas seres atormentados em busca de paz e amor. Na pior das hipóteses (também vantajosa para Satanás), os anjos – todos eles, bons ou maus – passarão a ser considerados tão mitológicos quanto um bruxinho que voa sentado numa vassoura ou vampiros apaixonados. O sobrenatural vira mero entretenimento e as pessoas são levadas a ver o grande conflito entre o bem e o mal como apenas um bom argumento para livros e superproduções hollywoodianas.

O flanco de mercado aberto por Harry Potter no Brasil, há dez anos, vem sendo dominado nesta última década por personagens com características sobrenaturais, cujo poder principal é o de arregimentar leitores entre o público jovem. O nicho já foi protagonizado por bruxos, por seres mitológicos e por vampiros, os atuais mandatários do pedaço. E tudo indica que em breve será tomado por criaturas celestiais [sic]. “Os anjos são o filão do momento”, diz Gabriela Nascimento, editora de títulos juvenis da Agir/Ediouro, que acaba de lançar no Brasil a trilogia Halo, da australiana Alexandra Adornetto. Na última semana, com pouco mais de um mês de mercado e cerca de 20.000 exemplares comercializados, Halo (472 páginas, 39,90 reais), o livro que inaugura a série homônima, entrou para a lista dos mais vendidos de Veja, onde agora figura Beijada por um Anjo, da Novo Conceito. Lá, na semana passada, Halo encontrou outro best-seller do segmento: Fallen, inglês para “caído” (Record, 406 páginas, 39,90 reais), da americana Lauren Kate. Desde que foi publicado por aqui, no final de julho, o título vendeu mais de 50.000 cópias, reprisando o bom desempenho alcançado nos Estados Unidos, onde entrou para a lista de best-sellers do New York Times e teve seus direitos para o cinema comprados pela Disney. E marcou a entrada da robusta Record no segmento. Em outubro, a editora carioca daria partida a uma segunda série de anjos, com o lançamento de Cidade dos Ossos (462 páginas, 39,90 reais), de Cassandra Clare, famosa por seus fanfictions (derivações livres) de Harry Potter. Cidade dos Ossos, que nos EUA inspirou até uma linha de joias, teve 10.000 cópias comercializadas por aqui.

“De fato, depois da linha de Harry Potter, que une magia e fantasia, passamos pelos vampiros da Stephenie Meyer e agora há uma movimentação para o lado dos anjos”, diz Fabio Herz, diretor de marketing e relacionamento da Livraria Cultura. “Esse filão pode não atingir a força do nicho vampiresco, mas certamente vai continuar crescendo, porque há um interesse claro do público e porque o segmento dos vampiros uma hora vai saturar.” 

Se é o interesse do público quem dita os rumos do mercado, não faltam indícios de que os anjos têm um céu aberto pela frente. Sussurro (264 páginas, 29,90 reais), pontapé inicial da saga americana Hush Hush, de Becca Fitzpatrick, foi lançado em junho pela Intrínseca, a mesma editora dos hits Crepúsculo e Percy Jackson, e, de acordo com a empresa, já contabiliza quase 41.000 exemplares vendidos. Sussurro foi tão bem recebido pelos leitores que sua tiragem inicial de 30.000 exemplares precisou ser repetida e agora a Intrínseca planeja uma tiragem duas vezes maior para Crescendo, o segundo título da série. O livro sai em janeiro com 60.000 cópias.

Outra saga angelical bem sucedida lá fora e importada pelo mercado nacional é Beijada por um Anjo, da americana Elizabeth Chandler, sobre um casal metade humano metade anjo. A trilogia teve seus dois primeiros livros, Uma Inesquecível História de Amor e Suspense (Novo Conceito, 263 páginas, 29,90 reais) e A Força do Amor (Novo Conceito, 263 páginas, 29,90 reais), entregues às lojas em outubro. Desde então, segundo Milla Baracchini, vice-presidente da editora Novo Conceito, de Ribeirão Preto, venderam, cada um, dezenas de milhares de exemplares. Almas Gêmeas, o último volume da série, tem lançamento previsto para 1º de dezembro. [...]

