A validade do Antigo Testamento:
Alguns cristãos crêem que a morte de Jesus os ensinos e as leis do Antigo Testamento perderam sua validade, pois, segundo pensam, Jesus cumpriu a Lei e assim ela deixou de vigorar.
Os adventistas crêem sinceramente na validade de todo o conjunto das escrituras, com 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo, compreendendo um conjunto de 66 livros, todos igualmente inspirados por Deus, que através de Seu Santo Espírito comunicou a Sua vontade a homens que Ele escolheu.
Considerando que:
1) A Lei de Deus está contida no Antigo Testamento (Êxodo 20:3-17);
2) A Lei de Deus não foi escrita por Moisés, mas foi escrita pelo dedo de Deus em tábuas de pedra (Êxodo 24:12, 31:18, 34:1, Deuteronômio 4:13, 5:22, 9:9-10);
3) A Lei de Deus foi pronunciada ao povo pela boca do próprio Deus (Êxodo 20:1);
4) O salário do pecado é a morte (Romanos 6:23);
5) O pecado é a transgressão da Lei (1ª João 3:4);
6) A Lei não justifica a ninguém, mas é pela Lei que vem o pleno conhecimento do pecado (Romanos 3:20);
7) A Lei nos mostra que somos pecadores diante de Deus, e que dependemos do Salvador (Cristo Jesus) que Ele nos oferece para sermos justificados por fé (Gálatas 3:24), e, finalmente, que
8) O pecado não é lavado em conta quando não há Lei (Romanos 5:13),
Se o Antigo Testamento não vale mais, então a Lei (os Dez Mandamentos) também não pode mais estar em vigor. Sendo assim,
1) Não havendo Lei, também não há mais pecado;
2) Não havendo pecado, ninguém tem do que se arrepender;
3) Não havendo ninguém culpado, também não há ninguém que precise de Salvador.
Graças a Deus que não é assim. O apóstolo Paulo afirmou que toda Escritura é inspirada por Deus, e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça...” (2ª Timóteo 3:16). Como pode ser útil se não está em vigor?
Se alguém tira a Lei das Escrituras, também tira Aquele que nos é necessário por causa da existência da Lei:
- a Lei acusa,
- a Lei mostra o pecado,
- e o pecado só nos dá uma entre duas alternativas:
- ou sofremos a morte eterna (que é a sua conseqüência natural),
- ou escapamos dela aceitando a morte substituta de Jesus em nosso lugar.
Resumindo, a Lei nos mostra quanto Jesus nos é necessário, pois sem Ele estamos perdidos em nossos pecados. Falando com sinceridade, nenhum cristão sincero crê, na verdade, que a Lei tenha sido, de fato, abolida; todos concordamos, de fato, que o pecado ainda existe; todos concordamos que é pecado ter outros deuses, que é pecado adorar e cultuar imagens, que é pecado tomar o nome de Deus em vão, pecado desamparar os pais, pecado matar, adulterar, furtar, prestar falso testemunho e também é pecado cobiçar o que pertence ao próximo.
O problema, para muitos, está na questão do dia de guarda. Enquanto Deus afirma claramente que o dia que Ele separou e santificou é o sétimo dia, há que tente homenageá-lO com a desobediência, seguindo uma ordenança humana, inspirada pela antiga serpente, como se vê em Daniel 7:25.
Não é possível aceitar uma parte da Lei e rejeitar outra; não temos liberdade para isso. Como vemos em Tiago 2:10-11, “Pois, qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquEle que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém, matas, vens a ser transgressor da Lei.”
Na verdade, se trata simplesmente de uma questão de fidelidade: mostramos a quem servimos através do pensamos e do que fazemos. Como bem diz o apóstolo Paulo, em Romanos 6:16: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?”
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