O ensino da nova “criatura” (ARA) ou “criação” (NVI) em Cristo é poderoso. Ele aparece em todo o Novo Testamento, mas recebe destaque especial nos escritos de Paulo.
Waggoner fez uso desse tema, observando que, no momento em que as pessoas são justificadas, elas também nascem mais uma vez como um novo ser e são adotadas na família de Deus.
Ele afirmou: “A diferença entre um justo e um pecador é muito mais do que a mera diferença de crenças. É mais do que uma contagem arbitrária da parte de Deus. Trata-se de uma distinção real. […] Deus nunca declara alguém justo simplesmente por reconhecer a verdade. Existe uma mudança verdadeira e literal de um estado de pecado para a justiça, explicando o motivo para Deus fazer tal declaração.” De forma simples, a pessoa justificada vive de maneira diferente do que o pecador, porque o Senhor a transforma em uma nova criatura no momento da justificação.
Para Waggoner, a justificação, o novo nascimento e a adoção eram o princípio da caminhada cristã. Opondo-se aos proponentes da santidade, os quais defendiam uma forma de santificação “sem qualquer mudança de hábito da parte do indivíduo”, ele considerava que a “santidade” sem uma obediência que levasse à transformação da vida era uma “ilusão”.
O salvo, segundo Waggoner, vive em conformidade com a lei de Deus. Ele escreveu: “É tão impossível amar a Deus sem manifestar esse sentimento em ações quanto viver sem respirar.” A vitória sobre o pecado vem do poder interior do Espírito na vida do cristão. Somente aqueles que obtêm a vitória sobre o pecado, defendia ele, entrarão no reino eterno.
Conforme podemos constatar, Waggoner não era contrário à lei e à obediência, mas era totalmente oposto à ideia de que a lei e a obediência estavam no centro da experiência de justificação. Não! Tal lugar pertence somente a Cristo e à Sua justiça.
No entanto, dentro da esfera da justiça de Cristo, a pessoa recém-nascida espiritualmente sente, por necessidade, o desejo de andar com Deus e de guardar Sua lei.
A ordem dos fatores é crucial. Primeiramente vem a salvação. Depois, a obediência. Se invertermos isso, esbarramos no legalismo.

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