“O leitor brasileiro de modo geral ainda é um jovem leitor, então, se o livro for fácil, tem boa aceitação. No caso dos anjos, contribui o fato de eles não serem tão diferentes dos vampiros, que estão em alta: são personagens com poderes especiais, vivendo histórias de amor”, [diz Milla].

Para Gabriela Nascimento, da Ediouro, além de envolvidos em histórias românticas, os anjos [caídos = demônios] estão imersos em crises que permitem ao leitor, ainda mais adolescente, se identificar com eles. “Os anjos atraem pela dicotomia entre o bem e o mal, especialmente os caídos, que fazem bobagens e enfrentam dilemas. Na adolescência, os questionamentos éticos são mais acentuados e a identificação é maior com esses personagens de dois lados, que precisam escolher entre agir bem ou mal, assim como o vampiro bonzinho [!] de Crepúsculo deseja, mas tem pudor de morder a amada.” 

O tipo de discussão presente nesses livros, diz Gabriela, é capaz de atrair leitores do campo da autoajuda. “Há uma migração clara de um segmento para o outro”, conta. Não se trata, portanto, de uma literatura apenas para adolescentes. “Leitores de até 30 anos, e às vezes de mais idade, também podem se interessar.”

Outro sintoma da febre dos anjos foi a distribuição pela Rocco, na última semana, dos primeiros 15.000 exemplares brasileiros de Tempo dos Anjos (288 páginas, 34,50 reais). O livro abre uma trilogia angelical da veterana Anne Rice, mais conhecida por seu envolvimento com a literatura vampiresca – em especial, pelo já clássico Entrevista com o Vampiro. A chegada de Rice ao pedaço coroa a sua ascensão. E mostra que o formato de série lançado e consagrado por J. K. Rowling e seu Harry Potter continua ditando os lançamentos para o público jovem. 

De fato, apesar da mudança dos protagonistas dos livros, que agora têm asas em vez de dentes afiados ou varas de condão, a estrutura geral é semelhante. São séries de universos fantásticos dotados de verossimilhança interna e profundidade psicológica. “Harry Potter teve o mérito incontestável de ter feito as editoras no mundo inteiro olharem para o público jovem e de ter criado espaço para livros seriados”, diz Jorge Oakim, editor da Intrínseca. “A saga mostrou que livro para jovem não precisa ser simples, de menos de 200 páginas e personagens ralos. O importante é que seja um livro capaz de agradar. Se o leitor jovem gosta de um livro, ele não para mais de ler.” (Veja)

Nota: É impossível deixar de notar que há uma orquestração por trás dos rumos que a literatura popularesca (especialmente focada no público jovem) vem tomando nos últimos anos. Primeiro foi a popularização do ocultismo e da bruxaria com personagens como Harry Potter. Depois vieram os vampiros “bonzinhos” e açucarados de Crepúsculo arrancando suspiros de leitoras devoradoras de páginas, que passaram a ver o vampirismo (sinônimo de satanismo) com outros olhos. Agora, ao que tudo indica, vem uma leva de “livros fáceis” sobre anjos, distorcendo completamente os conceitos bíblicos sobre esses seres, aproximando-os dos vampiros e, pior, fazendo com que os adolescentes se identifiquem mais com os anjos caídos (demônios), que, segundo esses livros, vivem dilemas semelhantes aos dos leitores. Becca Fitzpatrick, autora de Sussurro, disse em entrevista que "mesmo que vampiros e anjos tenham mitologias muito diferentes, eles compartilham temas como o do amor proibido”. Agora, anjos, como os vampiros, são seres mitológicos... Se isso não é o preparo da última geração para o último grande engano, não sei o que mais pode ser.[MB] 

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